Apesar da guerra, comércio árabe-israelense segue forte
Cathrin Schaer
29 de outubro de 2024
Líderes da Jordânia, Egito e Emirados Árabes Unidos criticam ações de Israel em Gaza e no Líbano, mas ainda mantêm normalidade nas relações comerciais. Poderia um agravamento do conflito mudar o status atual?
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Antes de 7 de outubro de 2023 e do ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, o Conselho EAU-Israel postava quase diariamente nas redes sociais. A entidade, sediada na cidade israelense de Tel Aviv, afirmava entusiasticamente ao mundo como eram boas as relações comerciais entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, após a normalização das relações entre os dois países, em 2020, com a assinatura dos chamados Acordos de Abraão.
Isso, porém, mudou há pouco mais de um ano. A última postagem do Conselho foi em 8 de outubro. Desde então, nada mais foi publicado. A entidade não respondeu às perguntas da DW sobre o motivo de não mais celebrar os laços comerciais EAU-Israel, apesar de que, após um ano de conflito, os negócios entre os dois países permanecerem comparativamente robustos.
Líderes de nações que mantêm laços comerciais com Israel, incluindo Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Egito, criticaram a forma como o governo israelense conduz suas campanhas militares na Faixa de Gaza e, mais recentemente, no Líbano.
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza em outubro passado, em resposta aos ataques terroristas do do Hamas, mais de 42.000 pessoas foram mortas no enclave palestino, incluindo mais de 3.400 crianças, segundo dados no Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo próprio Hamas.
No Líbano, após Israel dar inicio a uma campanha militar contra o grupo xiita Hezbollah, no mês passado, mais de 1.300 pessoas perderam suas vidas.
Como resultado, a retórica dos líderes árabes contra Israel se torna cada vez mais contundente.
O ministro do Exterior da Jordânia, Ayman Safadi, comentou os eventos recentes no norte de Gaza durante uma reunião com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, esta semana. "Vemos limpeza étnica acontecendo, e isso tem que acabar", afirmou.
Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em meados de outubro, o ministro do Exterior do Egito, Badr Abdelatty, disse que as ações israelenses causaram "uma catástrofe humanitária sem precedentes" em Gaza.
Políticos dos Emirados Árabes Unidos reiteram regularmente que apenas a criação de um Estado palestino poderá pôr fim ao conflito atual e garantir uma paz duradoura no Oriente Médio.
Laços comerciais ainda fortes
Apesar das críticas, os laços comerciais entre e Israel e essas nações não parecem ter sido abalados.
De todos os países da região, os Emirados Árabes Unidos são os que realizam mais negócios com Israel, seguidos da Jordânia, Egito, Argélia, Marrocos e Bahrein – segundo o valor do comércio bilateral entre Israel e cada um desses países em 2022.
De acordo com estatísticas mensais sobre o comércio exterior de agosto de 2024, coletadas pelo Escritório Central de Estatísticas israelense, a quantidade de comércio – exportações e importações – que esses países realizam com Israel permaneceu majoritariamente positiva este ano.
No caso da Jordânia, o comércio em agosto deste ano foi quase o mesmo do ano passado, diminuindo apenas cerca de 1%. Ao mesmo tempo, no Egito, os negócios com Israel em agosto cresceram mais de 30%. O comércio com o Marrocos e o Bahrein, também signatários dos Acordos de Abraão, também aumentou significativamente este ano, apesar das ameaças feitas anteriormente pelo governo bareinita de romper os laços comerciais.
Em 2023, o comércio total entre Emirados Árabes Unidos e Israel foi estimado em cerca de 2,9 bilhões de dólares (R$ 16,5 bilhões) e a expectativa é que o valor aumente este ano. Nos primeiros sete meses de 2024, on negócios entre os dois países já totalizaram 1,922 bilhão de dólares. Mantendo essa tendência, o comércio total pode chegar a 3,3 bilhões de dólares até o final do ano.
Contudo, segundo especialistas, isso é algo difícil de prever. Embora os laços comerciais tenham se mantido, a taxa de crescimento desencadeada pelos Acordos de Abraão certamente diminuiu. Houve ainda outros impactos, como a queda no turismo e a interrupção da logística, como os ataques dos rebeldes houthis no Iêmen às rotas da navegação comercial no Mar Vermelho.
Ainda assim, segundo empresários israelenses e emiradenses, a maioria das mudanças nas relações comerciais foi superficial, não levando em conta os setores diretamente impactados pelo conflito. Acordos ainda estão sendo feitos, afirmaram empresários israelenses e árabes a jornalistas, ainda que em menor quantidade, embora ninguém queira discuti-los abertamente.
"Em alguns casos, os negócios até se expandiram", afirmou Dina Esfandiary, consultora sênior para o Oriente Médio do think tank Crisis Group, à DW.
Acordos de Abraão em xeque
Ela, no entanto, observou que, quando se trata de países como os Emirados Árabes Unidos, é importante olhar mais de perto. "Há, de um lado, os negócios entre empresas estatais israelenses e emiradenses, que é a maior parte do que está acontecendo, e de outro, negócios entre as empresas do setor privado dos dois países", explicou Esfandiary. "Isso quase parou porque o setor privado ficou muito apreensivo em continuar qualquer acordo comercial com Israel."
A consultoria menciona casos de emiradenses ricos que antes estavam entusiasmados em trabalhar com os israelenses, mas que, desde então, abandonaram completamente a ideia. "Para eles, é uma questão de reputação", observou. "Ao mesmo tempo, as empresas estatais não têm preocupações tão grandes com a reputação."
Alguns emiradenses proeminentes que antes apoiavam os Acordos de Abraão não o fazem mais, ela disse. O vice-diretor da polícia de Dubai, Dhahi Khalfan Tamim, disse recentemente a seus 3,1 milhões de seguidores na rede social X que "os árabes realmente queriam paz, mas os líderes de Israel não merecem respeito."
"Os empresários árabes estão usando cálculos diferentes para pesar os riscos e as recompensas associadas ao envolvimento comercial com Israel", confirmou Robert Mogielnicki, um acadêmico sênior do Instituto dos Estados do Golfo Árabe, em Washington. "Os laços econômicos e comerciais podem permanecer bastante tensos em meio a tensões diplomáticas e outras crises regionais", afirmou.
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Agravamento da crise pode afetar relações?
Em um dado momento, os Emirados Árabes Unidos podem vir a ver a redução dos laços comerciais como uma forma de pressionar Israel, já em crescentes dificuldades econômicas devido ao conflito, a avançar em direção a um cessar-fogo, argumentou Esfandiary.
"No entanto, é improvável que os países que assinaram os Acordos de Abraão mudem completamente seus planos", afirmou. "Quando se lida com as autoridades dos Emirados, elas frequentemente destacam que seu relacionamento com Israel é o que permitiu a EAU enviar muito mais ajuda para Gaza do que qualquer outro país."
Mas, na se trata apenas disso. "Eles também não querem reverter o relacionamento porque têm a ganhar com isso", explicou.
"Os laços econômicos podem servir como uma alavanca [...] para incentivar a tomada de decisões israelenses no futuro", observou Mogielnicki. "Mas, acho que, por enquanto, a probabilidade de os governos árabes tomarem medidas diretas para romper todos os vínculos econômicos existentes com Israel é pequena."
Khaled Elgindy, pesquisador sênior do Middle East Institute e diretor do programa do think tank sediado em Washington sobre assuntos israelenses-palestinos, compartilha dessa avaliação. "Estou cético sobre isso [romper os laços comerciais] porque já se passou mais de um ano. A retórica é muito mais forte, mas acho que se eles fossem fazer isso, já teriam feito", afirmou à DW.
Ele acredita que, mesmo após o fim das ofensivas israelenses, "será socialmente inaceitável que as pessoas simplesmente voltem aos negócios como sempre". "Acho que as atrocidades do ano passado afetaram profundamente a opinião pública. Israel causou danos massivos e irreparáveis à sua imagem no mundo árabe", completou.
O mês de outubro em imagens
O mês de outubro em imagens
Foto: Tomer Neuberg/Xinhua/dpa/picture alliance
Júri popular condena assassinos confessos de Marielle e Anderson
Sentença contra ex-PMs veio mais de seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. A pena de Ronnie Lessa, autor dos disparos, é de mais de 78 anos de prisão; a de Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado no no atentado, é de mais de 59 anos. Os dois, porém, firmaram um acordo de delação premiada e devem passar bem menos tempo na cadeia. (31/10)
Foto: Pablo Porciuncula/AFP/Getty Images
Tempestades na Espanha deixam dezenas de mortos
Governo da Espanha declarou três dias de luto após chuvas torrenciais deixarem um rastro de destruição na província de Valência, leste da Espanha. É o pior desastre natural na história recente do país europeu, que ainda se recupera de uma seca severa. As inundações arrastaram carros, transformaram ruas de vilarejos em rios e interromperam o tráfego em linhas ferroviárias e rodovias. (30/10)
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Ataques em Gaza deixam mais de cem mortos, incluindo dezenas de crianças
Bombardeios deixaram mais de cem pessoas mortas no Norte de Gaza, na região densamente povoada de Beit Lahiya. Os Estados Unidos, aliados de Israel, pediram explicações pelo ataque e lamentaram o fato de haver crianças entre as vítimas. Há mais de três semanas, Israel tem apertado o cerco no norte da Faixa de Gaza, onde alguns palestinos se recusam a fugir, por não ter mais pra onde ir. (29/10)
Foto: AFP
EUA sobe o tom sobre atuação de tropas da Coreia do Norte na Ucrânia
O Pentágono alertou que os Estados Unidos não terão restrições quanto ao uso de armas contra as forças norte-coreanas caso estas sejam destacadas na guerra na Ucrânia. Washington estima que cerca de 10 mil soldados enviados pelo regime de Pyongyang estão em treinamento nas regiões orientais da Rússia. (28/10)
Ricardo Nunes derrota Boulos no segundo turno de São PaulO
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) derrotou Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo e se reelegeu para um novo mandato de quatro anos, ao conquistar quase 60% dos votos. (27/10)
Foto: Bruno Escolastico Sousa Silva/NurPhoto/picture alliance
Israel bombardeia bases militares no Irã
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Desastre de Mariana: Brasil assina acordo de R$ 170 bi com mineradoras
Passados quase nove anos desde o rompimento da barragem de Fundão, as mineradoras Vale, BHP e Samarco assinaram um novo acordo que prevê R$ 170 bilhões em reparações à população e ao meio ambiente. Desse valor, R$ 100 bilhões serão geridos por fundo do BNDES. Renegociação de acordo de 2016 saiu do papel dias após início de julgamento da BHP em Londres.
Foto: Nádia Pontes/DW
ONU pede ação imediata contra aquecimento global
Relatório da ONU alerta que, no ritmo atual, planeta estará 3 ºC mais quente que no período pré-industrial – muito acima do 1,5 ºC fixado pelo Acordo de Paris. Ano de 2023 registrou novo recorde de emissões, com a China responsável por um terço delas. Solução depende principalmente da expansão das energias solar e eólica, do combate ao desmatamento e da restauração de florestas. (25/10)
Foto: David W Cerny/REUTERS
Atentado na Turquia
Tiros e explosões perto da capital da Turquia, Ancara, deixaram ao menos quatro mortos e 14 feridos, segundo informações do Ministério do Interior turco, chefiado por Ali Yerlikaya. O alvo do ataque foi a empresa estatal aeroespacial Tusas. Conforme a imprensa local, ao menos três pessoas teriam se deslocado em um táxi até a sede da empresa, que produz aeronaves de combate e drones. (23/10)
Foto: AP/picture alliance
Sem Lula, Putin desafia isolamento como anfitrião da cúpula dos Brics
A 16ª cúpula do Brics começou na cidade russa de Kazan. O primeiro grande evento do gênero sediado pela Rússia desde o início da guerra na Ucrânia tem sido visto como um palco usado pelo líder e anfitrião Putin para mostrar que o país não está completamente isolado. O evento não tem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cancelou a viagem por recomendação médica. (22/10)
Foto: Alexander Zemlianichenko/AP/picture alliance
Alemanha inaugura quartel naval da Otan no Mar Báltico
A Alemanha abriu operações de um quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte na cidade costeira de Rostock, no norte do país. Segundo o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, o controle do Mar Báltico é importante devido ao avanço da Rússia sobre a Ucrânia ."A segurança na região do Báltico está intrinsecamente ligada à segurança da Europa como um todo", disse. (21/10)
Foto: Bernd Wüstneck/dpa/picture alliance
Bombardeios de Israel matam mais de 80 no norte de Gaza
Ataques israelenses contra um complexo residencial no norte da Faixa de Gaza deixaram pelo menos 87 pessoas mortas e 40 feridas, informou o Ministério da Saúde do território. Este é um dos ataques mais letais desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, quando o grupo extremista Hamas matou 1,2 mil pessoas em Israel. (20/10)
Foto: IMAGO/CTK Photo
Casa de Benjamin Netanyahu é alvo de ataque de drone
Israel confirmou que um drone que atingiu a cidade costeria de Cesareia tinha como alvo a residência de férias do premiê Benjamin Netanyahu, mas ninguém se feriu. O primeiro-ministro acusou o Irã e o grupo xiita libanês Hezbolah de tentar assassiná-lo, e disse que o país e seus aliados pagarão "um preço alto" pelo ataque. (19/10)
Foto: Ariel Schalit/picture alliance/AP
Biden faz última visita à Alemanha em seu governo
O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrou com o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, no que deve ser a última visita do americano à Alemanha em seu governo. Em um comunicado, os líderes reiteraram o apoio à Ucrânia e discutiram nova rodada de assistência econômica e humanitária ao país. (18/10)
Yahya Sinwar foi mentor dos ataques de 7 de outubro. Ele assumiu a liderança do grupo extremista em julho, ao suceder Ismail Haniyeh, morto no Irã em ataque atribuído a Israel. Netanyahu diz que "guerra não acabou", mas líderes mundiais veem marco no conflito e pedem liberação de reféns. (17/10)
Foto: Yousef Masoud/SOPA Images via ZUMA Press/alliance
Quando um desenho resulta em dois anos de prisão
Em abril de 2022, a russa Masha Moskaleva, de 12 anos, fez na escola um desenho em oposição à guerra na Ucrânia. Isso alertou as autoridades contra seu pai solo. Nas redes sociais, ele teria "desacreditado" o Exército, sendo levado a julgamento. Agora Alexei Moskalyov finalmente saiu da cruel colônia penal onde passou 22 meses. Ativistas acusam repressão como na época soviética. (16/10)
Foto: Maria Moskaleva
Coreia do Norte explode estradas que conectam a Seul
Segundo informações divulgadas pelo Exército sul-coreano, Pyongyang "detonou partes das estradas de Gyeongui e Donghae ao norte da Linha de Demarcação Militar". Seul reagiu com o disparo de tiros de advertência. Essas estradas são consideradas simbólicas na ligação de dois países separados desde a Guerra da Coreia, no início dos anos 50. (15/10)
Foto: Lee Sang-hoon/Matrix Images/picture alliance
Nobel de Economia premia estudo sobre prosperidade de nações
A Real Academia Sueca de Ciências em Estocolmo concedeu o Prêmio Nobel de Economia de 2024 a um trio de pesquisadores baseados nos Estados Unidos. O turco-americano Daron Acemoglu e os britânico-americanos Simon Johnson e James A. Robinson foram escolhidos por suas pesquisas sobre as diferenças de prosperidade entre as nações. (14/10)
Foto: Christine Olsson/TT/picture alliance
Tanques israelenses invadem base da Unifil no Líbano
Missão de paz da ONU no Líbano relatou que dois tanques israelenses destruíram o portão principal e forçaram a entrada em uma base no sul do país. Secretário-geral da ONU diz que tais instalações "jamais devem ser alvos". "Ataques contra forças de paz são uma violação das leis internacionais e podem constituir crimes de guerra", criticou António Guterres. (13/10)
Foto: Thaier Al-Sudani/REUTERS
China anuncia novo pacote de estímulo à economia
China anuncia novo pacote de estímulo à economia com base em um aumento considerável em sua emissão de dívida pública, no intuito de apoiar governos regionais, cidadãos de baixa renda, mercado imobiliário e bancos estatais.A segunda maior economia do mundo enfrenta grandes pressões deflacionárias devido a uma forte desaceleração no mercado imobiliário e à queda na confiança do consumidor. (12/10)
Foto: Alex Plavevski/EPA
Organização antinuclear japonesa ganha Prêmio Nobel da Paz
A organização japonesa Nihon Hidankyo, fundada nos anos 1950 por sobreviventes de bombas atômicas, recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2024 por sua atuação contra as armas nucleares. Segundo o comitê do Nobel, a entidade foi escolhida "por seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar, por meio de testemunhas, que essas armas nunca mais devem ser usadas". (11/10)
A escritora sul-coreana Han Kang foi laureada com o Prêmio Nobel de Literatura, anunciou a Academia Sueca, em Estocolmo. Segundo a instituição, Han foi escolhida "por sua prosa poética intensa que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana." (10/10)
Foto: Alastair Grant/AP/dpa/picture alliance
Preparativos para chegada da supertempestade
A Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) advertiu que o furacão Milton será "catastrófico e mortal" e pediu que os moradores usem as últimas horas antes da chegada da tempestade para deixar a área e, para aqueles que não conseguirem, que "busquem refúgios seguros imediatamente". A expectativa é que o furacão se torne o "mais devastador em 100 anos". (09/10)
Foto: JOE RAEDLE/Getty Images/AFP
Moraes determina desbloqueio do X após rede social cumprir exigências
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o desbloqueio da rede social X no Brasil, após o cumprimento de várias exigências relacionadas a um processo no qual a empresa era acusada de disseminação de desinformação e discurso de ódio. O X pagou multas de R$ 28 milhões determinadas pelo STF pelo descumprimento de ordens judiciais. (08/10)
Foto: Jorge Silva/REUTERS
Um ano dos ataques do Hamas em Israel
Data marca primeiro aniversário dos ataques terroristas do grupo radical Hamas em solo israelense, que resultaram em cerca de 1.200 mortes, além de mais de 250 reféns levados pelo grupo islâmico para a Faixa de Gaza. Reação de Israel gerou ampla destruição e grave crise humanitária no enclave palestino. (07/10)
Foto: Jim Urquhart/AP Photo/picture alliance
Brasil vai às urnas para eleições municipais
Eleitores de 5.569 municípios do Brasil foram às urnas para escolher os prefeitos e vereadores que os representarão pelos próximos quatro anos. Em todo o país, com exceção do Distrito Federal, 155.912.680 de eleitores estavam aptos a votar. (06/10)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Trump faz novo comício em local onde sofreu atentado
Com segurança reforçada, o ex-presidente dos EUA e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump voltou a Butler, no estado da Pensilvânia, para liderar novo comício no local onde sofreu uma tentativa de assassinato em julho. Trump discursou ao lado do emresário Elon Musk no mesmo palco onde, em 13 de julho foi atingido de raspão na orelha direita por um tiro de fuzil. (05/10)
Foto: Jasper Colt/USA TODAY Network/IMAGO
Elefantes ficam presos após enchente na Tailândia
As enchentes no norte da Tailândia inundaram a cidade de Chiang Mai e o Elephant Nature Park, que abriga cerca de 3 mil animais resgatados. Conservacionistas fizeram uma força-tarefa para resgatar os animais, mas um elefante morreu afogado e outros 30 ainda estão desaparecidos. Segundo as autoridades,o rio Ping Rive atingiu seu maior nível da história. (04/10)
Foto: Thapanee Eadsrichai/REUTERS
Morre Cid Moreira, ícone do telejornalismo brasileiro
O apresentador Cid Moreira morreu aos 97 anos. Ele se tornou o rosto mais marcante do Jornal Nacional, da Rede Globo, e da televisão brasileira. Cid apresentou o JN por mais de 25 anos, liderando aproximadamente 8 mil edições do telejornal. Dono de uma voz grave, a partir do início dos anos 1990 dedicou-se também a gravar salmos bíblicos (03/10)
Foto: Leandro Chemalle/TheNews2/IMAGO
Israel proíbe entrada de secretário-geral da ONU no país
Ministro israelense do Exterior declara António Guterres "persona non grata" por não ter condenado ataque iraniano "de forma inequívoca". Guterres emitiu declaração com alerta sobre escalada do conflito no Oriente Médio. (02/10)
Foto: Richard Drew/AP Photo/picture alliance
Irã ataca Israel com mísseis balísticos
O Irã disparou cerca de 180 mísseis contra Israel, em retaliação ao acirramento da campanha do Estado judeu contra alvos apoiados pelo regime iraniano, como o grupo radical palestino Hamas e o libanês Hezbollah. Israel e EUA afirmaram ter abatido a maior parte dos disparos. Os estilhaços deixaram duas pessoas feridas, mas as promessas de represália sinalizam agravamento do conflito. (01/10)