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Anvisa aprova importação de 2 milhões de doses de vacina

3 de janeiro de 2021

Uso do imunizante desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, porém, ainda aguarda autorização da agência. Pedido foi apresentado pela Fiocruz.

Polen Firmen arbeiten am Coronavirus Impfstoff
Foto: picture-alliance/NurPhoto/J. Porzycki

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste sábado (02/91) que aprovou um pedido para a importação excepcional de 2 milhões de doses já finalizadas da vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

O pedido foi apresentado pela Fiocruz, parceria da AstraZeneca e de Oxford no Brasil, e responsável por produzir essa vacina no Brasil.

A Fiocruz indica que as vacinas já finalizadas devem chegar ao Brasil ainda em janeiro. A carga será produzida pelo Serum Institute, da Índia.

A importação foi classificada como excepcional porque a vacina ainda não foi aprovada para uso no Brasil pela Anvisa. A importação não significa que a vacina poderá ser aplicada automaticamente assim que chegar ao país. A Fiocruz afirma que pretende fazer o pedido para autorização de uso nos próximos dias.

O Reino Unido autorizou no final dezembro o uso emergencial da vacina Oxford/AstraZeneca, seguindo um regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses.

A importação de doses prontas da vacina marcou uma mudança de estratégia da Fiocruz. Em dezembro, a fundação afirmou que estava negociando a importação de doses já finalizadas, mas que o processo esbarrava na alta demanda mundial por vacinas. Inicialmente, a Fiocruz previa importar insumos para finalizar as vacinas no Brasil, com o objetivo de produzir 100 milhões de doses do imunizante. No entanto, as primeiras doses, um lote de um milhão, só ficariam prontas a partir da segunda semana de fevereiro.

Mesmo com a importação das 2 milhões de doses, a quantidade de vacinas disponíveis até o momento ainda está abaixo das previsões do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que estimou que o Brasil deveria ter 15 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca já em janeiro. Recentemente, o ministro, que já fez outras previsões que não se concretizaram, falou que as 15 milhões de doses devem estar disponíveis em janeiro e fevereiro.

O Instituto Butantã, ligado ao governo de São Paulo, também importou doses de vacina contra covid-19, no caso, doses produzidas em parceria com a empresa chinesa Sinovac. O governo paulista diz que seu estoque de vacinas já chega a 10,8 milhões de doses. As autoridades paulistas preveem que a imunização no estado deve começar em 25 de janeiro, mas ainda não solicitaram que a Anvisa conceda a autorização para aplicação.

JPS/ots

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