Schwarzenegger é retido em aeroporto de Munique por relógio
18 de janeiro de 2024
Ator ficou mais de três horas na alfândega por não ter declarado às autoridades acessório que levava para ser leiloado em evento beneficente na Áustria.
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O ator e ex-político austro-americano Arnold Schwarzenegger ficou nesta quarta-feira (17/01) retido por mais de três horas no aeroporto de Munique por oficiais da alfândega alemã por não ter declarado um valioso relógio de luxo às autoridades aduaneiras.
Schwarzenegger recebeu permissão para continuar sua viagem, afirmou um porta-voz da alfândega em Munique na noite de quarta-feira. Ele também pôde levar o relógio com ele.
Entretanto, um processo fiscal criminal foi aberto contra o astro, de 76 anos, que foi campeão mundial de fisiculturismo, é estrela de Hollywood e também cumpriu dois mandatos como governador do estado americano da Califórnia.
De acordo com as autoridades alfandegárias, ao chegar a Munique, Schwarzenegger não declarou o valioso acessório que levava consigo, embora aparentemente planejasse deixá-lo na União Europeia.
Segundo o jornal alemão Bild, o relógio em questão é da marca suíça Audemars Piguet, avaliado em 26 mil euros (R$ 140 mil), e Schwarzenegger teve que pagar uma quantia de 35 mil euros (R$ 188 mil), entre multas e impostos.
Leilão em prol de projeto climático
O artista levava o relógio para leiloá-lo em um evento beneficente agendado para esta quinta-feira em Kitzbühel, nos Alpes austríacos. A renda do leilão se destina a projetos de proteção ambiental, conforme anunciado pela iniciativa climática fundada pelo ator, a Schwarzenegger Climate Initiative.
"Se as mercadorias permanecerem na UE, você tem que pagar impostos e taxas sobre elas", ressaltou o porta-voz da alfândega em Munique. "Isso se aplica a todos."
Schwarzenegger concordou em pagar o imposto alfandegário por seu relógio pessoal, disse a Schwarzenegger Climate Iniciative
"Ele cooperou o tempo todo, mesmo tendo sido esta uma investigação incompetente, uma total comédia de erros, mas que daria um filme policial muito engraçado", criticou a entidade em nota.
"Esperamos que a Alemanha invista tanta energia na reorganização de sua economia de forma a torná-la mais ecológica como na cobrança de taxas alfandegárias sobre a propriedade das pessoas", completou a organização de Schwarzenegger.
md/bl (DPA, ots)
Do esporte para a política
Romário, Arnold Schwarzenegger e Vitali Klitschko estão entre os exemplos mais famosos de atletas que se elegeram e assumiram cargos públicos após a aposentadoria.
Foto: Public Domain/Gerald R. Ford Library
Romário — de campeão mundial a senador
O ex-dono da camisa número 11 da seleção brasileira ajudou o Brasil a vencer a Copa de 94. Depois de Pelé e Ronaldo, é o terceiro maior artilheiro da seleção brasileira, tendo feito 55 gols com a camisa amarela. Em 2010, foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro e, em 2014, senador.
Foto: Getty Images/E.Sa
George Weah — de craque a presidente
Ele foi um dos maiores jogadores africanos, tendo sido eleito em outubro de 2017 presidente da Libéria, após ter perdido duas eleições seguidas para o cargo. Depois de uma carreira de sucesso no Monaco, ele jogou também no PSG e depois no Milan, tendo sido eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 1995.
Foto: Getty Images/C.Villa
Vitali Klitschko — prefeito de Kiev
Vitali Klitschko (esq.) lutou no ringue até depois dos 40 anos, mas já começou carreira política quando ainda dominava o boxe dos pesos pesados. Ele disputou a eleição pela prefeitura da capital da Ucrânia, Kiev, pela primeira vez em 2006, mas só ganhou o emprego em 2014. Seu alemão fluente foi útil quando o ministro alemão do Exterior, Sigmar Gabriel (dir.) visitou o país.
Foto: picture alliance/dpa/B. von Jutrczenka
Bebeto — deputado estadual no Rio
O companheiro de Romário no ataque da seleção campeã da Copa de 1994 também trocou o gramado pelos palanques. Ele foi eleito deputado estadual no Rio de Janeiro em 2010 e reeleito quatro anos depois.
Foto: picture-alliance/ dpa
Manny Pacquiao — possível sucessor de Duterte
Estrela de boxe da categoria peso meio-médio, Manny Pacquiao se tornou um fervoroso defensor do presidente filipino linha-dura Rodrigo Duterte após ter pendurado as luvas. Duterte disse mais de uma vez que espera que o ex-campeão o suceda como presidente. Pacquiao defendeu algumas das políticas mais controversas de Duterte, como sua guerra contra as drogas.
Foto: Getty Images/M.Dejeto
Pelé — rei do futebol que virou ministro
O mais famoso camisa 10 da seleção brasileira e do mundo foi ministro dos Esportes entre 1995 e 1998, durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. No período, conseguiu aprovar mudanças na Lei Zico, que passou a se chamar Lei Pelé e trouxe uma série de mudanças no contrato de jogadores profissionais de futebol.
Foto: AP
Arnold Schwarzenegger — governador da Califórnia
A maioria o conhece devido ao filme "O Exterminador do Futuro" ou como ex-governador da Califórnia. Mas Arnold Schwarzenegger fez carreira como fisiculturista. Aos 23 anos, se tornou o mais jovem Mr. Olympia da história. Foi eleito governador do estado americano em 2003, tendo obtido um segundo mandato em 2006.
Foto: picture-alliance/dpa
Bill Bradley — de campeão da NBA a senador
Ele foi campeão da NBA nas temporadas de 70 e 73, as únicas vencidas pelo seu time, o New York Knicks. Pelo Partido Democrata, foi senador pelo estado de Nova Jersey entre 1979 e 1997, tendo até mesmo disputado a nomeação de seu partido para candidato a presidência nas eleições de 2000, perdendo para o então vice-presidente, Al Gore.
Foto: Getty Images/P.Newcomb
Gerald Ford — do futebol universitário à presidência
A maioria se lembra dele como o vice-presidente que teve que assumir a chefia do governo dos EUA depois da renúncia de Richard Nixon. Mas Gerald R. Ford também foi titular da equipe de futebol americano da Universidade de Michigan nas temporadas de 1932 a 1934. Nas duas primeiras, seu time, o Wolverines, acabou invicto.