As vítimas estavam a bordo de um bote que naufragou a caminho da ilha grega de Kos. Até agora, mais de 2,8 mil pessoas morreram na tentativa de chegar à Europa através do Mediterrâneo.
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A agência turca de notícias Anadolu informou neste domingo (27/09) que ao menos 17 refugiados morreram em bote que naufragou no Mediterrâneo a caminho da ilha grega de Kos.
Citando o governador da província de Mugla, Amir Cicek, a agência estatal de notícias anunciou ainda que 20 outros migrantes, que estavam na embarcação, teriam sido resgatados pela guarda costeira turca.
Os refugiados partiram da Península de Bodrum na manhã de domingo num bote de oito metros de comprimento. De acordo com a agência de notícias DHA, trata-se de refugiados sírios.
Já no sábado, a Anadolu informou que a guarda costeira impediu que 31 migrantes sírios e afegãos partissem de Bodrum rumo a Kos. Dez dos refugiados tentaram chegar à ilha grega a nado. Kos se localiza a cinco quilômetros de distância da Península de Bodrum. Outros 21 refugiados, que estavam a bordo de dois outros botes, foram impedidos pela polícia turca.
Segundo a Organização Internacional de Migração (OIM), mais de 350 mil migrantes – muitos deles provenientes da Síria – chegaram à Grécia este ano a partir da Turquia.
Cruzando o Mediterrâneo
A guarda costeira italiana relatou neste domingo que cerca de 500 migrantes foram resgatados no mar ao tentar cruzar o Mediterrâneo.
"O sábado foi tranquilo em geral, mas agora há mais movimento", afirmou um porta-voz da autoridade italiana.
Dos 500 mil migrantes que arriscaram a travessia do Mediterrâneo, até agora, mais de 2,8 mil pessoas morreram ao tentar chegar à Europa.
CA/afp/ap/rtr/dpa
Estações da fuga em imagens
Cerca de 3,7 mil quilômetros separam a Alemanha da Síria. Para os refugiados da guerra civil, essa viagem dura semanas até meses. E ela é perigosa, também na rota dos Bálcãs.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Armer
Últimas forças
Duma é uma cidade síria a nordeste de Damasco. Mesmo ferido, um homem procura por sobreviventes nos escombros. Pouco antes, a região foi atacada por bombardeios das forças armadas sírias. Desde o início da guerra civil, em 2011, mais de 250 mil pessoas morreram no país, segundo as Nações Unidas.
Foto: picture-alliance/A.A./M. Rashed
Terror ao alcance dos olhos
No campo de refugiados em Suruc, na Turquia, cerca de 40 mil sírios procuraram refúgio da guerra civil. A poucos quilômetros dali, em Kobane, o conflito continua. O campo é organizado como uma pequena cidade, com mesquita, escola e ruas. Ninguém quer permanecer aqui por muito tempo.
Foto: Getty Images/C. Court
Marcas da guerra
Abdurrahman Yaser al-Saad conseguiu chegar à cidade portuária turca de Izmir. O sírio de 16 anos mostra aos outros refugiados uma cicatriz enorme na barriga. Ele estava na escola quando as forças armadas sírias bombardearam o local e ele ficou gravemente ferido.
Foto: picture-alliance/AA/E. Menguarslan
Esperança de uma vida melhor
Na viagem em direção à Europa, muitos refugiados acabam em Izmir. Daqui eles desejam ir para a Grécia. Coletes salva-vidas são fundamentais, pois muitos não sabem nadas, e os barcos dos atravessadores ficam superlotados. Enquanto aguardam a partida, muitos dormem ao ar livre, porque não podem pagar um hotel.
Foto: picture-alliance/AA/E. Atalay
Jogado de volta
Com suas últimas forças, esse refugiado conseguiu nadar de volta até a praia de Bodrum, na Turquia. Pouco antes ele havia tentado alcançar um barco de atravessadores, que, por muito dinheiro, levam as pessoas ilegalmente até a Grécia. As embarcações estão sempre superlotadas.
Foto: Getty Images/AFP/B. Kilic
Desamparo
Na praia de Kos, uma ilha grega, turistas observam como refugiados tentam chegar à costa com um barco inflável. A viagem ilegal de Bodrum até aqui custa cerca de mil euros por pessoa. São apenas quatro quilômetros de distância, mas muitos não sabem nadar e acabam morrendo afogados.
Foto: picture-alliance/dpa/Y. Kolesidis
Realidade incômoda
No caminho para o hotel ou para a praia, turistas passam por muitos refugiados. Devem olhar? Devem ajudar?
Foto: picture-alliance/AA/G. Balci
Com braços e pernas
Da Grécia, muitos refugiados tentam chegar à Europa ocidental pelos Bálcãs. Uma estação importante é a cidade de Gevgelija, na Macedônia. Depois de dias de espera, todos desejam conseguir um lugar em um trem para a Sérvia.
Foto: picture-alliance/dpa/G. Licovski
Passo a passo
Já nas primeiras horas do dia, centenas de refugiados caminham ao longo da linha do trem, da Sérvia para a Hungria. De lá, muitos desejam ir para a Áustria ou Alemanha. A caminhada de quilômetros exige de muitos suas últimas forças.
Foto: Getty Images/AFP/A. Messinis
Desespero
Com medo de ser levado para um campo de refugiados na Hungria, o pai sírio se joga, com sua mulher e filho, nos trilhos da estação de Bicske. Eles achavam que o trem os levaria de Budapeste até Viena. Em vez disso, eles devem ser registrados pelas autoridades húngaras.
Foto: Reuters/L. Balogh
Quase lá
Centenas de refugiados do Iraque, da Síria e do Afeganistão decidiram ir a pé até a Áustria, caminhando pela rodovia. Eles esperaram durante dias por um trem na estação de Budapeste. A polícia, porém, bloqueia o trecho com frequência.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Roessler
Finalmente a chegada
Estação central de Munique: a esperança de muitos refugiados está na chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel. Diferente de outros países europeus, eles se sentem bem-vindos na Alemanha.