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Aplicativos de celular ajudam a cuidar da saúde

Frank Hörnke2 de março de 2013

O aumento no número de celulares no mundo estimula o desenvolvimento de aplicativos para cuidados com a saúde. Órgãos internacionais e governos aprovam a ideia e estimulam o desenvolvimento dessa tecnologia.

Foto: Fotolia/Aaron Amat

De acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (ITU), o mundo chegou à marca de 6 bilhões de celulares em 2012, atingindo todas as faixas etárias. Só no Brasil são mais de 262 milhões, de acordo com o último relatório da Anatel. Esses números estimulam o desenvolvimento de ferramentas para dar mais funcionalidade a esses aparelhos e marcam a era dos aplicativos e conteúdos móveis. O mercado e profissionais da área da saúde identificam um potencial a ser explorado neste setor.

O médico Carlos Suslik, diretor da PwC na área de gestão de saúde, acredita que os aplicativos podem diminuir a distância entre médico e paciente. O software não deve aumentar a frequência de visita a uma clínica médica, mas vai possibilitar ao médico acompanhar o paciente a distância.

Órgãos internacionais também estão de olho nos aplicativos que estão sendo desenvolvido, além de participar com projetos próprios. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, criou o projeto Saúde Móvel para Controle de Tabaco, que faz parte da Iniciativa por um Mundo Livre de Tabaco. Com isso, a OMS busca trabalhar em parceria com os países para desenvolver projetos que ajudem no combate ao tabagismo em todo o mundo. Uma das propostas é explorar o potencial dos celulares, criando aplicativos para auxiliar no controle e redução do consumo.

Aplicativos em dispositivos móveis podem ajudar as pessoas a buscarem tratamentosFoto: Fotolia/Robert Kneschke

Aplicativos premiados

A Organização das Nações Unidas (ONU) também apostou em uma iniciativa para estimular a criação de aplicativos de celular. Aliada a diversos parceiros, a ONU promove uma premiação bienal, a World Summit Award Mobile (WSA-Mobile), para as melhores inovações na área de conteúdos e aplicativos móveis. Na última edição, cerca de 160 países enviaram seus projetos, o que comprova o grande alcance dessa tecnologia.

Na área de saúde, cinco aplicativos ganharam destaque no WSA-Mobile 2012: o Life with Cancer, desenvolvido na Dinamarca, orienta pacientes, familiares e amigos a lidar com o câncer, além de promover a troca de experiência entre os doentes; da Espanha veio o Social Diabetes, que monitora o diabetes tipo 1 e, por meio de troca de experiências, pacientes recebem dicas de dietas, exercícios, etc; o aplicativo italiano Positive Tecnology possibilita ao usuário um autogerenciamento dos níveis de estresse e propõe tratamentos; o Hormone Check, da Noruega, ajuda consumidores a evitarem produtos com desregulador endócrino, geralmente encontrados em cosméticos e produtos de cuidado pessoal; e o Prognosis: Your Diagnosis, do Sri Lanka, é um simulador para médicos, com o qual eles treinam e testam seus conhecimentos em diversas situações.

O governo brasileiro também investe em aplicativos na área da saúde. Um dos destaques é o UNA-SUS Dengue. Esse software, que funciona em smartphones e tablets, auxilia no diagnóstico e tratamento da dengue. Desenvolvido por uma equipe da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), o aplicativo é uma espécie de calculadora. Ele se baseia em dados do paciente, como idade, sexo, peso e sintomas apresentados para indicar aos médicos a melhor forma de conduzir o tratamento.

Aplicativo UNA-SUS DengueFoto: UNA

Todas essas experiências positivas e a expectativa de aumento na circulação de celulares devem impulsionar o mercado de saúde móvel nos próximos anos. De acordo com estimativas da PwC, em todo o mundo o setor deve receber investimentos em torno de 23 bilhões de dólares até 2017.

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