Arqueólogos encontram cavalos petrificados em Pompeia
24 de dezembro de 2018
Animais seriam de raça pura e estavam ornamentados com acessórios típicos de desfiles militares. Descoberta ocorreu no estábulo de uma vivenda soterrada na antiga cidade romana, possivelmente pertencente a um general.
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Arqueólogos italianos encontraram restos petrificados de cavalos e selas ao escavarem a área que funcionou como o estábulo de uma antiga vivenda nos subúrbios de Pompeia, na Itália. O local foi soterrado com a erupção do vulcão Vesúvio no ano 79.
O chefe do parque arqueológico de Pompeia, Massimo Osanna, afirmou à agência de notícias italiana Ansa que a moradia pertenceu a um oficial militar de alta patente, provavelmente um general, durante os tempos romanos antigos.
Os restos dos acessórios de montaria encontrados indicam que se tratava de um tipo de sela utilizado por militares, e os ornamentos eram típicos de desfiles. Um dos animais carregava adereços luxuosos de bronze.
Os cavalos, que os arqueólogos acreditam ser de raça pura, provavelmente estavam prontos para deixar o local quando foram surpreendidos pela erupção vulcânica.
Os animais estavam presos no estábulo e, por isso, não conseguiram fugir. Segundo Osanna, cinzas vulcânicas ou névoas efervescentes originadas pela erupção mataram os cavalos.
A vivenda onde eles foram encontrados possuía vista para o golfo de Nápoles e a ilha de Capri. A área chegou a ser escavada no início do século 20, mas foi enterrada novamente em seguida.
Osanna afirmou que 2 milhões de euros serão concedidos para que os arqueólogos continuem escavando o local, um trabalho que teve início há apenas alguns meses, depois que as autoridades lançaram uma série de ações contra saqueadores que faziam escavações clandestinas.
Túmulo de ourives real foi revelado durante escavações na cidade de Luxor. Além do sarcófago, arqueólogos encontraram múmias e máscaras funerárias.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
O tesouro de Amnemhat
A tumba descoberta em Luxor pertenceu ao ourives real Amnemhat. Se não se tratasse de um funcionário real, dificilmente teria sido encontrada na necrópole de Dra Abu el-Naga, a oeste da antiga cidade egípcia de Tebas. Além dos faraós, altos funcionários eram enterrados no local.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Máscaras funerárias e estátua
O túmulo não estava em condições particularmente boas, lamentou o Ministro das Antiguidades do Egito, Khaled el-Anani, durante o anúncio da descoberta. Mas máscaras funerárias e uma estátua do ourives e sua mulher estão praticamente intactas.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Três múmias
Em outra câmara também foram encontradas múmias. As múmias de uma mulher e duas crianças já foram analisadas. A mulher teria morrido aos 50 anos e sofreu de uma doença óssea causada por bactérias, disse o ministério egípcio, citando a especialista em ossos Sherine Ahmed Shawqi. As múmias podem ser da época da 21ª e da 22ª dinastias.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Governo comemora descoberta
O governo egípcio anunciou a descoberta em grande estilo. Num momento em que o turismo no país está em baixa, devido à ameça de atentados, autoridades esperam que a nova atração em Luxor ajude a impulsionar o setor.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Ano de escavações
Em março de 2017, oito múmias do tempo dos faraós foram descobertas na necrópole de Dra Abu el-Naga. Além disso, sarcófagos de madeira coloridos, assim como cerca de mil figuras de argila foram encontradas como acessórios do enterro.
Foto: picture alliance/AA/Str
Estátua no Cairo
No distrito de Matariya, no Cairo, foi encontrada em março de 2017 uma estátua de dimensões maiores que a real, que muito provavelmente representa o faraó Ramsés 2º. Autoridades egípcias iniciaram nos últimos anos uma ambiciosa série de projetos arqueológicos na esperança de impulsionar o turismo.