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Arábia Saudita adota calendário ocidental

3 de outubro de 2016

Governo decide abandonar calendário islâmico, que tem menos dias, em medida para cortar gastos no funcionalismo público. País vem sofrendo com queda no preço do petróleo.

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Foto: picture-alliance/AP Photo/Hasan Jamali

O governo da Arábia Saudita decidiu, a partir deste domingo (02/10), abrir mão do calendário islâmico e adotar o gregoriano, utilizado pela maioria dos países do mundo. A medida faz parte de um grande pacote de mudanças para reduzir os custos da máquina estatal.

Lunar, o calendário islâmico (ou hegírico) é composto por 12 meses, de 29 ou 30 dias – o que o faz retroceder anualmente em relação a calendários solares, como o gregoriano. Esta sexta-feira (03/10), por exemplo, é o primeiro dia do ano de 1438 no mundo muçulmano.

Com a medida, o governo saudita estará, na prática, pagando o mesmo a seus funcionários públicos, por um número maior de dias de trabalho. E, ao mesmo tempo, adequará os vencimentos dos trabalhadores a seu ano fiscal, que vai de janeiro a dezembro, como no Ocidente.

Maior exportadora mundial de petróleo, a Arábia Saudita está tentando adequar sua economia ao novo preço da commodity, que despencou nos últimos dois anos – o barril foi de 100 para os atuais 45 dólares. Mais de 75% da receita do país vêm desse setor.

Na semana passada, o governo já havia anunciado um corte de 20% no salário de ministros e imposto limites nas horas extras e nos dias de férias dos funcionários públicos. Há duas vezes mais sauditas empregados no setor público – onde há menos horas de trabalho e férias mais longas – do que no privado.

RPR/afp/ots

 

 

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