Armas de ataques em Paris podem ter vindo da Alemanha
27 de novembro de 2015
Suspeito de tráfico de armas é preso em Baden-Württemberg. Investigadores alemães e franceses teriam encontrado com o detido indícios da venda de quatro fuzis usados em atentados na capital da França, diz jornal alemão.
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Algumas das armas utilizadas nos ataques em Paris que deixaram 130 mortos há duas semanas podem ter sido compradas na Alemanha. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (27/11) pelo tabloide alemão Bild, as investigações sobre os atentados levaram as autoridades até um vendedor de armas da cidade de Magstadt, no estado de Baden-Württemberg, no sul do país.
De acordo com a promotoria pública de Stuttgart, um homem de 34 anos está sendo investigado por violação da Lei de Armas e foi preso na terça-feira. "Ele teria transformado pistolas a gás em armas de fogo e as vendido na internet", afirmou a porta-voz do órgão, mas se recusou a comentar a suspeita de venda de fuzis ou o envolvimento do detido nos ataques em Paris.
O Bild, citando documentos da investigação alemã, afirmou que o suspeito teria comercializado pela internet, no início de novembro, dois fuzis kalashnikov AK-47 fabricados na China e dois fuzis Zastava M70 produzidos na antiga Iugoslávia. Depois de um mandato de busca, investigadores encontram no smartphone do detido a informação de que as armas foram compradas por "um árabe em Paris".
O diário alemão afirmou ainda que os investigadores franceses acreditam que as armas compradas na Alemanha foram as mesmas usadas nos ataques na capital francesa.
A Promotoria Geral de Frankfurt descobriu a pista sobre o suspeito através da alfândega local, que investigam o tráfico de armas e munições pela internet.
CN/rtr/dpa
Imagens do terror em Paris
Mais de 120 pessoas foram vítimas do terrorismo na noite de 13 de novembro de 2015 na capital francesa. Confira imagens de uma noite que vai mudar o mundo.
Foto: Reuters/Ch. Hartman
Primeiras notícias
O jogo amistoso entre Alemanha e França ainda estava em andamento quando as primeiras notícias de tiros e explosões apareceram na televisão.
Foto: picture-alliance/dpa
Medo nas ruas
As notícias espalharam o medo entre as pessoas que aproveitavam uma noite de temperatura agradável na capital francesa. Autoridades pediram à população para que não deixassem suas residências.
Foto: picture-alliance/dpa
Cenário da barbárie
A sala de espetáculos Bataclan foi invadida por forças de segurança, que libertaram reféns por volta da 1h. Cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas para um show de rock.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Reação imediata do presidente
François Hollande se dirigiu à população francesa ainda na noite dos atentados. Pouco antes, ele havia deixado o Stade de France, onde assistia ao amistoso entre França e Alemanha. Hollande falou em atentados terroristas sem precedentes.
Foto: Reuters
Torcedores no gramado
Os torcedores inicialmente não puderam deixar o Stade de France e se dirigiram para o gramado.
Foto: Getty Images/AFP/M. Alexandre
Atiradores estão mortos
Os atentados aconteceram simultaneamente em seis pontos de Paris e aparentemente foram executados por oito terroristas. Segundo a polícia, sete deles cometeram suicídio e um foi morto por policiais.
Foto: Getty Images/K. Tribouillard
O medo dos sobreviventes
O número de vítimas pode subir ainda mais, pois há um grande número de feridos. Nas ruas, o medo é visível nos rostos das pessoas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Bureau
Segurança reforçada
A segurança foi reforçada em diversas instituições francesas pelo mundo, como no consulado de Nova York.
Foto: Getty Images/S. Platt
Solidariedade mundial
O One World Trade Center, em Nova York, coloriu a antena no alto do prédio com as cores nacionais da França. Em todo o mundo, líderes expressaram solidariedade.