Embarcação da Marinha com 44 tripulantes está há mais de 48 horas sem fazer contato. Operação de busca no litoral da província de Chubut conta com aeronaves e navios.
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A Marinha da Argentina confirmou nesta sexta-feira (17/11) que procura um submarino militar com 44 tripulantes com o qual o contato foi perdido há mais de 48 horas. Apesar da busca, as Forças Armadas argentinas se recusam a admitir que a embarcação esteja perdida.
O último contato do submarino San Juan foi feito enquanto a embarcação navegava no litoral da província de Chubut. O plano de busca prevê que ele esteja a 430 quilômetros do ponto mais próximo da costa a sudeste da península de Valdés.
"Não se pode dizer que o submarino se perdeu, porque, para ser dado como perdido, é preciso não encontrá-lo", disse o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi. "No momento, ainda não conseguimos ter contato visual ou por radar com o submarino. Acreditamos que deve ter ocorrido um problema grave com as comunicações ou com os equipamentos elétricos, como cabos ou antenas", acrescentou.
O almirante Gabriel Gonzalez, comandante da base do Mar da Plata, destino da embarcação perdida, ressaltou que o submarino tem comida e oxigênio suficiente. "Perdemos o contato, não estamos falando de uma emergência", declarou.
De acordo com Balbi, a última comunicação com o submarino de origem alemã ocorreu na manhã da quarta-feira. O porta-voz disse ainda que, no momento, não é possível saber o que aconteceu e acrescentou que pode ter ocorrido alguma falha técnica.
Em comunicado, a Marinha disse que ordenou a todas as estações terrestres ao longo do litoral argentino "a busca preliminar e estendida das comunicações e escutas em todas as possíveis frequências de transmissão do submarino". Duas aeronaves e três navios foram designados para a operação de busca.
O San Juan é um dos três submarinos da frota argentina. Lançado em 1983, a embarcação alemã tem 65 metros de comprimento e sete metros de largura. Entre 2007 e 2014, ele passou por reformas que prolongaram seu uso por mais 30 anos.
CN/efe/afp/lusa/ap
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O que sobrou da Guerra Fria
Fotos de antigas bases militares, bunkers, áreas de exercícios militares, equipamentos de vigilância e memoriais podem ser vistas na mostra "Relíquias da Guerra fria" até agosto no Museu Histórico Alemão em Berlim.
Foto: Martin Roemers
Bunker no Mar Báltico
De 1998 a 2009, o fotógrafo holandês Martin Roemers captou imagens em dez países europeus, dos dois lados da Cortina de Ferro. A chamada Guerra Fria começou depois do fim da 2ª Guerra Mundial e terminou com a queda do Muro de Berlim, em 1989. Não chegou a haver derramamento de sangue, mas muitos momentos de tensão e ameaças nucleares. Na foto, um bunker antes de afundar no Mar Báltico, na Letônia.
Foto: Martin Roemers
Esperando a 3ª Guerra
Bunkers, bases para mísseis e dispositivos de escuta: tanto o Leste Europeu quanto a Europa Ocidental tentaram se proteger de possíveis ataques. Armar-se com equipamentos pesados foi tendência na época, principalmente nas Alemanhas Ocidental e Oriental. O mundo se preparou para uma terceira guerra. Na foto, o depósito de suprimentos das Forças Armadas alemãs no abrigo nuclear em Lorch.
Foto: Martin Roemers
Área de treino dos soviéticos
O Museu Histórico Alemão, em Berlim, apresenta algumas das 78 fotografias de Martin Roemers até 14 de agosto de 2016. Entre elas, estes restos de munição em um antigo campo de treinamento das tropas soviéticas.
Foto: Martin Roemers
Nova Guerra Fria?
Embora em fevereiro o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, tenha falado de uma nova Guerra Fria, o fotógrafo não acha isso. Martin Roemers diz que não é ativista político, sua intenção é documentar o que guerras fazem com seres humanos e paisagens.
Foto: Martin Roemers
Um local ao longo da história
Em Altengrabow, na Saxônia, Martin Roemers fotografou uma antiga área de treinamento militar de tropas soviéticas. Antes, o local também já havia servido de campo de treinos dos soldados do Império Alemão e mais tarde, dos nazistas. E hoje? O local nem é tão deserto quanto parece na foto. Ali treinam as Forças Armadas alemãs.
Foto: Martin Roemers
Luz no fim do túnel
As fotos de Roemers não são históricas. Ele fotografou os locais depois que foram deixados pelos militares ao fim da Guerra Fria. O charme das imagens é justamente seu estado em ruínas. O que atraiu o fotógrafo foram os momentos em que a natureza toma conta dos locais e dos materiais bélicos. Na foto, a saída de um abrigo nuclear no Reino Unido.