Após desistência do Brasil, Chile vai sediar COP-25
14 de dezembro de 2018
Anúncio foi feito durante atual edição da conferência do clima da ONU. Convite feito pelo Brasil em 2017 foi retirado após pressão de Jair Bolsonaro.
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O Chile foi escolhido para sediar a próxima Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019, a COP-25. O anúncio foi feito durante a atual edição da reunião, que acontece na cidade polonesa de Katowice, nesta sexta-feira (14/12).
O Brasil havia se oferecido em 2017 para servir de anfitrião nas negociações, mas o Itamaray retirou o convite em novembro. O convite havia sido feito durante a COP-23, em Bonn, na Alemanha e confirmada mais uma vez em outubro deste ano.
Inicialmente, o governo de Michel Temer alegou problemas orçamentários para justificar o cancelamento, mas o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que teve participação na decisão.
Bolsonaro, que já sugeriu que o Brasil pode se retirar do Acordo Climático de Paris, mostrou indisposição para receber a conferência afirmando que a soberania do país está em risco por causa do acordo.
Várias organizações criticaram a decisão brasileira. Para o Greenpeace, a retirada da candidatura demonstrou que o próximo governo "vira as costas" para as mudanças climáticas, o que significa "virar as costas para as populações mais pobres".
Sob as regras da ONU, no próximo ano é a vez de um país da América Latina ou do Caribe sediar o evento.
Chile e Costa Rica haviam se apresentado. O país da América Central se retirou devido aos custos, mas se ofereceu para ajudar o Chile na organização da chamada 25ª Conferência das Partes (COP25).
"Estamos felizes em dizer que, para a COP25, trabalharemos com a Costa Rica", disse a ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt, em Katowice, nesta sexta-feira.
JPS/rt/ots
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Três quartos dos gases estufa são produzidos pela combustão de carvão, petróleo e gás natural; o resto, pela agricultura e desmatamento. Como se podem evitar gases poluentes? Veja dez dicas que qualquer um pode seguir.
Foto: picture-alliance/dpa
Usar menos carvão, petróleo e gás
A maioria dos gases estufa provém das usinas de energia, indústria e transportes. O aquecimento de edifícios é responsável por 6% das emissões globais de gases poluentes. Quem utiliza a energia de forma eficiente e economiza carvão, petróleo e gás também protege o clima.
Foto: picture-alliance/dpa
Produzir a própria energia limpa
Hoje, energia não só vem de usinas termelétricas a carvão, óleo combustível e gás natural. Há alternativas, que atualmente são até mesmo mais econômicas. É possível produzir a própria energia e, muitas vezes, mais do que se consome. Os telhados oferecem bastante espaço para painéis solares, uma tecnologia que já está estabelecida.
Foto: Mobisol
Apoiar boas ideias
Cada vez mais municípios, empresas e cooperativas investem em fontes energéticas renováveis e vendem energia limpa. Este parque solar está situado em Saerbeck, município alemão de 7,2 mil habitantes que produz mais energia do que consome. Na foto, a visita de uma delegação americana à cidade.
Foto: Gemeinde Saerbeck/Ulrich Gunka
Não apoiar empresas poluentes
Um número cada vez maior de cidadãos, companhias de seguro, universidades e cidades evita aplicar seu dinheiro em companhias de combustíveis fósseis. Na Alemanha, Münster é a primeira cidade a aderir ao chamado movimento de desinvestimento. Em nível mundial, essa iniciativa abrange dezenas de cidades. Esse movimento global é dinâmico – todos podem participar.
Foto: 350.org/Linda Choritz
Andar de bicicleta, ônibus e trem
Bicicletas, ônibus e trem economizam bastante CO2. Em comparação com o carro, um ônibus é cinco vezes mais ecológico, e um trem elétrico, até 15 vezes mais. Em Amsterdã, a maior parte da população usa a bicicleta. Por meio de largas ciclovias, a prefeitura da cidade garante o bom funcionamento desse sistema.
Foto: DW/G. Rueter
Melhor não voar
Viajar de avião é extremamente prejudicial ao clima. Os fatos demonstram o dilema: para atender às metas climáticas, cada habitante do planeta deveria produzir, em média, no máximo 5,9 toneladas de CO2 anualmente. No entanto, uma viagem de ida e volta entre Berlim e Nova York ocasiona, por passageiro, já 6,5 toneladas de CO2.
Foto: Getty Images/AFP/P. Huguen
Comer menos carne
Para o clima, também a agricultura é um problema. No plantio do arroz ou nos estômagos de bois, vacas, cabras e ovelhas é produzido o gás metano, que é muito prejudicial ao clima. A criação de gado e o aumento mundial de consumo de carne são críticos também devido à crescente demanda de soja para ração animal. Esse cultivo ocasiona o desmatamento de florestas tropicais.
Foto: Getty Images/J. Sullivan
Comprar alimentos orgânicos
O óxido nitroso é particularmente prejudicial ao clima. Sua contribuição para o efeito estufa global gira em torno de 6%. Ele é produzido em usinas de energia e motores, mas principalmente também através do uso de fertilizantes artificiais no agronegócio. Esse tipo de fertilizante é proibido na agricultura ecológica e, por isso, emite-se menos óxido nitroso, o que ajuda a proteger o clima.
Foto: imago/R. Lueger
Sustentabilidade na construção e no consumo
Na produção de aço e cimento emite-se muito CO2, em contrapartida, ele é retirado da atmosfera no processo de crescimento das plantas. A escolha consciente de materiais de construção ajuda o clima. O mesmo vale para o consumo em geral. Para uma massagem, não se precisa de combustível fóssil, mas para copos plásticos, que todo dia acabam no lixo, necessita-se uma grande quantidade dele.
Foto: Oliver Ristau
Assumir responsabilidades
Como evitar gases estufa, para que, em todo mundo, as crianças e os filhos que elas virão a ter possam viver bem sem uma catástrofe do clima? Esses estudantes estão fascinados com a energia mais limpa e veem uma chance para o seu futuro. Todos podem ajudar para que isso possa acontecer.