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Argentina aprofunda investigações da Lava Jato

3 de março de 2017

Em reunião, procuradores e ONG Transparência Internacional debatem medidas para coordenar inquéritos sobre conexões locais do escândalo de corrupção. Odebrecht teria pagado 35 milhões de dólares em propina no país.

Sede da Odebrecht em São Paulo
Sede da Odebrecht em São PauloFoto: Reuters/P. Whitaker

A procuradora-geral da Argentina, Alejandra Gils Carbó, se reuniu com o presidente da Transparência Internacional (TI), José Ugaz, em Buenos Aires, para coordenar uma investigação sobre conexões locais do escândalo de corrupção apurado pela Operação Lava Jato no Brasil.

Segundo o Ministério Público Fiscal divulgou nesta sexta-feira (03/03), participaram ainda do encontro, que ocorreu nesta quinta-feira, diversos procuradores e membros de ONGs ligadas à Transparênia. Em 1º de junho, deve ocorrer a primeira troca de informações entre autoridades argentinas e brasileiras.

Leia mais: A expansão internacional da Lava Jato

De acordo com o representante da Transparência na Argentina, Hugo Wortman, o caso da Odebrecht pode ter se expandido para a Argentina através de consórcios empresariais criados para a disputa de licitações, nas quais a empreiteira brasileira seria encarregada de subornos.

Wortman acrescenta que o pagamento de propinas por empresários argentinos a funcionários brasileiros para obter obras públicas no Brasil também é investigado.

Além da investigação local, a reunião abordou também a necessidade de mecanismos de proteção a procuradores que trabalham neste tipo de caso.

A ampla dimensão internacional do escândalo se tornou conhecida no final de 2016, após a revelação do Departamento de Justiça americano de que a Odebrecht admitiu ter pagado cerca de 788 milhões de dólares em propinas em 12 países da América Latina e África, incluindo o Brasil, em mais de cem projetos – na maioria dos casos, obras públicas – realizados entre 2001 e 2014.

Segundo a apuração americana, na Argentina, a empreiteira brasileira fez pagamentos ilícitos no valor total de 35 milhões de dólares a intermediários ligados a ao menos três projetos de infraestrutura. Os subornos aconteceram entre os anos de 2007 e 2014 e geraram ganhos em contratos de 278 milhões de dólares no país.

CN/efe

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