Após dez anos, massacre em Ayotzinapa ainda assombra México
Victoria Dannemann
27 de setembro de 2024
Marcado por violência, corrupção de autoridades e narcotráfico, desaparecimento de 43 estudantes ainda não foi esclarecido no país. Especialistas falam das consequências sociais e psicológicas desse cenário.
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Na noite de 26 setembro de 2014, estudantes viajavam em ônibus de Ayotzinapa para participar de uma manifestação contra o então prefeito da cidade de Iguala, no estado de Guerrero, no México. Eles foram parados pela polícia do município, que disparou contra eles e matou seis no local. O que aconteceu depois disso até hoje é um mistério. Um ônibus foi encontrado, mas três desapareceram. Neles estavam 43 passageiros, que nunca mais foram vistos.
As investigações levantam a possibilidade de os estudantes terem sido confundidos com uma gangue rival do grupo narcotraficante dominante na região, o "Guerreros Unidos". Eles foram forçados a entrar em viaturas e entregues ao cartel. O caso até hoje não foi esclarecido pela Justiça, e ninguém condenado. Não há nenhum sinal de que eles estejam vivos.
Testemunhas relataram sobre a participação e conivência da polícia e até de militares do Exército no crime, recebendo ordens diretas de traficantes. O atual governo de Andrés Manuel López Obrador reconheceu que o desaparecimento dos estudantes foi um crime de Estado, no qual autoridades de todos os níveis estavam envolvidas.
Dez anos depois do caso – um dos mais emblemáticos na história mexicana –, a violência das organizações criminosas e o tráfico de drogas ainda causam estragos profundos não apenas em suas vítimas diretas. Pesquisadores apontam que o massacre e o desaparecimento dos estudantes de Ayotzinapa geraram um trauma coletivo. O que acontece com a psique de um país submetido a esses níveis de pressão?
De acordo com o Índice de Paz do México 2023, publicado pelo Instituto de Economia e Paz, os homicídios anuais associados ao crime organizado quase triplicaram em sete anos – eram 8.000 em 2015, passaram a 23.500 em 2022. Embora as taxas de sequestro, tráfico de pessoas e crimes graves tenham diminuído nos últimos anos, a incidência do crime organizado cresceu.
"O grande número de vítimas deixa cada vez mais traumas pessoais, mas também sociais", disse à DW Markus Gottsbacher, do Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDRC), no Canadá.
"A sociedade mexicana foi traumatizada psicossocialmente. Esses são impactos e danos que vão de uma experiência pessoal a uma experiência coletiva e social. Eles são reproduzidos e têm efeito não apenas em um determinado momento, mas também transgeracionalmente", disse à DW Clemencia Correa, diretora da organização de acompanhamento psicossocial Aluna no México.
"Não se trata de traumas individuais, nem de um conjunto de traumas. É um trauma que se estende por diferentes dimensões da sociedade e faz com que o tecido social se rompa pouco a pouco", acrescenta Correa.
A violência como parte da identidade e das rotinas
"O caso dos desaparecidos de Ayotzinapa é uma ferida aberta, um luto inacabado que continuará enquanto a verdade não for conhecida. Já foi visto que os impactos do trauma duram muito tempo, são de longo prazo", afirma o psicólogo Alfredo Guerrero, professor da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). "Na psique coletiva há um retraimento, há medo, em casos extremos há até terror."
Gottsbacher pontua que "é difícil falar sobre a psique de um país inteiro, especialmente em um país tão heterogêneo. Há muitas pessoas que vivem em suas bolhas de segurança privilegiada, enquanto outras enfrentam a violência mais diretamente".
A psiquiatra Dení Álvarez enxerga "uma mudança na identidade, ou seja, na maneira como os próprios mexicanos qualificam ou definem sua identidade como país. Estamos começando a considerar a violência no imaginário social como parte de nossa vida cotidiana".
A insegurança faz com que as pessoas mudem seus hábitos, saiam menos ou deixem de ir a determinados lugares. "A violência atinge os espaços de convivência social. Um dos primeiros efeitos é a deterioração da vida comunitária", disse a especialista.
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O perigo da normalização
"Todos os dias há relatos de violência, desaparecimentos, assassinatos, e também há conluio entre agentes estatais e o crime organizado. Estamos vendo uma banalização e normalização da violência", avalia Gottsbacher. Isso se manifesta em uma falta de empatia social com as vítimas e há também uma certa amnésia coletiva, uma negação do problema.
"Os números são tão grandes que há uma despersonalização. No início, esses crimes horríveis causavam muito escândalo, mas agora não mais. A desconfiança, a raiva, a deslegitimação e a estigmatização das vítimas se infiltram, o que tem um impacto sobre a coesão social", acrescenta o especialista do IDRC.
A normalização, embora necessária para que as comunidades não fiquem paralisadas pelo medo ou pelo isolamento, tem conotações perigosas, adverte Álvarez: "Ela não ativa mecanismos para resolver o problema da violência de forma organizada e facilita sua reprodução em outros espaços sociais. As crianças expostas a certas atrocidades podem acabar considerando normal ou aceitável cometer certos atos de violência".
"O processo de naturalização é como um mecanismo de defesa em face de décadas de violência que envolveram trauma, medo, desesperança, apatia e desconfiança", diz Guerrero. Em sua opinião, o povo mexicano tem uma alta capacidade de resiliência e ele acredita que a melhora em alguns índices de criminalidade relatados pelo governo pode estar gerando uma diminuição do medo e um aumento da confiança em nível social.
Entretanto, ele reconhece, com relação ao caso Ayotzinapa, que "se não houver verdade, os desaparecidos não forem encontrados e o sentimento de impunidade for mantido, será difícil curar a ferida aberta na sociedade".
Ruptura do tecido social
Viver em um continuum de violência impede que a sociedade processe sua dor. "O trauma psicossocial gera impactos muito profundos, incerteza e uma dinâmica de relacionamentos, que também são afetados", diz Correa.
"Com os fenômenos de violência, há uma perda de confiança moral, que é, acima de tudo, a perda de confiança em estranhos, pessoas que não são membros do nosso círculo mais próximo", diz a psiquiatra Dení Álvarez.
A coeditor do livro Saúde mental e violência coletiva. Uma ferida aberta na sociedade indica que os grupos tendem a se isolar e a convivência com aqueles que não são considerados familiares ou conhecidos diminui. Quanto menos as pessoas vivem juntas na sociedade, menor é a capacidade de organização comunitária, o que, por sua vez, dificulta a promoção do desenvolvimento local. Redes de apoio também são necessárias para que as vítimas superem eventos traumáticos.
O mês de setembro em imagens
O mês de setembro em imagens
Foto: Emilio Morenatti/AP Photo/picture alliance
Chuvas causam mortes e destruição no Nepal
As inundações e os deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas que atingiram o Nepal nos últimos dias, especialmente a capital, Katmandu, já deixaram pelo menos 200 mortos, anunciou o governo nepalês. O rio Bagmati e seus muitos afluentes transbordaram, inundando casas, levando carros e provocando deslizamentos de terra. (30/09)
Foto: Gopen Rai/dpa/picture alliance
Ultradireitistas vencem eleição na Áustria
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Foto: Christian Bruna/Getty Images
Papa promete ajuda a vítimas belgas de abuso sexual
Em visita à Bélgica, o papa Francisco abordou as duas décadas de revelações de abuso sexual por clérigos no país, sistematicamente acobertados por parte da Igreja Católica. "Abuso gera sofrimento e feridas atrozes, minando até mesmo o caminho da fé", condenou o pontífice de 87 anos, prometendo "oferecer toda a assistência que pudermos" as vítimas. (28/09)
Foto: Andrew Medichini/AP/picture alliance
Morre a atriz britânica Maggie Smith
Morreu em Londres, aos 89 anos, atriz Maggie Smith. Ela começou sua trajetória na década de 50 e se destacou em diferentes papéis em mais de 50 filmes, a exemplo de Harry Potter, além de séries como Downton Abbey. Levou duas vezes o Oscar: como melhor atriz em "A Primavera de uma Solteirona" e como atriz coadjuvante em "California Suite - Um Apartamento na Califórnia". (27/09)
Tribunal absolve homem que estava mais tempo no corredor da morte
Centenas de pessoas esperaram do lado de fora do tribunal da cidade de Shizuoka, no Japão, onde um tribunal inocentou Iwao Hakamada, de 88 anos, mais de meio século depois de ele ter sido condenado à morte por homicídio múltiplo. O juiz reconheceu que o processo que levou à condenação tinha sido marcado por falsificação de provas e confissão coagida, entre outras irregularidades. (26/09)
Foto: Philip Fong/AFP
Liderança dos verdes renuncia após revezes eleitorais
Os dois colíderes do Partido Verde da Alemanha, Omid Nouripour e Ricarda Lang, anunciaram a renúncia de toda a direção partidária. Decisão vem após a legenda sofrer nas últimas semanas uma série de revezes em eleições regionais, com resultados magros em votações nos estados de Brandemburgo, Turíngia e Saxônia. Nas eleições europeias de junho, o desempenho também ficou aquém do esperado. (25/09)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Na ONU, Lula critica redes que "se julgam acima da lei"
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que soberania inclui direito de fazer cumprir regras no ambiente digital. Lula ainda criticou ações de Israel em Gaza e reiterou oferta de mediação na Ucrânia. (24/09)
Foto: Mike Segar/REUTERS
Bombardeio de Israel deixa ao menos 492 mortos no Líbano
O maior e mais mortal ataque aéreo de Israel contra o Líbano em quase um ano da escalada do conflito na região deixou pelo menos 492 mortos, incluindo 35 crianças, e 1,6 mil feridos nesta segunda-feira (23/09), segundo o Ministério da Saúde libanês. Milhares fugiram do sul do país em direção a Beirute. (23/09)
Foto: Hussein Malla/dpa/AP/picture alliance
Israelenses invadem e fecham escritório da Al Jazeera na Cisjordânia
A rede Al Jazeera informou que militares israelenses invadiram a redação da emissora em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, e apreenderam e destruíram equipamentos e ainda ordenaram o fechamento da rede do Catar por 45 dias;
em comunicado, a rede de notícias prometeu "continuar a cobertura de maneira profissional e objetiva", apesar das medidas israelenses. (22/09)
Foto: Al Jazeera/AP Photo/picture alliance
Europa recorda ousada, mas malsucedida operação da 2° Guerra
Centenas de paraquedistas, espectadores e autoridades tomaram parte em um enorme evento para marcar o 80° aniversário de uma das missões mais ousadas da Segunda Guerra Mundial: a Operação Market Garden, que teve início em 21 de setembro de 1944 e que tinha como objetivo tomar uma série de pontes e criar uma rota para a entrada em peso de tropas no território da Alemanha nazista. (21/09)
Foto: Ben Birchall/empics/picture alliance
Fridays for Future reúne milhares na Alemanha
Ativistas, estudantes e manifestantes saíram às ruas de várias cidades alemãs para exigir medidas mais fortes de proteção ao clima, em uma época de catástrofes ambientais em diferentes partes do mundo. Segundo os organizadores, os protestos reuniram cerca de 75 mil pessoas. Atos similares ocorreram ao redor do globo, como em Nova York, Rio de Janeiro, Nova Déli e Bruxelas. (20/09)
Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance
Chefe do Hezbollah promete "castigo justo" a Israel
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, admitiu que o ataque aos aparelhos de comunicação de membros de seu grupo foi um "duro golpe", mas prometeu um "castigo justo" a Israel, a quem acusa de estar por trás dos atentados que mataram ao menos 37 pessoas. Ele disse que o "massacre" pode ser considerado uma declaração de guerra, e que os israelenses sofrerão "duras represálias". (19/09)
Foto: Hassan Ammar/AP/picture alliance
Depois de pagers, walkie-talkies explodem no Líbano
Uma segunda onda de explosões de dispositivos de comunicação matou 20 pessoas e feriu mais de 450 em redutos do grupo xiita Hezbollah no Líbano. As detonações em massa de walkie-talkies ocorreram um dia depois que centenas de pagers usados pelo Hezbollah explodiram, matando 12 pessoas, incluindo duas crianças, e ferindo outras cerca de 2,8 mil pessoas. (18/09)
Foto: FADEL ITANI/AFP
Onda de incêndios florestais em Portugal
Mais de 100 focos de incêndios, iniciados no fim de semana, principalmente no norte e centro do país, deixaram ao menos 7 mortos e mais de 50 feridos em Portugal. O premiê português, Luís Montenegro, convocou uma reunião extraordinária de ministros para analisar a situação. (17/09)
Foto: Pedro Nunes/REUTERS
Alemanha inicia controles em todas as fronteiras terrestres
A Alemanha ampliou os controles nas suas fronteiras terrestres, uma decisão que foi prontamente criticada por outros países europeus, como a Polônia e a Grécia. A Polícia Federal alemã verificará os documentos de viajantes não apenas nas fronteiras do leste e do sul, mas também nas do norte e do oeste. Os novos controles são inicialmente limitados a seis meses. (16/09)
Foto: Roberto Pfeil/dpa/picture alliance
Tempestade Boris deixa vítimas na Europa Central e Oriental
Ao menos seis pessoas morreram em enchentes provocadas pela tempestade Boris, que trouxe chuvas torrenciais à Europa Central e Oriental. Hungria, Eslováquia, Romênia, Polônia, República Tcheca e a Áustria foram atingidas por ventos fortes e chuvas excepcionalmente torrenciais. Algumas regiões da República Tcheca e da Polônia enfrentam a pior enchente em quase três décadas. (15/09)
Foto: Sergei Gapon/AFP/Getty Images
Rússia e Ucrânia trocam 206 prisioneiros de guerra
A Rússia e a Ucrânia trocaram 206 prisioneiros de guerra, 103 de cada lado, incluindo militares russos capturados pelo Exército ucraniano durante a incursão na região russa de Kursk. "Nosso povo está em casa", disse o presidente Volodimir Zelenski no aplicativo de mensagens Telegram. "Trouxemos com sucesso outros 103 guerreiros do cativeiro russo para a Ucrânia." (14/09)
China aumenta idade para aposentadoria pela primeira vez em quase 50 anos
A China anunciou que vai aumentar a idade mínima de aposentadoria no país pela primeira vez desde o fim da década de 1970. Para os homens, a idade passa de 60 para 63 anos. Já para as mulheres, a idade mínima sobe de 55 para 58 anos, na maioria das profissões. As mudanças acontecem em meio a uma crise demográfica no país, que registrou declínio populacional nos últimos dois anos. (13/09)
Foto: Anagha Nair/DW
Bilionário faz primeira "caminhada" espacial com financiamento privado
Usando trajes especiais, o bilionário Jared Isaacman e a engenheira Sarah Gillis saíram da aeronave a 700 km de distância da Terra. A bordo da missão Polaris Dawn, eles são os primeiros não profissionais a executar uma das manobras mais arriscadas no espaço. Até então, somente astronautas financiados por governos haviam feito algo semelhante. (12/09)
Foto: SpaceX/AP/dpa/picture alliance
Incêndios florestais fazem São Paulo liderar ranking mundial de má qualidade do ar
Pelo terceiro dia consecutivo, capital paulista encabeçou ranking com a pior qualidade de ar do mundo, segundo o site suíço IQAir, que monitora 120 metrópoles em tempo real. Seca histórica aliada a incêndios na Amazônia e em outras partes do país deixaram 60% do território nacional debaixo de uma cortina de fumaça. Na região Sul, moradores registraram "chuva preta". (11/09)
Tufão castiga Vietnã e Tailândia, deixando dezenas de mortos
Ao menos 143 pessoas morreram no Vietnã, e outras dezenas estavam desaparecidas. Tempestade, que durou 15 horas, deixou rastro de prejuízo, alagando casas e afogando 800 mil animais de criação, segundo autoridades. Na Tailândia, as províncias turísticas de Chiang Mai e Chiang Rai na fronteira com Myanmar também registraram inundações e mortos. (10/09)
Foto: HUU HAO/AFP via Getty Images
Macaé Evaristo é nova ministra dos Direitos Humanos
O presidente Lula da Silva escolheu a deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para substituir Silvio Almeida, exonerado do cargo após denúncias de assédio sexual. Ela já atuou como secretária estadual de Educação e à frente da secretaria de Alfabetização no MEC, no governo Dilma Rousseff. Sua atuação é referência em questões envolvendo racismo e combate a desigualdades. (09/09)
Foto: Mídia Ninja | CC BY-NC 2.0
Encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris
Após 11 dias de competições, chegam ao fim os Jogos Paralímpicos de Paris, O Brasil teve sua melhor campanha na história no evento. Foram 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, que deixaram o país na quinta colocação no quadro geral de medalhas. A grande campeã foi a China, com 84 ouros, seguida pela Grã-Bretanha (49 ouros), Estados Unidos (36) e Holanda (27). (08/09)
Foto: Eng Chin An/REUTERS
Bolsonaristas protestam contra Moraes em São Paulo
Manifestação com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador Tarcísio de Freitas e outras lideranças da direita brasileira reuniu milhares de pessoas em São Paulo. O alvo principal era Alexandre de Moraes, do STF. Já seu desafeto, o bilionário dono da rede social X, Elon Musk, foi um dos nomes mais exaltados pelos bolsonaristas. (07/09)
Foto: Ettore Chiereguini/AP/picture alliance
União Europeia alerta para verão mais quente da história
O programa de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia, o Copernicus, alertou que a temperatura média nos três meses de verão do hemisfério norte (junho, julho e agosto) foram as mais altas já registradas, ultrapassando o recorde de 2023. A temperatura média global no período ficou 0,69°C acima da média de 1991 a 2020 para esses três meses. (06/09)
Foto: PASCAL GUYOT/AFP
Michel Barnier nomeado primeiro-ministro da França
O presidente Emmanuel Macron anunciou a nomeação ao cargo de primeiro-ministro de Michel Barnier, político que liderou as negociações do Brexit na UE de 2016 a 2021. O anúncio veio dois meses depois de as eleições parlamentares antecipadas convocadas por Macron darem vitória à aliança de esquerda, que não assegurou cadeiras o suficiente para governar e deixou o país num impasse político. (05/09)
Foto: Emmanuel Dunand/AFP/Getty Images
EUA acusam imprensa russa de interferir nas eleições de 2024
Moscou teria utilizado mídia estatal para disseminar noticias falsas antes das eleições presidenciais, com o conhecimento do presidente Vladimir Putin. O governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de sanções a dez cidadãos e duas entidades russas acusadas de "esforços de influência nociva" visando interferir nas próximas eleições, incluindo a editora-chefe da emissora estatal RT. (04/09)
Foto: ITAR-TASS/Imago Images
Dezenas de pessoas morrem em ataque russo na Ucrânia
Dois mísseis balísticos russos atingiram um colégio militar e um hospital na cidade de Poltava, na região central da Ucrânia. Ao menos 51 pessoas morreram e mais de 270 ficaram feridas, segundo o presidente ucraniano Volodimir Zelenski. Este foi um dos ataques mais letais desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. (03/09)
Foto: Diego H. Carcedo/Anadolu/picture alliance
Greve geral em Israel pede cessar-fogo em Gaza
Paralisação convocada por uma das maiores organizações sindicais do país impactou atividades essenciais como jardins de infância, bancos, escritórios do governo e transporte público. Manifestantes pressionam o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a fazer um acordo para libertar os reféns ainda em poder do Hamas. (02/09)
Foto: Florion Goga/REUTERS
Extrema direita alemã tem 1ª vitória desde a Segunda Guerra
A AfD, cujo diretório na Turíngia é oficialmente considerado extremista pelas autoridades alemãs, foi o partido mais votado na eleição estadual. Também ficou em 2º lugar na eleição da Saxônia, onde a conservadora CDU venceu por pouco. Sigla populista de esquerda anti-imigração levou 3º lugar, enquanto partidos da coalizão de Scholz tiveram desempenho sofrível. (01/09)