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Após tremor, Roma pede a UE flexibilidade no endividamento

28 de agosto de 2016

Custos de reconstrução e, sobretudo, prevenção de futuros abalos podem chegar a centenas de bilhões de euros. Roma pede permissão para priorizar esses gastos, excedendo os limites do Pacto de Estabilidade da UE.

Funcionários da Defesa Civil italiana inspecionam a aldeia de Pescara del Tronto
Funcionários da Defesa Civil italiana inspecionam a aldeia de Pescara del TrontoFoto: picture-alliance/dpa/C. Chiodi

Já antecipando os custos elevados que acarretará o recente terremoto, o governo da Itália pediu à Comissão Europeia que o libere provisoriamente de respeitar os limites de endividamento previstos no Pacto de Estabilidade e Crescimento, de 1997. Este estipula 60% do Produto Interno Bruto (PIB) como teto máximo para o déficit público nos 28 Estados-membros da União Europeia.

Na avaliação de Roma, essa meta se tornou praticamente inalcançável desde o abalo sísmico de magnitude 6,1, ocorrido na quarta-feira (24/08) no centro do país, atingindo as regiões do Lácio, Úmbria e Marcas.

"Não se trata de gastar indiscriminadamente", explicou o vice-ministro italiano da Economia, Enrico Zanetti, em entrevista ao jornal La Stampa. A questão é, antes, reagir ao perigo de novos tremores com os investimentos necessários em prevenção. Senão, "estaremos obrigados a fazer escolhas alternativas, penalizando outros investimentos, coisa que o país não pode se permitir", frisou o político.

Peritos projetam custos bilionários e anos de obras para a recuperação das áreas afetadas. Além disso, para reforçar a segurança sísmica dos edifícios residenciais das áreas mais ameaçadas, seriam necessários investimentos de até 360 bilhões de euros.

Imagens dos estragos causado pelo terremoto na Itálila

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Nas regras europeias de endividamento já estão previstas exceções em caso de catástrofes naturais e reconstrução. Apelando ao bom senso da Comissão Europeia, contudo, o governo de Matteo Renzi deseja estender essas cláusulas a medidas preventivas antiterremotos.

O tremor de 24 de agosto causou um total de 290 mortes, a maioria na localidade de Amatrice, situada 149 quilômetros ao nordeste de Roma. O centro da Itália é extremamente sujeito a abalos sísmicos, que no passado já causaram outras catástrofes de grandes proporções.Um exemplo recente é Áquila: devastada em 2009, durante o governo de Silvio Berlusconi, por um terremoto de magnitude 6,3 que deixou 309 mortos e mais de 1.600 feridos, ela ainda está longe de ter sido reconstruída.

AV/afp,rtr,ap,ots

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