Anvisa autoriza testes clínicos da vacina da Sanofi
7 de julho de 2021
Estudo é o nono autorizado no Brasil. Imunizante utiliza tecnologia de mRNA, a mesma da Pfizer-Biontech e da Moderna. Testes no Brasil ocorrerão na Bahia, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (06/07) testes clínicos no Brasil de uma nova vacina contra a covid-19, do laboratório Sanofi Pasteur, com sedes na França e nos Estados Unidos.
A vacina candidata usa a tecnologia de mRNA (RNA mensageiro), a mesma utilizada pelos imunizantes da Pfizer-Biontech e da Moderna.
O estudo clínico no Brasil será de fase um e dois e deve envolver 150 voluntários. O objetivo é testar três diferentes dosagens da vacina para definir a ideal antes de a pesquisa prosseguir para a fase 3, quando o imunizante é testado em um número maior de pessoas, para avaliar eficácia e segurança.
O teste no Brasil prevê a aplicação de duas doses, com intervalo de 21 dias, e será conduzido na Bahia, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro. Também serão realizados testes clínicos nos Estados Unidos, em Honduras e na Austrália.
O desenvolvimento clínico da vacina está sendo patrocinado pelo laboratório Sanofi Pasteur. A candidata à vacina será fabricada pelas empresas Translate Bio, dos Estados Unidos, Evonik Canada Inc., do Canadá, e pela própria Sanofi Pasteur.
Este é o nono estudo de vacina contra a covid-19 autorizado pela Anvisa. Os outros são da Pfizer-Biontech, Astrazeneca-Oxford, Coronavac, Janssen, Clover, Medicago, Janssen e Covaxin.
le (Agência Brasil, ots)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.