Arqueólogos descobrem múmia de até 1.200 anos no Peru
1 de dezembro de 2021
Cientistas acreditam que restos mortais eram de homem que morreu com cerca de 20 anos de idade. Encontrada perto de Lima, múmia tinha o corpo amarrado por cordas e suas mãos cobriam o rosto.
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Uma equipe de arqueólogos desenterrou no Peru uma múmia com idade estimada entre 800 e 1.200 anos num local próximo à capital, Lima. Os restos mortais foram encontrados amarrados com cordas, com as mãos da pessoa cobrindo seu rosto.
Embora o gênero ainda não tenha sido identificado, especialistas acreditam que os restos mortais sejam de um homem que morreu com entre 18 e 22 anos de idade e que vivia na alta região andina do país.
Os trabalhos de escavação foram liderados por Yomira Silvia Huamán Santillán e Pieter van Dalen Luna, dois arqueólogos da Universidade Nacional de San Marcos.
"A principal característica da múmia é que todo o corpo está amarrado por cordas e com as mãos cobrindo o rosto, o que seria parte do padrão funeral local", disse Luna. "A datação por radiocarbono apresentará uma cronologia mais precisa."
A múmia foi encontrada numa câmara mortuária de três metros de comprimento, a uma profundidade de cerca de 1,4 metro num local de escavação em Cajamarquilla, a leste de Lima.
Os arqueólogos também encontraram esqueletos de um roedor andino e o que parece ser um cachorro ao lado da múmia. Também foram descobertas oferendas como cerâmica, ferramentas de pedra e restos vegetais.
De acordo com os especialistas, a pessoa morta mumificada pertencia a uma cultura que se desenvolveu entre a costa e as montanhas do Peru. Eles explicaram que Cajamarquilla era um centro urbano construído por volta de 200 a.C. e que pode ter abrigado entre 10 mil e 20 mil habitantes. O local manteve-se ocupado até quase 1500 – pouco antes da chegada dos colonizadores europeus.
O Peru é o lar de vários sítios arqueológicos de várias culturas que se desenvolveram antes e depois do Império Inca, que dominou partes da América do Sul até cerca de 500 anos atrás.
pv/ek (AFP, Reuters)
Assim viviam os germanos
Quem foram os germanos e como eles viviam? Uma exposição arqueológica em Berlim explica.
Foto: Museum Schloss Gottorf/Landesmuseen Schleswig-Holstein
Germanos autossuficientes
Uma tribo germânica em si não existiu, mas sim inúmeras tribos germânicas que viviam ao norte dos Alpes. Elas moravam em aldeias comunitárias, onde produziam tudo o que precisavam para viver. As matérias-primas mais importantes para objetos do cotidiano eram madeira e ossos, como os pentes da foto.
Foto: Nadine Wojcik/DW
Arte em metal
Bárbaros? De jeito nenhum! Este trabalho em metal de altíssima qualidade mostra que as tribos germânicas também eram mestres em técnicas da ferraria. Supõe-se que o aro com um friso de animais emoldurado por cabeças humanas da foto tenha sido parte de um balde.
Foto: Nadine Wojcik/DW
Jóias germânicas
As tribos germânicas não tinham dinheiro, mas mesmo assim praticavam a troca comercial e inclusive exportavam suas mercadorias. O âmbar era um produto cobiçado, especialmente pelos romanos. Não se sabe exatamente o que eles davam em troca. Mesmo que as tribos germânicas não tivessem uma economia monetária, é bem possível que derretiam prata e peças de ouro romanas para fazer joias.
Foto: R. Sofuł/Panstwowe Muzeum Archeologiczne w Warszawie
Relações entre romanos e germanos
O historiador romano Tácito deu nome à "Germânia". Os confrontos entre romanos e germanos eram frequentes: ou era o Império Romano que queria se expandir para além do Reno, ou eram as tribos germânicas que avançavam para o lado romano. Fora do campo de batalha, as relações eram bastante inspiradoras, como mostra este objeto: uma imitação germânica em cerâmica de um caldeirão romano.
Foto: Hauke Arnold
Presentes para o além
Também as tribos germânicas deixavam ofertas para os mortos nas sepulturas. Na foto, ricas oferendas deixadas presumivelmente para um príncipe tribal: vasos romanos e tigelas de vidro, além de um típico chifre germânico para bebidas. Com poucas exceções, cada tribo tinha seu soberano. O mundo germânico era estruturado em nível local e pouco diferenciado em sua hierarquia.
Foto: Nadine Wojcik/DW
Venda de escravos
Acorrentados nas mãos e nos pés: também havia escravos entre os germanos. Os inimigos derrotados se tornavam presas e, portanto, escravos. No sistema de trocas com Roma, eles eram vendidos como trabalhadores. Inclusive prisioneiros de guerra das tropas romanas viravam escravos, para depois terem a liberdade comprada.
Foto: Nadine Wojcik/DW
Achados no pântano
Em comparação com outras culturas daquela época, são poucos os achados arqueológicos de tribos germânicas. As exceções foram encontradas em pântanos: após vencer batalhas, os germânicos jogavam as armas da tribo inimiga no lamaçal – como um ritual simbólico da vitória final. Mesmo objetos em madeira como este escudo ficaram bem preservados.
Foto: Museum Schloss Gottorf/Landesmuseen Schleswig-Holstein