Apple pagará US$ 38 bilhões para repatriar capital aos EUA
17 de janeiro de 2018
Pagamento é para repatriamento de dinheiro mantido no exterior. Gigante da informática é uma das maiores beneficiárias da reforma tributária americana. Empresa anuncia ainda investimentos nos Estados Unidos.
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A Apple anunciou nesta quarta-feira (17/01), em Cupertino, que pagará cerca de 38 bilhões de dólares em imposto de repatriamento nos Estados Unidos para trazer ao país lucros auferidos e mantidos pela empresa no exterior. O pagamento é um dos maiores desse tipo já feitos no país.
A fabricante do iPhone não divulgou o valor que pretende repatriar, mas um imposto de 38 bilhões de dólares equivale à taxa de 15,5% do imposto de repatriação sobre um capital de 252 bilhões de dólares, ou seja, tudo o que tem em reservas no exterior e o maior de uma empresa americana.
iPhone completa10 anos
01:20
A gigante da informática disse que pretende usar parte desse dinheiro em novos investimentos nos Estados Unidos. A Apple é uma das maiores beneficiárias da recente reforma tributária aprovada pelo Congresso americano. A mudança, impulsionada pelo presidente Donald Trump, reduziu de 35% para 15,5% a taxa de repatriamento de dinheiro e de 35% para 21% os impostos pagos por empresas.
A Apple anunciou também que pretende expandir os negócios nos Estados Unidos. A empresa quer injetar 350 bilhões de dólares na economia americana e criar 20 mil empregos no país nos próximos cinco anos. Isso inclui a criação de um novo campus, em local ainda não anunciado, voltado ao atendimento ao cliente.
"Estamos focando nossos investimentos em áreas nas quais podemos ter um impacto direto na criação de empregos e no treinamento dos funcionários", disse o presidente-executivo da Apple, Tim Cook.
Parte dos investimentos será feita junto a fornecedores locais com os quais a empresa já trabalha. A Apple pretende também investir no seu sistema de armazenamento de dados, o iCloud, e nos serviços App Store e Apple Music.
Os 20 mil novos empregos que criará nos próximos cinco anos serão para atuar em suas várias sedes e no novo campus. Atualmente, a Apple emprega 84 mil pessoas somente nos Estados Unidos.
CN/rtr/afp/efe/ap/dpa
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O telefone celular completa 40 anos
Para muitas pessoas, a vida sem um telefone celular é inimaginável. Cada vez mais ele cumpre uma enorme variedade de funções. Um passeio por imagens que mostram os 40 anos de triunfo do telefone celular.
Foto: Telekom
O primeiro
Martin Cooper, vice-presidente da Motorola, apresentou em 1973 o primeiro telefone celular portátil. No entanto, o Dyna TAC só começou a ser comercializado dez anos depois da apresentação de seu protótipo. O aparelho revolucionário, que pesava menos de 1 quilo, não era apenas popular, mas também caro: custava quase 4 mil dólares.
Foto: picture-alliance/dpa
Pesados e limitados
Há 70 anos, os usuários da telefonia móvel tinham que lidar com aparelhos que pesavam mais de 11 quilos e tinham um alcance limitado. A conexão era feita através de uma operadora e era interrompida assim que o aparelho deixava a área de cobertura da transmissão de rádio. Os altos preços limitavam a telefonia móvel a políticos e grandes empresários.
Foto: Museum für Kommunikation Frankfurt
Celular de bolso
Em 1989, o primeiro telefone celular a caber no bolso começou a ser comercializado. O Motorola MicroTAC também foi o primeiro telefone dobrável. Esse foi o aparelho que deu início à tendência dos celulares menores e mais finos.
Foto: picture-alliance/dpa
Comunicação digital
O verão de 1992 marcou o início da era da comunicação móvel digital, o que possibilitou utilizar telefones celulares em outros países. Os aparelhos também eram mais modernos. O Motorola International 3200 – que foi carinhosamente apelidado de "osso" – era considerado bem pequeno para a época. Esse também foi o primeiro telefone a utilizar tecnologia 2G.
Foto: Telekom
O triunfo do SMS
Em 1994, começou a funcionar o Short Message Service (SMS, serviço de mensagens curtas). Originalmente, a intenção era enviar mensagens sobre a má recepção ou interrupção de rede aos clientes. No entanto, a mensagem de 160 caracteres logo se tornou a segunda função mais utilizada nos celulares. O SMS popularizou abreviações, como "VC" ou "LOL".
Foto: DW/Brunsmann
Celular para as massas
O telefone celular começou realmente a se popularizar em 1997. Aparelhos dobráveis e com sistemas deslizantes atraiam a atenção e se tornavam acessórios de desejo. Modelos mais baratos e a introdução do sistema pré-pago fizeram dos telefones celulares produtos de consumo de massa.
Foto: picture-alliance/dpa
Os primeiros smartphones
Em 1999, o Nokia 7110 foi o primeiro telefone celular com Wireless Application Protocol (WAP). Então, os usuários de celulares também passaram a ter acesso à internet. Era apenas uma versão mais simples em texto da rede, mas o passo foi revolucionário para a telefonia móvel. Modelos similares começaram a surgir no mercado e reuniam telefone celular, pager e fax em apenas um aparelho.
Foto: imago
O minicomputador
A tecnologia na área se desenvolveu rapidamente: telas coloridas, tocadores de MP3, rádio e vídeo começaram a se tornar padrão nos novos aparelhos. Graças ao WAP e ao GPRS, os usuários ganharam acesso a páginas comprimidas da Internet em seus telefones. Alguns anos mais tarde, a transmissão de televisão para os celulares se tornou possível.
Foto: Telekom
"Telefone da moda"
A câmera se tornou um dispositivo muito popular nos telefones celulares. O Motorola RAZR, lançado em 2004, foi comercializado como "telefone da moda". Até meados de 2006, 50 milhões de aparelhos foram vendidos. Sua tecnologia não era revolucionária, mas o aparelho conseguiu atrair a atenção pelo design, criando um novo visual para os telefones celulares.
Foto: Getty Images
Uma nova era
A Apple revolucionou o mercado em 2007 com o lançamento do iPhone, o primeiro celular com um visor sensível ao toque (touch screen). Não foi o primeiro smartphone, mas foi o primeiro a ter uma interface mais fácil e moderna. A versão do aparelho lançada em 2008 foi adaptada para a tecnologia 3G, já disponível desde 2001.
Foto: imago
Visões do futuro
Telefones com tecnologia LTE já são a mais poderosa geração de celulares. Nela, casa, carro e escritórios podem ser controlados e conectados de qualquer lugar do mundo. Os smartphones ainda poderão oferecer inimagináveis possibilidades. Funções como pagamento com o celular também já estão em desenvolvimento.