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Anvisa libera Coronavac para crianças de 3 a 5 anos

14 de julho de 2022

Imunizante é o primeiro contra o coronavírus autorizado para esta faixa etária no Brasil.

Braço de criança com um curativo colorido com joaninhas
Atualmente duas vacinas contra convid-19 são autorizadas para crianças no Brasil: a da Pfizer, a partir de 5 anos, e a própria Coronavac, a partir de 6 anosFoto: Robert Michael/dpa-Zentralbild/dpa/picture alliance

Por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quarta-feira (13/07) a aplicação emergencial da vacina contra o coronavírus CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos de idade. É o primeiro imunizante a ser aprovado para esta faixa etária no Brasil. A vacina é produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

Durante reunião da diretoria colegiada, em Brasília, a agência seguiu recomendação das áreas técnicas e autorizou a imunização com duas doses, em um intervalo de 28 dias. O imunizante é o mesmo utilizado em adultos. 

Não há prazo para o início da utilização da vacina, decisão que caberá ao Ministério da Saúde. 

Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze Souza Freitas, a Coronavac é aprovada em 56 países e tem o aval da Organização Mundial da Saúde (OMS). O imunizante já teve cerca de um bilhão de doses aplicadas e tem contribuído para reduzir mortes e hospitalizações. 

"Vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus", explicou Meiruze, que foi relatora do pedido analisado nesta quarta. 

Atualmente, duas vacinas contra convid-19 são autorizadas para crianças no Brasil: a da Pfizer, a partir de 5 anos, e a própria Coronavac, a partir de 6 anos. 

O pedido de ampliação de uso do Instituto Butantan foi protocolado na Anvisa no dia 11 de março de 2022. Desde então, os servidores da Anvisa realizaram uma série de reuniões e avaliações de todos os dados disponíveis para verificar a eficácia e segurança da vacina para este novo público.

Decisão com base em estudos

A decisão da Anvisa foi baseada em diversos estudos nacionais e internacionais. As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa. 

Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam positivo para a covid-19.  Além disso, as crianças que participaram dos estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos. 

No Brasil, outros dados revelaram que as reações graves após a imunização foram consideradas raras e raríssimas. A conclusão foi obtida após análise de 103 milhões de doses aplicadas no país. 

le (Agência Brasil, ots)

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