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Após ataque a sinagoga, Israel facilita porte de armas

21 de novembro de 2014

Guardas de segurança e militares podem levar armamento para casa, e governo vai ampliar acesso a licenças para cidadãos israelenses. Numa cidade ao norte da Faixa de Gaza, prefeito proíbe operários árabes de trabalhar.

Foto: picture-alliance/dpa

Após uma série de ataques palestinos, o ministro da Segurança Interior de Israel, Izthak Aharonovich, decidiu nesta quinta-feira (20/11) facilitar o acesso a licenças de porte de armas para a autodefesa de cidadãos israelenses.

Segundo a imprensa local, guardas de segurança receberam a permissão de levar suas armas para casa nos próximos três meses. Além disso, a lista de municípios cujos habitantes podem andar armados será ampliada. Também veteranos de unidades de elite do Exército e militares terão esse direito.

Nesta terça-feira, um atentado contra uma sinagoga em Jerusalém estremeceu a já instável relação entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP). Cinco pessoas foram mortas por dois palestinos que invadiram o local com um machado e uma pistola.

Os membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram o ataque e o classificaram como "desprezível". Ao mesmo tempo, o mais poderoso órgão da ONU se preocupa com as tensões entre israelenses e palestinos na cidade e apelou para que ambas as partes tomem medidas imediatas que visem acalmar a situação.

Prefeito proíbe árabes de trabalhar

Também em decorrência da recente onda de ataques em Israel, o prefeito da cidade de Ascalão, Itamar Schimoni, proibiu operários árabes de trabalhar em creches municipais enquanto as crianças estiverem presentes. Eles estavam atuando na construção de salas de proteção contra ataques, e as obras foram paralisadas.

Muitos operários em Israel são originários da parcela árabe da população, que e é de 20%. A medida foi tomada após pressão dos pais, que temem um atentado contra as instituições. Ascalão fica entre a Faixa de Gaza e Tel Aviv e, por muitas vezes, foi alvo de mísseis disparados do território controlado pelo Hamas.

A deliberação de Schimoni foi duramente criticada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros membros do governo. "Em Israel não há espaço para a discriminação contra seus cidadãos árabes", disse. Uma sociedade inteira não pode ser responsabilizada pelas ações de uma "pequena e violenta minoria".

A ministra da Justiça, Tzipi Livni, disse que ordenou uma análise jurídica da ordem do prefeito. Schimoni respondeu que as críticas não o impressionam e que prefere ir à Suprema Corte do que ao enterro de uma criança.

Planejamento de bairro aumenta tensão

Os Estados Unidos criticaram a autorização israelense para a construção de 78 unidades habitacionais em Har Homa e Ramot. Os projetos estão localizados em bairros que ficam fora da chamada "linha verde", que separa o território central do país das áreas anexadas em 1967.

Essa "linha verde" divide justamente Jerusalém, centro do conflito. Os palestinos enxergam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado independente, já Israel classifica a cidade como a "capital eterna e indivisível".

"Em tempos tão sensíveis em Jerusalém, tais atividades [projeto de construção] não contribuem para o esforço de reduzir as tensões e de encontrar um caminho para a paz", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jeff Rathke.

Atentado a uma sinagoga em Jerusalém estremeceu ainda mais a já instável relação entre israelenses e palestinosFoto: Reuters/R. Zvulun

Nesta quinta-feira, militantes palestinos da Faixa de Gaza dispararam nesta quinta-feira quatro mísseis em direção ao Mar Mediterrâneo. Segundo o Exército israelense, acredita-se que tenham sido disparos de teste.

PV/rtr/dpa

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