Após Brexit e Trump, Itália pode ver novo triunfo populista
Elizabeth Schumacher av
27 de novembro de 2016
Referendo constitucional de 4 de dezembro pode custar cargo ao premiê Matteo Renzi e jogar o país num futuro incerto. Mesmo assim, italianos tendem a optar por esse caminho, segundo as pesquisas eleitorais.
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Muitos veem no pleito presidencial da França, no início de 2017, o próximo grande teste para ver se os eleitores vão continuar cedendo aos apelos do populismo contra o establishment – em seguida aos abalos sofridos com o voto britânico a favor da saída da União Europeia (Brexit) e a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos.
Antes disso, porém, o referendo constitucional de 4 de dezembro na Itália tem potencial para gerar a próxima reviravolta no grupo das dez maiores economias do mundo, mostrando até que ponto os eleitores da Europa estão dispostos a expressar seu rechaço às políticas do establishment, mesmo ao preço de um futuro incerto.
O primeiro-ministro Matteo Renzi colocou em jogo o destino do país e a sua própria carreira, na esperança que, com seu "sim", a maioria dos italianos apoie a manobra dele para reduzir a instabilidade e o impasse político em Roma.
As medidas exatas da consulta popular são complicadas: a startup italiana ProntoPro está até mesmo oferecendo um serviço explicativo para os votantes indecisos. Em termos simples, porém, elas reduziriam o número de membros e as prerrogativas da câmara superior, o Senado, conferindo mais poder ao Executivo.
Referendo e moção combinados: uma escolha infeliz
Embora, em tese, uma assembleia legislativa numerosa seja mais democraticamente representativa, na prática o Parlamento italiano tende à inércia. Com um total de 951 membros, ele é o terceiro maior do mundo, e seu bicameralismo cem por cento igualitário implica que a legislação pode ser empurrada de um lado para o outro ad infinitum.
"Mesmo que só se mude uma vírgula na lei, ela tem que ser enviada de volta para a outra câmara", explica à DW Franco Pavoncello, presidente da John Cabot University de Roma. "O país tem lutado contra isso há décadas."
À primeira vista, a escolha parece fácil: votar "sim" para reduzir o peso morto político e respaldar o governista Partido Democrático (PD), de centro-esquerda; ou votar "não" para manter o status quo e impedir que o Executivo consolide seu poder. No entanto, Renzi prometeu que deixará a chefia de governo se o "não" prevalecer, fazendo confluírem, assim, a emenda constitucional e o apoio a seu mandato.
E – embora nas últimas semanas ele tenha confundido os eleitores, primeiro retirando, depois reiterando sua promessa – "a probabilidade é bastante elevada" de que um Renzi derrotado não dure muito tempo no Palazzo Chigi, aponta Pavoncello. "Ele transformou um momento constitucional num momento político, e isso é bastante infeliz", avalia o cientista político americano sediado na capital da Itália.
Sozinho no topo do escalão
As pesquisas de opinião dão uma dianteira folgada para um "não" à moção do PD. E, mesmo que as inesperadas vitórias do Brexit e de Trump tenham ensinado os votantes a desconfiarem de enquetes, o fato é que o primeiro-ministro toscano está sendo atacado por todos os flancos.
De um lado está a ala direitista, em parte liderada pelo espectro do ex-premiê Silvio Berlusconi – uma espécie de Trump à la italiana. Do outro, o relativamente jovem Movimento Cinco Estrelas (M5S), uma nebulosa legenda de tendência esquerdista encabeçada pelo humorista Beppe Grillo, notória por combater o establishment a qualquer preço.
"Do ponto de vista estratégico, foi errado usar o referendo como uma moção de confiança pessoal", analisa Luca Verzichelli, professor de política italiana da Universidade de Siena. Paradoxalmente, a oposição a Renzi também parte de seu próprio partido: "A centro-direita, a esquerda radical, uma pequena galáxia de micropartidos, até alguns do PD: todos são contra ele."
É justamente a esses grupos – "que juntos não são capazes de concordar sobre absolutamente nada, exceto que são pelo 'não'" – que caberia arrumar os escombros de uma derrota do premiê, acrescenta Verzichelli. "E mesmo que o 'não' prevaleça, será uma vitória de Pirro, pois a oposição sabe que a reforma constitucional é necessária. Não estou dizendo que se trate da última chance, mas é uma oportunidade muito rara de mudar alguma coisa."
Populismo ambidestro
A presença do Cinco Estrelas na lista dos opositores de Renzi é digna de nota. De certa forma, o caso da Itália é único, pois as vozes populistas que assombram os políticos estabelecidos não partem só da direita, mas também de um partido ostensivamente de esquerda.
Contudo, tanto o M5S como o direitista Berlusconi têm feito comentários que dificultam qualquer tentativa de rotulá-los com uma ideologia distintiva, numa séria de guinadas bem sintomáticas da complexidade do atual debate.
Quando Trump se tornou presidente eleito dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, o eurocético Grillo proclamou em seu popular blog que "os verdadeiros idiotas, populistas e demagogos são os jornalistas e os intelectuais do establishment [...] Há semelhanças entre a história americana e o Movimento."
Por outro lado, apesar de incitar seus eleitores a votarem "não", na quinta-feira (25/11) o magnata da mídia Silvio Berlusconi declarou, em entrevista à rádio RTL, que Renzi "é o único líder político" que ainda resta na Itália.
A hora dos indecisos
Para a Itália, o avanço dos populistas deveria ser uma preocupação tão grande como foi nos EUA ou no Reino Unido, afirma Verzichelli. Afinal, "os efeitos 'bola de neve' do populismo de direita e de esquerda" poderão transformar a simples questão de "fazer emendas técnicas a um sistema que permanecerá basicamente o mesmo" num novo período de incerteza econômica para um país cuja dívida externa já alcança 135% do PIB nacional.
No momento, apesar de o "não" estar vencendo nas enquetes, quase um quarto dos eleitores italianos ainda estão indecisos. Um deles, Nicholas B., de 31 anos, do Vêneto, revela à DW: "Se eu fosse votar agora, escolheria o 'não' – e isso faz eu me sentir extremamente triste. Mesmo assim, acredito que é a coisa certa a fazer."
"Os italianos vão dizer 'não'", prossegue o eleitor, "como sempre disseram à inovação, à mudança e ao futuro – o que, na verdade, nos confirma como um país antiquado, tradicionalista, até reacionário". Ainda assim, para ele, transformar o Senado num órgão "não eleito" é ir um pouco longe demais.
Outro entrave para Nicholas B. é a inclusão da União Europeia na Constituição da Itália. A seu ver, certos aspectos econômicos que o bloco assumiu nos últimos anos "representam uma das maiores ameaças à prosperidade italiana".
Já Renzi vem realizando uma série de comícios, num desesperado apelo para que os indecisos se inclinem a seu favor, apostando numa estratégia que fracassou manifestamente para os democratas americanos. Vale mencionar que o gerente da campanha pelo "sim" é ninguém menos do que Jim Messina, que desempenhou a mesma função para Barack Obama em 2012.
Segundo Pavoncello, uma última esperança da ala de Renzi é que os indecisos acabem votando a seu favor "só por não quererem que quem assuma o poder seja o Cinco Estrelas – que é inexperiente em governar, como ficou evidenciado agora que ele está dirigindo a municipalidade de Roma".
Por outro lado, com 63 governos nacionais em 70 anos, é improvável que a perspectiva de mais instabilidade possa intimidar seriamente o eleitorado italiano.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/abaca/A. Izgi
Homenagens comoventes à Chapecoense
Dezenas de milhares de pessoas lotaram os estádios Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, e Arena Condá, na cidade catarinense de Chapecó, para homenagear os 71 mortos na tragédia com o voo da Chapecoense, na véspera. As cerimônias se realizaram no mesmo horário em que ocorreria o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana de 2016, contra o clube colombiano Atlético Nacional. (30/11)
Foto: picture alliance/dpa/M. D. Castaneda
Mundo do esporte em luto
A queda de um avião que transportava o time da Chapecoense deixou 71 mortos, entre jogadores, equipe técnica e jornalistas. A aeronave caiu numa região montanhosa nas proximidades de Medellín, na Colômbia. Seis sobreviveram. Autoridades investigam uma possível falha elétrica, mas a causa não foi inicialmente confirmada. A tragédia aérea é a maior envolvendo um time de futebol da história. (29/11)
Foto: Getty Images/AFP//R. Arboleda
Papa se encontra com Stephen Hawking
O físico Stephen Hawking, um ateu declarado, foi ao Vaticano para participar de um evento de quatro dias que tem como objetivo discutir ciência e sustentabilidade. Durante o simpósio, o cientista se encontrou com Papa Francisco, que concedeu uma benção ao britânico e lhe agradeceu pela colaboração constante com a Pontifícia Academia de Ciências. (28/11)
Foto: REUTERS
Fillon é o candidato conservador
O ex-primeiro-ministro François Fillon, de 62 anos, venceu as prévias que definiam o candidato da centro-direita francesa na eleição presidencial de 2017. Fillon obteve cerca de 67% dos votos, contra cerca de 33% do seu rival no segundo turno, o ex-primeiro-ministro e atual prefeito de Bordeaux, Alain Juppé. Pesquisas indicam que Fillon tem boas chances de vencer a eleição de 2017. (27/11)
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Morre Fidel Castro
O histórico líder cubano Fidel Castro morreu aos 90 anos, informou seu irmão, o presidente Raúl Castro, num discurso transmitido pela televisão. O presidente acrescentou que o corpo de Fidel será cremado, segundo sua vontade expressa. Como cabeça da Revolução Cubana, Fidel foi uma das personalidades mais carismáticas e controversas do século 20 e era a última grande figura do comunismo. (26/11)
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Temer perde seu sexto ministro
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou sua carta de demissão ao presidente Michel Temer, e a exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. A renúncia ocorre em meio a uma crise política no gabinete de Temer, depois que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusou Geddel de tê-lo pressionado para atender a um interesse pessoal. (25/11)
Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil
Novo acordo de paz na Colômbia
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, assinaram em Bogotá o novo acordo de paz para encerrar 52 anos de um conflito armado que deixou ao menos 220 mil mortos. O texto, que não tem o apoio da oposição, passará agora para o Congresso para ser aprovado e entrar em vigor. O governo descartou um novo plebiscito. (24/11)
Foto: Getty Images/AFP/L. Robayo
Forças iraquianas isolam EI em Mossul
Forças do Iraque afirmaram ter bloqueado a última rota de abastecimento do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) em direção a Mossul, fechando o cerco na segunda maior cidade iraquiana. A informação foi confirmada por fontes peshmergas, que junto com outras tropas se aproximam da localidade, sitiada pelo EI há dois anos. A ofensiva iraquiana para retomar Mossul teve início em outubro. (23/11)
Foto: Reuters/M. Salem
Obama entrega Medalhas da Liberdade
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou na Casa Branca sua última cerimônia de entrega da Medalha da Liberdade, maior distinção civil no país, homenageando 21 artistas, esportistas e cientistas. Entre eles estiveram os atores Tom Hanks e Robert De Niro, os cantores Bruce Springsteen e Diana Ross, a lenda do basquete Michael Jordan e o casal Melinda e Bill Gates (foto). (22/11)
Foto: Reuters/C. Barria
Novo forte terremoto no Japão
Um poderoso terremoto voltou a atingir a região de Fukushima, no nordeste japonês, provocando uma série de pequenos tsunamis e forçando a evacuação da população. No porto de Sendai, em Miyagi, as ondas chegaram a 1,4 metro de altura. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) estimou a magnitude do tremor em 7,4 na escala Richter. Não houve inicialmente registros de vítimas. (21/11)
Foto: Reuters/Kyodo
Soldados iraquianos combatem EI em Mossul
Tropas do Iraque enfrentam forte resistência de militantes do "Estado Islâmico" (EI), ao tentarem avançar nos setores mais a leste de Mossul, Os soldados retomaram os distritos de Muharabeen e Ulama, após libertarem a vizinhança adjacente de Tahrir. Grossas colunas de fumaça negra foram vistas saindo das duas áreas, enquanto dezenas de civis fugiam para setores controlados pelo governo. (18/11)
Foto: Reuters/G. Tomasevic
Alemanha compra casa de Thomas Mann
A Alemanha comprou a casa onde o escritor Thomas Mann morou em Los Angeles, durante o seu exílio nos anos do regime nazista, anunciou o Ministério alemão do Exterior. Na casa no oeste da cidade, Mann completou algumas obras como "Doutor Fausto". Ele viveu na propriedade entre 1941 e 1952 com a esposa e a filha. A casa será transformada em espaço para intercâmbio cultural. (18/11)
Foto: Imago/PEMAX
Prisão de Sérgio Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi preso num desmembramento da Operação Lava Jato. O peemedebista é suspeito de envolvimento no desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo estadual. O prejuízo é estimado em mais de 220 milhões de reais. (17/11)
Foto: Imago/Fotoarena
Obama em Berlim
O presidente americano, Barack Obama, desembarcou em Berlim, onde se encontrará com a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e outros líderes europeus, nos próximos dois dias. Obama foi recebido com honras militares por representantes do governo alemão. Esta é a sétima visita do líder à Alemanha e a última viagem oficial de Obama à Europa antes de deixar o cargo. (16/11)
Foto: Reuters/F. Bensch
Megaoperação na Alemanha
A polícia alemã deflagrou buscas em cerca de 200 casas e escritórios suspeitos de servirem de apoio para o "Estado Islâmico" (EI). A operação teve foco no grupo radical salafista "A Religião Verdadeira”, que foi declarado ilegal no país, e ocorreu em mais de dez estados. Grupo é acusado de recrutar combatentes para os jihadistas. (15/11)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kastl
Ano mais quente já registrado
O ano de 2016 será "muito provavelmente" o mais quente de que se tem registro, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo a agência de ONU, as temperaturas médias deste ano ficarão 1,2 grau Celsius acima dos níveis pré-Revolução Industrial e 0,88 grau acima do período 1961-1990. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Lewis Hamilton vence em Interlagos
O piloto britânico Lewis Hamilton (Mercedes) venceu o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, e adiou a decisão do título para a última prova do Mundial, bastando ao alemão Nico Rosberg um terceiro lugar para ser campeão. Rosberg, também da Mercedes e que persegue o primeiro título mundial, foi segundo no circuito de Interlagos. Devido à forte chuva, a corrida foi marcada por acidentes. (13/11)
Foto: Picture-Alliance/AP Photo/N. Antoine
Manifestação contra Erdogan em Colônia
Segundo dados da polícia, por volta de 25 mil pessoas protestaram na metrópole renana contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Na manifestação sob o lema "Pela democracia, paz e liberdade" participaram principalmente alevitas e curdos. À margem dos protestos, houve confrontos entre policiais e manifestantes. (12/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Meissner
Morre Leonard Cohen
O cantor e compositor canadense Leonard Cohen morreu aos 82 anos. Conhecido por intensas letras, com temas que vão de amor e ódio a espiritualidade e depressão, Cohen tinha uma voz profunda, que era acompanhada por marcantes padrões de guitarra. Autor da famosa canção "Hallelujah", ele iniciou a carreira nos anos 1960 e lançou em outubro seu 14° e último álbum, "You want it darker". (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Haid
Primeiro encontro entre Obama e Trump
Dois dias após a eleição presidencial, o presidente americano, Barack Obama, se reuniu pela primeira vez com seu sucessor no cargo, Donald Trump, para transição de governo. Democrata e republicano deixaram de lado diferenças e debateram política externa e interna. Atual líder classificou reunião como excelente e abrangente. Magnata afirmou que encontro foi uma grande honra. (10/11)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Donald Trump é eleito presidente dos EUA
Em um resultado que surpreendeu o mundo e contrariou numerosas pesquisas de intenção de voto, Donald Trump superou Hillary Clinton em estados-chave e assegurou a vitória na eleição presidencial americana. Em seu discurso de vitória, ele defendeu a reconciliação e unidade nacional, após uma campanha marcada por ofensas e acusações que dividiu como poucas vezes os Estados Unidos. (09/11)
Foto: Getty Images/M. Wilson
Eleições nos EUA
Os americanos foram às urnas escolher seu próximo presidente, após uma das campanhas eleitorais mais controversas e polarizadas das últimas décadas. A disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton foi acirrada. As últimas pesquisas de opinião apontaram para uma vitória, embora apertada, de Hillary. (08/11)
Foto: picture-alliance/AP Images/J. Taylor
Temer convocado como testemunha de Cunha
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato, acatou o pedido dos advogados do ex-deputado Eduardo Cunha para que o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam testemunhas de defesa no processo. Temer poderá optar por testemunhar em audiência ou responder às questões do tribunal por escrito. (07/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Citypress24
FBI mantém conclusão sobre Hillary
Após a análise de novos e-mails do tempo em que a candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, era secretária de Estado, o FBI manteve a decisão de julho passado de que um processo contra ela não é justificado. A revelação de que novos e-mails estavam sendo investigados fez Hillary perder pontos nas pesquisas na reta final da corrida eleitoral. (06/11)
Foto: Reuters/B. Snyder
Polícia age contra manifestantes na Turquia
Em Istambul, a polícia usou gás lacrimogêneo, jatos d'água e balas de borracha contra participantes de uma manifestação em solidariedade à redação do jornal opositor "Cumhuriyet". Um tribunal ordenou a prisão do editor-chefe, Murat Sabuncu, e de mais oito funcionários da publicação. No protesto, muitos manifestantes chamaram o Estado de "fascista" e gritaram: "Não vamos nos calar." (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Bozoglu
Acordo de Paris entra em vigor
Entra oficialmente em vigor o acordo climático de Paris, elevando a pressão para que os 195 países signatários comecem a executar os planos de redução das emissões de gases do efeito estufa. Até o início de novembro, 94 países haviam ratificado o acordo da ONU, incluindo os maiores poluidores EUA, China e União Europeia, preenchendo os requisitos básicos para a entrada em vigor do pacto. (04/11)
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Corte exige aprovação parlamentar para Brexit
A Suprema Corte do Reino Unido decidiu que o governo britânico necessitará de aprovação parlamentar para iniciar o processo da saída do país da União Europeia (UE). A decisão agrava a incerteza política em torno do chamado Brexit. O governo da primeira-ministra Theresa May tem o direito de recorrer da decisão, o que poderá ser feito entre os dias 5 e 8 de dezembro. (03/11)
Foto: Getty Images/AFP/O. Andersen
Erdogan, "inimigo da liberdade de imprensa"
A organização Repórteres sem Fronteiras listou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, como "inimigo da liberdade de imprensa" pelo tratamento dado aos jornalistas em seu país, após a prisão de mais de 200 profissionais e o fechamento de mais de 120 órgãos de imprensa. A lista inclui outros 34 nomes, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Rússia, Vladimir Putin. (02/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Nemenov
Tropas iraquianas chegam a Mossul
Forças do governo do Iraque entraram na segunda cidade mais importante do país, bastião do "Estado Islâmico" (EI). Duas semanas após início de operação para recuperar a localidade das mãos dos jihadistas, chefe das forças antiterroristas do Iraque, Abdelgani al-Asadi, afirma que tropas libertaram parte de Kukyeli, distrito considerado uma porta para Mossul, e cercaram o bairro.