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Após acordo com Merkel, líder social-democrata renuncia

7 de fevereiro de 2018

Martin Schulz deixa presidência do SPD e deve ocupar cargo de ministro do Exterior em novo governo de coalizão com conservadores. Líder aponta necessidade de renovação do partido para justificar sua decisão.

Martin Schulz e Andrea Nahles
Schulz renuncia à predidência do SPD e indica líder da bancada do partido no Parlamento, Andrea Nahles, para o cargoFoto: Reuters/H. Hanschke

Poucas horas após o anúncio do acordo entre conservadores e social-democratas para formar uma coalizão de governo na Alemanha, o líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz, renunciou à presidência da legenda nesta quarta-feira (07/02).

"Decidi participar do governo como ministro do Exterior", anunciou Schulz. O social-democrata reconheceu o resultado ruim nas últimas eleições, em setembro, e a necessidade de mudança. Ele argumentou que será melhor para a renovação do partido ter um líder que não faça parte do governo. Com 20,5% dos votos, a legenda obteve seu pior resultado eleitoral desde 1949 no pleito legislativo.

Schulz afirmou ainda que não pretende assumir o posto de vice-chanceler, devido à presença que o cargo exige em Berlim e que não é compatível com as obrigações de um ministro do Exterior.

Como sua sucessora na presidência do SPD, Schulz indicou a líder da bancada do partido no Parlamento, Andrea Nahles. A confirmação da indicação precisa do aval dos filiados do partido em votação que deve correr num congresso nacional extraordinário. Esta seria a primeira vez que a legenda seria liderada por uma mulher. Por enquanto, Nahles assume o comando do SPD de maneira interina. 

Schulz disse ainda estar otimista sobre a aprovação do programa de governo acordado pelos mais de 460 mil membros do SPD. Nas próximas semanas, os filiados poderão votar pelo correio a favor ou contra a reedição da chamada grande coalizão com a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU). O resultado deve ser anunciado no início de março.

Schulz assumiu a liderança do SPD em março do ano passado, após ser indicado como o candidato da legenda para as eleições gerais da Alemanha. Na época, o social-democrata recebeu o apoio de 100% dos filiados.

CN/rtr/dpa

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