1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Após dias de negociação, Rússia descarta conceder ajuda ao Chipre

22 de março de 2013

Moscou diz que condições oferecidas em troca pelos cipriotas não eram atraentes e aprofunda drama da ilha mediterrânea. Em tom firme, Merkel pede ao Chipre que não teste a paciência da troica.

Foto: ALEXANDER NEMENOV/AFP/Getty Images

A Rússia declarou nesta sexta-feira (22/03) que não chegou a um acordo para a concessão de assistência financeira ao Chipre. Segundo o ministro das Finanças russo, Anton Siluanow, os investidores de seu país analisaram as ofertas cipriotas de investimentos nos setores energético e bancário e não demonstraram qualquer interesse.

Siluanow disse que a Rússia aguarda, agora, uma decisão dos fundos internacionais para decidir sobre a sua participação na reestruturação da dívida do Chipre. Desde quarta-feira, o ministro das Finanças do Chipre, Michalis Sarris, estava em Moscou negociando com as autoridades russas. Ele deixou o país na manhã desta sexta-feira.

Com a resposta negativa da Rússia, ficam ainda mais reduzidas as possibilidades de o Chipre recusar as exigências feitas pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a concessão de um resgate financeiro. Em sua primeira intervenção direta sobre o caso, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, alertou o governo cipriota que não ponha à prova a paciência da troica.

Bancos devem reabrir na terça-feiraFoto: Reuters

Nesta sexta-feira, o Parlamento do Chipre deve decidir sobre o "plano B" para impedir a falência estatal. A votação deveria acontecer na quinta-feira à noite, mas foi mais uma vez adiada. Em Nicósia, é esperado que os parlamentares aprovem um "fundo de solidariedade nacional", por meio do qual o governo arrecadaria 5,8 bilhões de euros.

O fundo seria preenchido com capital da Igreja, planos de aposentadoria e outras instituições e emitiria títulos do governo. O Banco Central cipriota contribuiria para esse fundo com suas reservas de ouro. A contribuição de 5,8 bilhões de euros por parte dos cipriotas é uma das condições para que a União Europeia libere um empréstimo de 10 bilhões de euros.

O BCE está pressionando o governo a encontrar logo uma alternativa – na quinta-feira, estabeleceu o dia 25 de março como ultimato. Caso contrário, suspenderá a assistência emergencial de liquidez aos bancos cipriotas.

CN/rtr/dpa/afp/ap

Pular a seção Mais sobre este assunto