1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Após ataque, Egito bombardeia jihadistas na Líbia

26 de maio de 2017

Acampamentos de grupos extremistas são alvos da ação militar. Presidente egípcio acusa "Estado Islâmico" por emboscada que matou 28 fiéis a caminho de um monastério em Minia.

Presidente do Egito diz que não hesitará em atacar campos de treinamento terroristas
Presidente do Egito diz que não hesitará em atacar campos de treinamento terroristasFoto: Reuters/The Egyptian Presidency

Em resposta ao ataque que matou ao menos 28 cristãos coptas no Egito, aviões egípcios bombardearam nesta sexta-feira (26/05) acampamentos de grupos extremistas no leste da Líbia. Os alvos da ação militar ficam numa região próxima à cidade de Derna.

Segundo a agência estatal de notícias egípcia Mena, que citou fontes oficiais de alto escalão, a força aérea do país destruiu "totalmente" o centro principal dos grupos extremistas Majlis al Shura e Mujaheddin. Os aviões realizaram seis incursões contra o alvo.

Pouco antes da ação militar, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, responsabilizou o grupo "Estado Islâmico" (EI) pelo ataque desta sexta-feira aos cristãos coptas e afirmou que o país não hesitaria em atacar campos de treinamento terroristas.

Em discurso transmitido pela televisão, o governante prometeu acabar com os jihadistas e garantiu que atacaria posições e acampamentos onde os extremistas se refugiam tanto "em solo egípcio como estrangeiro".

Apesar de Sisi ter responsabilizado o EI pelo ataque, até o momento nenhum grupo assumiu a autoria do atentado a um ônibus que seguia para o mosteiro de São Samuel, na província de Minia, no sul do Egito.

De acordo com testemunhas, dez homens mascarados obstruíram a passagem dos veículos e abriram fogo, matando 28 pessoas e ferindo outras 26. Esses relatos confirmam a presença de crianças entre os passageiros.

Os atentados aos cristãos coptas vêm aumentando no Egito desde 2013, após a deposição do presidente islamita Mohamed Morsi. Vários ataques ocorridos no país tiveram como alvo cristãos e suas igrejas, acusados por grupos armados de apoiar o Exército egípcio. 

Os cristãos coptas representam entre 10% e 12% da população egípcia. Minia conta com o maior número de fiéis da comunidade no país.

CN/efe/rtr/afp

Pular a seção Mais sobre este assunto