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Após escândalo de espionagem, Merkel e Obama voltam a conversar

16 de julho de 2014

Presidente americano diz querer estreito contato com a Alemanha e melhorar cooperação entre serviços secretos. Apesar dos recentes casos de supostos espiões a serviço dos EUA, Merkel reitera importância da parceria.

Foto: picture-alliance/dpa

Pela primeira vez desde que os recentes casos de suposta espionagem dos EUA vieram à tona na Alemanha, a chanceler federal Angela Merkel voltou a conversar pelo telefone com o presidente americano, Barack Obama, nesta terça-feira (15/07). Segundo o vice-assessor de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes, os dois líderes discutiram a crise na Ucrânia, as negociações nucleares com o Irã e a cooperação entre Estados Unidos e Alemanha.

Isso incluiu a cooperação entre os serviços secretos dos dois países. Para melhorar o trabalho conjunto nessa área, o presidente dos EUA afirmou que pretende manter estreito contato com a chanceler federal, de acordo com a Casa Branca.

A recente suspeita de espionagem dos EUA causou um rebuliço na Alemanha. O Ministério Público está investigando um funcionário do Departamento Federal de Investigações (BND) e outro do Ministério da Defesa, ambos acusados de espionar para os americanos. Por conta disso, o governo alemão expulsou do país o chefe do serviço de espionagem dos EUA em Berlim na última quinta-feira.

Este não é o primeiro caso envolvendo o serviço secreto dos dois países. No ano passado, veio à tona que Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA realizou operações de espionagem em grande escala dentro da Alemanha tendo, inclusive, grampeado o celular de Merkel.

Entretanto, numa entrevista recente ao canal de televisão ZDF, a chanceler federal afirmou que a cooperação de inteligência entre a Alemanha e os EUA é importante. Ela disse esperar uma mudança de comportamento por parte dos americanos, mas reconheceu que não seria fácil convencê-los disso.

Ainda na conversa ao telefone nesta terça-feira, ao discutirem o conflito no leste da Ucrânia, Merkel e Obama concordaram que a Rússia deve agir no sentido de abrandar a situação. Para tanto, Moscou deveria apoiar um cessar-fogo bilateral e evitar a infiltração de armas e combatentes na fronteira.

BA/dpa/rtr/afp

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