Encontrado na Itália templo feito por colonos gregos
1 de fevereiro de 2022
Descoberta foi feita em Eleia, uma importante cidade durante o nascimento da civilização romana e berço dos renomados filósofos Parmênides e Zenão.
Anúncio
Arqueólogos no sul da Itália descobriram ruínas do que acreditam ser um templo feito por colonos gregos. O Ministério da Cultura da Itália anunciou nesta terça-feira (1º/02) que capacetes e uma parede pintada foram descobertos em Eleia, uma importante cidade durante o nascimento da civilização romana.
Atualmente parte da cidade de Ascea, na província de Salerno, Eleia fica a 40 quilômetros a sudeste de Paestum, famosa por alguns dos templos gregos antigos mais bem preservados do mundo.
Eleia e Paestum faziam parte do que os romanos chamavam de Magna Grécia, ou "Grande Grécia", pelo extraordinário número de gregos que ali se estabeleceram.
Eles começaram a chegar no século 8 a.C e desempenharam um papel importante na disseminação da cultura helênica no que se tornaria a Roma Antiga.
A própria Eleia foi encontrada por volta de 540 a.C. Também é famosa por ser a casa dos renomados filósofos pré-socráticos Parmênides e Zenão.
Oferendas à deusa Atena
O diretor-geral de Museus do Ministério da Cultura da Itália, Massimo Osanna, disse que a área explorada em Eleia provavelmente continha relíquias de oferendas feitas a Atena, a deusa grega da guerra e da sabedoria, após uma importante batalha naval nas proximidades do Mar Tirreno.
O ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini, disse que as descobertas da escavação de Eleia ressaltam a importância de investir em pesquisas arqueológicas para revelar "pedaços importantes da história do Mediterrâneo".
le (AP, DPA)
Catacumbas romanas reveladas após anos de restauração
Turistas em Roma geralmente visitam antigas catacumbas situadas em torno da Via Appia Antica. Agora, após décadas de espera, duas áreas distintas de um vasto labirinto de catacumbas na capital italiana foram reveladas.
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
Catacumbas antigas em Roma
As catacumbas Domitilla foram batizadas em homenagem a um membro da família romana que encomendou a cripta. Eles formam o maior local de sepultamentos em Roma, estendendo-se por 12 quilômetros e um total de quatro andares. São 26.250 túmulos, datando do século 2º ao 5º.
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
Roma antiga e suburbana
Hoje, as catacumbas Domitilla estão localizadas em uma área residencial moderna na Roma suburbana, na Via delle Sette Chiese. "Em Roma, a cristandade começou a se espalhar para além dos arredores da cidade", explica Ortwin Dally, diretor do Instituto arqueológico alemão.
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
Antigos lugares sagrados
Dally se refere a uma rede inteira de catacumbas por debaixo de vias arteriais como a Via Appia. Como os cristãos, em comparação com outros romanos, optaram por ser enterrados na proximidade de santos, as catacumbas também foram usadas como lugares sagrados.
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
As raízes de Roma
"Essas tumbas representam as raízes da nossa identidade mais profunda, as raízes de Roma e do cristianismo", diz o cardeal Gianfranco Ravasi, chefe da comissão pontifícia. O monsenhor Giovanni Carru, da Pontifícia Comissão da Arte Sacra, que patrocinou as obras de renovação, acrescenta: "Estas obras mostram o caminho difícil que os romanos trilharam rumo à sua nova fé".
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Medichini
Mitologia pagã e fé cristã
As áreas agora renovadas incluem afrescos tanto da mitologia pagã quanto da fé cristã, mostrando o quão entrelaçadas elas foram nos primórdios da Igreja. A nova área também inclui um pequeno museu que exibe estátuas, partes de sarcófagos e outros artefatos das tumbas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Medichini
Arte saqueada na Idade Média
A primeira área remonta ao século 3º e ainda traz muitas referências à arte pagã. Suas tumbas mostram detalhes com cupidos, que foram usados para as tumbas menores, provavelmente pertencentes a crianças. Muitas criptas têm afrescos que parecem apagados. Na verdade, eles foram "arrancados" na época em que catacumbas eram saqueadas e seus afrescos cortados e removidos como troféus na Idade Média.
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
Importância do pão no simbolismo cristão e pagão
Na segunda área, conhecida como "Dei fornai", ou a "sala dos padeiros", são mostradas vívidas representações de Cristo e dos Apóstolos acompanhadas de cenas da vida de um padeiro. Não só elas contam a história da vida em Roma, como também destacam a importância do pão no simbolismo cristão e pagão.
Foto: REUTERS/R. Casili
Desenvolvimento da arte cristã
O pequeno museu das catacumbas de Domitilla mostra como as artes primitivas romana e cristã se desenvolveram paralelamente. "A cristandade não inventou nada a partir do nada, e sim reinterpretou formas de arte existentes", ressalta Ortwin Dally.
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
Nova atração turística
Ainda faltam os toques finais no museu, que os organizadores esperam abrir ao público até o final de junho. Levará vários meses até que as áreas restauradas sejam abertas. Enquanto isso, ao longo do verão europeu, visitantes podem conferir o restante do vasto sítio arqueológico.