Tempestade é elevada à categoria máxima e se aproxima de ilhas que ainda lutam para se recuperar da devastação. Alertas foram emitidos para diversas localidades caribenhas, como Porto Rico, Guadalupe e Martinica.
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Enquanto muitas localidades caribenhas ainda tentam lidar com a devastação causada pela passagem do Irma, outro furacão ganha força extrema, deixando várias localidades na região em alerta nesta segunda-feira (18/09).
A tempestade tropical Maria foi elevada à categoria de furacão neste domingo e, na noite desta segunda-feira, alcançou a categoria 5 (em uma escala até 5), com ventos de 260 quilômetros por hora.
O furacão Maria "se intensificou, tornando-se extremamente perigoso", alertou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). Essas condições podem levar a inundações e deslizamentos de terra que põem em risco a vida dos moradores.
Segundo as previsões do NHC, o furacão deverá seguir uma trajetória onde se encontram diversas ilhas devastadas pelo Irma e depois para República Dominicana, Haiti e Porto Rico. Há ainda a possibilidade de intensificação nos próximos dias.
Alertas de furacão foram emitidos em locais como Porto Rico, Guadalupe, Dominica, St. Kitts, Nevis e Martinica. Várias outras localidades estão sob alerta de tempestade, entre elas Antígua e Barbuda e St. Martin.
Conforme o último boletim divulgado pelo NHC, Maria se encontrava a cerca de 25 quilômetros da ilha de Dominica, e a 70 quilômetros a norte de Martinica. O furacão, que se desloca a uma velocidade de 15 quilômetros por hora, deve passar perto de Dominica nas próximas horas, afirmou o órgão.
Ainda segundo o NHC, os fortes ventos deverão atingir parte das ilhas Leeward na noite desta segunda-feira, causando um aumento do nível do mar de entre 1,2 e 1,8 metro perto do centro da tempestade. Ela deve gerar entre 15 e 30 centímetros de chuva.
O presidente da República Dominicana, Danilo Medina, anunciou o cancelamento de seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorre nesta terça-feira, em Nova York, porque decidiu voltar para seu país para coordenar os preparativos de segurança antes da chegada do furacão.
Ao mesmo tempo, o furacão José avança próximo à costa leste dos Estados Unidos pelo Atlântico, gerando ondas fortes e correntes de retorno. Algumas partes do litoral americano estão sob alerta de tempestade. O ciclone, porém, não deverá atingir o continente.
RC/EK/ap/rtr/dpa/efe/afp/ots
Irma deixa rastro de destruição
Mais potente furacão já registrado no Oceano Atlântico deixa ao menos 40 mortos e traz prejuízos ao Caribe e aos Estados Unidos. Somente nas ilhas caribenhas, cerca de 17 mil pessoas estão desabrigadas.
Foto: Reuters/T. Chappell
Barbuda
O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Borwne, disse que mais de 95% de todos os edifícios da ilha apresentam danos em suas estruturas, e mais de 60% da população ficou desabrigada com a passagem do furacão.
Foto: Getty Images/G. Van
São Bartolomeu
Ao menos 11 pessoas morreram na parte francesa de São Martinho e São Bartolomeu (foto). Os danos causados pelo furacão Irma nesses dois territórios ultramarinos franceses estão estimados em cerca de 1,2 bilhão de euros.
Foto: Getty Images/AFP/V. Autruffe
São Martinho
A maioria da população da ilha ficou sem água, luz e comunicação, e ainda há registros de escassez de alimentos. Algumas cidades registraram o aumento da violência, com saques em casas e hotéis. A destruição massiva deixou a ilha sem hospitais e serviços públicos funcionando.
Foto: Getty Images/AFP/L. Chamoiseau
Porto Rico
Ao menos três pessoas morreram em Porto Rico devido à passagem do furacão Irma. Mais de 150 pessoas perderam suas casas e estão acomodadas em abrigos. Quase 500 mil moradores estão sem eletricidade, e cerca de 154 mil sem água potável. Seis hospitais estão sem energia elétrica. Foto mostra uma casa totalmente destruída na ilha de Culebra, em Porto Rico.
Foto: picture-alliance/AP/dpa/C. Giusti
República Dominicana
O furacão Irma provocou a evacuação de mais de 24 mil pessoas e destruiu mais de 100 casas e causou prejuízos em outras 2.600, como em Nagua (foto), no norte do país. As chuvas e ventos fortes causaram danos a 58 aquedutos, dos quais 27 ficaram fora de serviço, provocando falta de água para 1,2 milhão de pessoas.
Foto: Reuters/R. Rojas
Haiti
O Irma passou pelo país mais pobre das Américas, menos de um ano depois de o furacão Matthew devastar uma parte da nação, em outubro de 2016, causando ao menos 573 mortos. Cinco das dez regiões do Haiti registraram fortes enchentes, sendo que mais de 5 mil casas ficaram inundadas, e milhares de pessoas tiveram que sair de suas moradias e perderam praticamente tudo, incluindo alimentos e móveis.
Foto: Getty Images/AFP/H. Retamal
Cuba
Irma passou pela ilha caribenha como furacão de categoria 5 e deixou dez mortos e um rastro de destruição. O governo começou a avaliar os danos, e os primeiros trabalhos de limpeza já começarem. Em Havana (foto) morreram sete pessoas devido ao colapso de edifícios e choques elétricos.
Foto: picture-alliance/AP Photo/R.Espinosa
Cuba
Na ilha caribenha, a passagem do furacão causou inundações (como a da foto, em Havana), cortes no abastecimento de energia e forçou a evacuação de mais de 1,7 milhão de pessoas, muitas das quais ainda permanecem em abrigos ou casas de familiares aguardando a diminuição do nível das águas.
Foto: Reuters
Flórida
A passagem do Irma pelo estado americano deixou ao menos quatro mortos e cerca de 1,5 milhão de casas da região ficaram sem eletricidade. Quase 6 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas, sendo esta uma das maiores operações de evacuação na história do país. Foto mostra casa destruída na praia Vilano Beach, na Flórida.
Foto: Reuters/ St Johns County Fire Rescue
Flórida
Miami, Tampa, Nápoles e outras cidades na parte mais ao sul da Flórida se tornaram "cidades fantasmas". Escolas, lojas, escritórios públicos e privados, bancos, casas particulares, portos e aeroportos foram fechados. O Irma destruiu o telhado deste posto de gasolina em Orlando (foto).
Foto: Imago/ZUMA Press/S.M. Dowell
Flórida
Numa marina em Palm Shores, oito barcos (foto) ficaram afundados devido à força do furacão Irma. Os ventos do ciclone chegaram a registrar 215 quilômetros por hora. O condado mais afetado foi o de Monroe, e uma parte da costa do sudoeste, onde 76% das casas tiveram o fornecimento de energia interrompido. No total, mais de 4 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade no estado.
Foto: Imago/ZUMA Press/R. Huber
Geórgia
O governo da Geórgia determinou que 540 mil pessoas deixassem a região costeira e fossem para abrigos. Cerca de 870 mil moradores estão sem eletricidade, o que equivale a quase 50% do total de clientes residenciais da empresa Georgia Power. Enquanto se movia para o sul do estado, o Irma se transformou em tempestade tropical. Foto mostra casa antigida por uma árvore na capital do estado, Atlanta.