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Após dois anos, Espanha sai da recessão

23 de outubro de 2013

Pouco após as notícias da recuperação da zona do euro, economia espanhola apresenta sinais de melhora. Analistas alertam, porém, que crescimento ainda é frágil e sujeito a riscos.

Foto: dapd

Após dois anos de consecutivos retrocessos na economia, a Espanha conseguiu, no terceiro trimestre de 2013, sair da recessão. Dados preliminares publicados pelo banco central do país apontam um crescimento de 0,1% entre julho e setembro.

As notícias de que a quarta maior economia da Europa apresenta sinais concretos de recuperação vieram logo após os sinais de que a zona do euro começa a sair da crise, já com cinco anos de duração. No entanto, analistas alertam que a tendência ainda é lenta e sujeita a riscos.

O presidente do governo (primeiro-ministro) espanhol, Mariano Rajoy, comemorou os números positivos e destacou as exportações como o principal motor da economia. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre se deve em grande parte ao saldo positivo de 0,4% nas exportações, que compensou a queda de 0,3% no consumo interno.

O banco central destaca que o emprego no país moderou seu ritmo de queda, estimado em 0,1% no trimestre. Se confirmado, esse seria o índice "menos desfavorável" desde o início da crise, em 2008. No segundo quadrimestre do ano, o índice de desemprego era de alarmantes 26,3%, de acordo com dados oficiais do governo.

O fim da recessão foi um dos elementos que levou os mercados financeiros a confiar em uma pronta recuperação da economia espanhola, que somente poderá ser confirmada quando for constatada a criação de postos de trabalho (em comparação com o ano anterior), algo que o governo projeta apenas para meados de 2014.

"O pior já passou"

O governo espanhol estima também um "pequeno avanço" no consumo dos domicílios, também em 0,1% no terceiro trimestre, apesar de uma "debilidade" provocada pelo "baixo nível de renda disponível, das perspectivas desfavoráveis do mercado de trabalho e do alto endividamento".

Ainda assim, todos os setores da economia registraram uma melhora progressiva nos últimos meses, como a atividade industrial, cujo aumento se sustenta mais nos pedidos do exterior do que nos domésticos. Os gastos da administração pública tiveram queda maior do que no trimestre anterior.

O desemprego na Espanha chegou ao alarmante índice de 26.3% no segundo quadrimestre do anoFoto: picture-alliance/dpa

"Com a suavização da queda no consumo doméstico, o aumento das exportações deverá guiar o crescimento espanhol", observou o analista econômico Holger Schmieding, do banco de investimentos Berenberg, da Alemanha.

O economista observa que a recuperação da economia espanhola se deve às ações do Banco Central Europeu no ano passado. "O pior já passou. Um a um, os países em crise da zona do euro voltam a crescer", prevê.

No fim de setembro, o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, afirmou que o ano de 2014 será o primeiro em que a Espanha sentirá uma "certa recuperação de atividade" desde o início da crise.

O banco central espanhol afirmou que previsões para a zona do euro indicam que a recuperação na região será "gradualmente consolidada com o fortalecimento da demanda interna", mas alertou que essa recuperação até agora é "apenas modesta, frágil e sujeita a riscos de queda".

Estimativas recentes de institutos de Alemanha, França e Itália preveem que a zona do euro deverá apresentar um crescimento, porém tímido, de 0,1%, no terceiro trimestre.

RC/dpa/afp/lusa

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