Arquipélago ártico russo sofre invasão de ursos polares
9 de fevereiro de 2019
Aquecimento global derrete gelo do Polo Norte, forçando ursos a passarem mais tempo em terra, onde competem pela comida. Animais invadem prédios e perseguem moradores.
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O arquipélago ártico russo de Novaya Zemlya declarou estado de emergência neste sábado (09/02), devido a uma invasão por dezenas de ursos polares agressivos, atacando residências e prédios públicos. O local, com população de cerca de 3 mil habitantes, pediu ajuda para enfrentar uma "invasão em massa de ursos polares em áreas habitadas".
Até o momento as autoridades russas negaram permissão para atirar nos animais, porém estão enviando uma comissão para avaliar a situação, e não descartaram a realização de abates. Os ursos são considerados espécie ameaçada na Rússia, sendo proibido caçá-los.
Em consequência do aquecimento global, o gelo do Polo Norte está derretendo, forçando os ursos a passarem mais tempo em terra, onde competem pela comida.
Moscou mantém soldados da Força Aérea e da Defesa Aérea em Novaya Zemlya. Desde dezembro, 52 ursos polares têm visitado regularmente o assentamento principal do arquipélago, Belushya Guba, com alguns apresentando "comportamento agressivo".
Segundo a autoridade local Alexander Minayev, este inclui "ataques aos moradores e adentrar casas e prédios públicos". "Há constantemente entre seis e dez ursos dentro do assentamento. As pessoas estão assustadas, estão com medo de sair de casa, os pais têm medo de deixar as crianças irem para as escolas e jardins de infância."
O chefe da administração da localidade no nordeste russo, Zhigansha Musin, afirma que os números de ursos são sem precedente. "Estou em Novaya Zemlya desde 1983, e nunca houve uma invasão em massa assim."
Os animais estão constantemente dentro da guarnição militar e "literalmente correm atrás das pessoas", além de se instalar nas entradas dos blocos de apartamentos, disse.
As medidas para espantá-los, como patrulhas com carros e cães não têm surtido efeito, pois os animais se sentem seguros e não mais reagem. Segundo as autoridades regionais de Arkhangelsk, a que o arquipélago está submetido, se tudo mais falhar "atirar nos animais pode ser a única medida forçada possível".
Em janeiro, o alto funcionário do Ministério da Defesa anunciou que centenas de prédios militares em desuso haviam sido demolidos em Novaya Zemlya, pois ursos polares estavam se instalando em seu interior.
AV/afp,ots
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Tanto animais quanto seres humanos sofrem com as altas temperaturas no verão europeu, mas isso não incomoda a maioria das borboletas. A má notícia é que em breve elas terão problemas. Entenda por quê.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Büttner
Dias de cão no verão
A Europa teve recordes de temperatura neste verão. Enquanto na Espanha foi registrada a máxima de 46°C, em algumas cidades alemãs os termômetros marcaram em torno dos 40°C. Mas se a maioria dos animais lutava contra o calor, houve uma notável exceção.
Foto: picture-alliance/C. Steime
Clima quente e seco
Para a maioria das espécies de borboletas, a onda de calor foi muito bem-vinda, pois em algumas regiões europeias o verão é tipicamente chuvoso. "O tempo de voo delas é restringido por frio e umidade. E, se não voam, não se alimentam", diz Paul Ashton, chefe do departamento de Biologia da Universidade Edge Hill, no Reino Unido. Então, ao menos para borboletas adultas: sem chuvas, sem problemas.
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Sem lugar para pôr ovos
Embora o clima quente e seco seja bom para o tempo de voo e a alimentação das borboletas, é provável que mesmo assim elas enfrentem problemas. "Considerando o outono, a postura e a eclosão dos ovos, pode haver dificuldades no futuro", aponta Ashton. Após longos períodos de calor extremo, as folhas onde as borboletas normalmente depositam seus ovos podem secar.
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Espécie exigente e ameaçada
A borboleta marrom de argus ("Aricia agestis"), encontrada na Escócia e norte da Inglaterra, não pode simplesmente mudar para outra folha se a planta que escolheu está seca. A espécie deposita seus ovos exclusivamente na "rock rose", planta da família "Cistaceae" que só cresce em solo rochoso – o que significa que ela murcha mais rápido em climas quentes e secos.
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Poucas lagartas famintas à vista
A falta de plantas para postura de ovos significa menos lagartas. Portanto, embora seja provável que se vejam mais borboletas neste verão europeu, não se esperam toneladas de lagartas para o outono. A longo prazo, a onda de calor também não é boa para as borboletas. O declínio do número de insetos em todo mundo também se aplica às borboletas.
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Refúgio de flores silvestres
Para salvar borboletas e outros insetos, como as abelhas, muitas cidades começaram a plantar flores silvestres. Moradores de Bonn, na Alemanha, criaram este campo: "Bonn blüht und summt" (Bonn floresce e faz zumbido), que garante comida para os insetos no verão e um local de descanso no inverno.
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Mais frio é melhor
A longo prazo, o aquecimento global prejudica mariposas como a fritilária-dos-pântanos. Essas espécies de alta altitude estão adaptadas a voar em condições muito frias. Na Escócia, a fritilária-dos-pântanos vive em elevações acima de 600 metros. Quando o tempo esquenta, ela voa mais alto. Mas há um limite de altitude que pode alcançar – e morre se não encontrar as plantas que precisa.
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Fim da destruição de habitat
O pesquisador Ashton diz que uma das principais razões para o declínio das borboletas, além do aquecimento global, é a perda de habitat. "É em parte devido às circunstâncias e em parte devido à intensificação agrícola", explica o ecologista. Se quisermos continuar vendo borboletas, e não apenas em vitrines, precisamos agir agora. Plantar belas flores silvestres no quintal pode ser um começo!