Após protestos, governo francês se diz aberto ao diálogo
9 de dezembro de 2018
Macron deve romper silêncio e anunciar "medidas importantes" após nova rodada de protestos pelo país. Paris e outras cidades voltam à normalidade, enquanto contabilizam danos. Mais de 1,7 mil manifestantes foram detidos.
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Após a quarta semana seguida de protestos dos chamados "coletes amarelos" na França contras as políticas do presidente Emmanuel Macron, o governo francês se diz aberto para discutir as demandas dos manifestantes e sinaliza o anúncio de medidas importantes nos próximos dias.
O porta-voz da presidência Benjamin Griveaux afirmou neste domingo (09/12) que Macron, que se manteve em silêncio desde que retornou da cúpula do G20 há sete dias, fará um pronunciamento à nação no início da semana. Ele não entrou em detalhes, mas disse se tratar de "anúncios importantes".
"Quando vemos esse nível de protestos, fica claro que precisamos mudar nossos métodos" afirmou Griveaux. O porta-voz, porém, alertou que "nem todos os problemas dos 'coletes amarelos' poderão ser resolvidos com uma varinha mágica".
As autoridades calculam que cerca de 125 mil pessoas participaram das manifestações em várias cidades do país, indicando, porém, uma redução em relação aos 136 mil da semana anterior.
Após os protestos deste sábado, o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, disse que "o diálogo está aberto e deve continuar", afirmando que o presidente "proporá medidas para alimentar esse diálogo".
Com Macron se mantendo longe dos holofotes nesta semana, Philippe se viu na função de responder publicamente pelo governo, anunciando inclusive o cancelamento do aumento dos impostos sobre os combustíveis, que foi o estopim das manifestações.
Os atos de violência deste sábado foram em escala menor do que a destruição ocorrida na semana anterior, quando o país viveu os protestos mais violentos das últimas décadas, com cerca de 200 carros queimados nas ruas e várias lojas saqueadas.
Para este fim de semana o governo adotou uma política de tolerância zero, afirmando que grupos da extrema-direita, anarquistas e outros tentavam se apropriar dos protestos e promover atos violentos. As autoridades destacaram um reforço de 89 mil policiais em todo o país. Na capital, 8 mil membros adicionais das forças de segurança foram acionados.
Mas, mesmo com o reforço da segurança, cidades como Marselha, Bordeaux, Toulouse e Lyon tiveram incidentes com automóveis incendiados, vitrines apedrejadas e confrontos entre manifestantes e policiais.
Os maiores danos, porém, foram registrados em Paris. "Dezenas de proprietários de lojas se tornaram vítimas dos vândalos", lamentou a prefeita Anne Hidalgo, condenando os atos de violência.
O ministro francês da Economia Bruno Le Maire, lamentou os prejuízos causados durante as manifestações. "É uma catástrofe para o comércio e para a nossa economia", afirmou a repórteres neste domingo, enquanto vistoriava lojas saqueadas no dia anterior.
Mais de 1,7 mil pessoas foram detidas para averiguações em diversas cidades francesas. A polícia realizou controles em estações de trem e locais de concentração de manifestantes, apreendendo objetos que poderiam ser utilizados em ataques, como martelos, pedras e estilingues.
Em Paris, os serviços de saúde afirmaram que 179 pessoas foram atendidas nos hospitais, a maioria com ferimentos leves. O ministro do Interior, Christophe Castaner, disse que 17 policiais ficaram feridos.
O movimento dos coletes amarelos – nome que se refere ao colete fluorescente de sinalização que os motoristas possuem em seus veículos – se espalhou para além das fronteiras da França, com protestos ocorrendo na Holanda e na Bélgica. Em Bruxelas, cerca de 400 pessoas foram detidas em confrontos com a polícia.
Neste sábado, as principais atrações turísticas de Paris, como a torre Eiffel e o Museu do Louvre, foram fechadas, assim como as lojas em grande parte da cidade. Após uma enorme operação de limpeza nas ruas da capital, o comércio voltou a abrir as portas e retornar à normalidade.
Os protestos começaram no dia 17 de novembro, com motoristas irritados com um aumento dos impostos sobre combustíveis programado para janeiro de 2019, e ganharam dimensões maiores, passando a incorporar queixas sobre as políticas de Macron que, segundo os manifestantes, beneficiam apenas os mais ricos.
Os coletes amarelos denunciam o que consideram um descaso do presidente para com os problemas das pessoas comuns na França. Os manifestantes também protestam contra o aumento nos gastos domésticos gerados pelo imposto sobre o diesel, que o governo justifica como sendo necessário para o combate ao aquecimento global e para a proteção do meio ambiente.
Na última quinta-feira, o governo francês cedeu à pressão das ruas e cancelou o aumento dos impostos sobre os combustíveis. Os organizadores dos protestos, porém, afirmaram que a decisão veio tarde demais, e mantiveram as exigências de novas concessões do governo que incluiriam o aumento do salário mínimo, redução dos custos de energia e melhorias nos benefícios para a aposentadoria.
RC/afp/rtr/ap
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Bangladesh foi às urnas em um dia marcado por violência, apesar do grande aparato de segurança mobilizado. A premiê do país, Sheikh Hasina, venceu as eleições legislativas, segundo resultados divulgados pela TV. A oposição rejeitou o resultado, denunciando uma fraude. Pelo menos 13 pessoas morreram em confrontos com a polícia e entre grupos políticos rivais em diversas regiões do país. (30/12)
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A imagem de um menino com próteses, registrada no Togo pelo fotógrafo Antonio Aragón Renuncio, recebeu o prêmio de "Foto do Ano" concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Ao conceder o prêmio, a entidade fez um alerta contra o preconceito. Em algumas regiões do Togo ainda é prática que crianças com deficiência sejam maltratadas ou até rejeitadas pelas famílias. (20/12)
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Marco Aurélio decide libertar presos em 2ª instância
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF) pegou o mundo político e jurídico de surpresa ao conceder uma liminar que suspendeu o cumprimento de pena para condenados em 2ª instância. A medida poderia beneficiar presos da Lava Jato, como o ex-presidente Lula. Mas a decisão durou menos de cinco horas. Acabou sendo revogada no mesmo dia pelo presidente do STF, Dias Toffoli. (19/12)
Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF
Primeiro-ministro belga renuncia
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, anunciou sua renúncia diante do Parlamento. A administração de Michel vinha enfrentando dificuldades desde que um dos partidos que fazia parte sua coalizão abandonou o governo no início de dezembro por não concordar com a adesão do país ao Pacto para a Migração da ONU. Desde então, Michel vinha liderando um frágil governo de minoria. (18/12)
Foto: picture-alliance/dpa/Belga/V. Dufour
ONU aprova pacto global sobre refugiados
As Nações Unidas aprovaram um pacto global sobre refugiados. Ao todo, 181 países votaram a favor, enquanto EUA e Hungria foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram. O pacto procura promover uma resposta internacional adequada aos fluxos em massa e situações prolongadas de refugiados. No final de 2017, existiam quase 25,4 milhões de refugiados no mundo. (17/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Elias
Pássaros sul-americanos invadem Norte alemão
A única população selvagem de emas da Europa, na fronteira entre os estados alemães de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e Schleswig-Holstein, aumentou recentemente de 205 para 566..Parentes sul-americanas da avestruz, elas crescem até 1,7 metro de altura, pesando até 40 quilos. Os fazendeiros não gostam das aves gigantes, que estão devorando suas plantações de colza e cereais. (16/12)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Júbilo em Katowice
Michal Kurtyka, presidente da COP24, pula de alegria. Após 13 dias de encontros e intensas negociações, 197 países encerraram a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas com "livro de regras" que permitirá implementar o Acordo de Paris, regendo a luta contra o aquecimento global nas próximas décadas, numa importante etapa para a política climática internacional. (15/12)
Foto: Reuters/K. Rempel
Temer decide extraditar Battisti
O presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição de Cesare Battisti. Após o anúncio, o italiano, que é procurado pela Polícia Federal, tinha paradeiro incerto e era considerado foragido. Battisti, um ex-membro do grupo terrorista de esquerda, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970. Ele vivia em liberdade no Brasil desde 2011. (14/12)
Foto: picture alliance/dpa/Gattoni/Leemage
Autor de atentado em Estrasburgo é morto
O autor do ataque em Estrasburgo, na França, foi morto pela polícia do país na noite desta quinta-feira após uma caçada que durou 48 horas. Chérif Chekatt, de 29 anos, foi localizado e abatido na própria cidade após uma troca de tiros com policiais, a dois quilômetros do local do ataque, No ataque executado por Chekatt morreram duas pessoas e 13 ficaram feridas. (13/12).
Foto: Reuters/C. Hartmann
May sobrevive à moção de desconfiança
A primeira-ministra britânica, Theresa May derrotou uma moção de desconfiança dentro do Partido Conservador por 200 votos contra 117. Com a vitória, May permanece na liderança do partido e no cargo de premiê e ainda fica imune durante um ano a uma nova contestação interna. A moção foi apresentada por deputados insatisfeitos com o acordo sobre o Brexit que May negociou com a União Europeia. (12/12)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Homem mata quatro e se suicida na Catedral de Campinas
Um homem abriu fogo dentro da Catedral Metropolitana de Campinas (SP), matou quatro pessoas durante uma missa e depois se suicidou no início da tarde desta terça-feira. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da cidade paulista. O atirador foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. (11/12).
Foto: picture-alliance/D. Cesare
Após protestos, Macron anuncia "pacote de bondades"
Pressionado por manifestações e perda de popularidade, presidente francês anuncia aumento de 100 euros no salário mínimo e fim de impostos sobre horas extras para tentar apaziguar ânimos dos "coletes amarelos". Em discurso na TV, Macron condenou violência em protestos, mas disse reconhecer que “raiva” dos franceses é profunda e prometeu um debate sobre uma profunda reforma do estado. (10/12)
Foto: Reuters/L. Marin
River Plate conquista a Libertadores
Depois do adiamento da partida devido à violência nos arredores do estádio em Buenos Aires que culminou com o ataque ao ônibus do Boca Juniors, a final da Taça Libertadores foi realizada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. De virada, por 3 a 1, o River Plate venceu o Boca Juniors e conquistou no campo o quarto título no torneio. (09/12)
Foto: Reuters/J. Medina
“Coletes amarelos” voltam a protestar na França
Manifestantes voltaram a tomar as ruas de Paris e outras cidades francesas contra políticas do governo de Emmanuel Macron pelo quarto final de semana seguido. As novas manifestações ocorrem apesar de o presidente ter suspendido temporariamente um aumento de impostos sobre combustíveis. Mais de cem pessoas ficaram feridas em confrontos. (08/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Euler
A sucessora de Merkel
Annegret Kramp-Karrenbauer, uma aliada de longa data da chanceler federal alemã, Angela Merkel, foi escolhida para sucedê-la como líder de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). A mudança marca o princípio do fim da era Merkel. Apesar de abrir mão da liderança da legenda, que assumiu há 18 anos, Merkel pretende seguir à frente do governo alemão até o fim de seu mandato, em 2021. (07/12)
Foto: Reuters/F. Bimmer
Executiva da Huawei é presa no Canadá
Autoridades canadenses revelaram que a diretora financeira da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Whanzhou, foi presa, acusada de violar as sanções impostas pelo governo americano ao Irã. A prisão de Meng, filha do fundador da Huawei e uma das principais executivas da empresa, gerou novos temores sobre o agravamento das tensões comerciais entre a China e os EUA. (06/12)
Foto: Reuters/A. Bibik
Putin recebe Maduro em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou apoio ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, que visita Moscou em busca de ajuda financeira para seu país. Maduro espera contar com o apoio da Rússia após ter se isolado cada vez mais no cenário internacional. A Rússia e a Venezuela mantêm laços de longa data. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, era um convidado bem-vindo no Kremlin. (05/12)
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Shemetov
Governo Macron cede aos manifestantes
A França suspendeu, ao menos temporariamente, o aumento dos impostos sobre os combustíveis, que foi o estopim dos protestos de rua que acabaram se transformando em manifestações de massa contra o governo do presidente Emmanuel Macron. Esta é a primeira vez que Macron cede sobre uma decisão importante desde que assumiu o cargo, em 2017. (04/12)
Foto: Getty Images/AFP/S. Mahe
Fim de símbolo do turismo de massa
Atendendo a um pedido de ambientalistas, a prefeitura de Amsterdã removeu da Praça dos Museus um dos cenários fotográficos favoritos dos turistas que visitam a capital holandesa: enormes letras vermelhas e brancas que compunham o slogan "I Amsterdam". Os políticos verdes argumentaram que as letras se transforaram num símbolo do turismo de massa e do "individualismo exagerado". (03/12)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Linkel
Começa conferência do clima COP24
Negociadores de quase 200 países iniciam em Katowice, na Polônia, duas semanas de conversações sobre as mudanças climáticas e como implementar medidas para manter aquecimento do planeta abaixo de 2 graus Celsius. Encontro em Katowice é visto como teste do comprometimento dos países signatários em implementar medidas para alcançar suas metas climáticas. (02/12)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Dubray
Confrontos entre polícia e "coletes amarelos"
Tropa de choque da polícia francesa e grupos de manifestantes conhecidos como "coletes amarelos" voltam a entrar em confronto em Paris, durante o terceiro fim de semana seguido de protestos contra o aumento de impostos sobre combustíveis e a redução do poder aquisitivo. Policiais lançam bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água contra parte dos manifestantes. (01/12)