"Plano Real foi cópia pela metade do modelo alemão"
Cristian Edel Weiss
Publicado 8 de julho de 2019Última atualização 2 de julho de 2024
Em entrevista dada em 2019, ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, que integrou a equipe que criou o Plano Real, afirmou que Brasil se inspirou em plano adotado pela Alemanha contra a hiperinflação nos anos 1920.
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Sete anos antes de integrar a equipe econômica que formularia o Plano Real e acabaria definitivamente com a alta descontrolada dos preços no Brasil, Gustavo Franco se debruçou sobre as causas e os efeitos da hiperinflação alemã. Mais precisamente sobre o período que foi da década de 1920, durante a República de Weimar, até a recuperação após a Segunda Guerra Mundial. Quando defendeu sua tese de doutorado em Harvard, mal sabia que essa experiência o gabaritaria anos depois a identificar semelhanças e diferenças na inflação brasileira.
Em 2019, quando o real completou 25 anos de circulação, o ex-presidente do Banco Central do Brasil (1996-1998) e um dos mentores da moeda brasileira afirmou em entrevista à DW Brasil que, na prática, o plano brasileiro é uma cópia do modelo alemão "pela metade".
Na Alemanha dos anos 1920, tentou-se uma experiência com duas moedas simultaneamente: o Reichsmark, que se desvalorizava com a inflação alta, e a Rentenmark, que se mantinha estável. A população adotou no dia a dia a moeda mais estável, que permitiu o controle da inflação no país.
Tal experiência inspirou a criação no Brasil da Unidade Real de Valor (URV), que vigorou de março a julho de 1994, enquanto também existia o cruzeiro real (CR$). Ocorre que apenas este último era usada para pagamentos, e a URV vinha estampada nos produtos como referência ao "preço real". A URV era atrelada ao dólar, portanto estável, enquanto o cruzeiro real perdia diariamente valor por conta da inflação. Com a chegada do real, em julho de 1994, URV e cruzeiro real foram extintos.
"No Brasil, a hiperinflação não deixou um trauma como deixou na Alemanha, onde as consequências da inflação vão bem além dos efeitos econômicos diretos", comparou Franco.
DW Brasil: O senhor é um dos estudiosos dos efeitos da hiperinflação alemã dos anos 1920. Quais são as diferenças e semelhanças em relação ao que ocorreu nas décadas de 1980 e 1990?
Gustavo Franco: Tem muitos paralelos interessantes. E a solução no nosso caso é uma variação do Rentenmark alemão, implementado no verão de 1923. Dá para dizer que o ponto de partida é semelhante, porque são inflações que estavam na faixa de 40% a 50% mensais, é a situação da Alemanha até o final do inverno e começo do ano de 1923, e é a situação de quando o real é feito. Em ambos os casos, se tem a introdução de uma espécie de segunda moeda. Mas na Alemanha foi uma experiência muito mais desorganizada e muito mais rica, que foi a introdução dos chamados Notgeld, que são as moedas de emergência de valor estável, indexadas, que eram emitidas por agentes privados, fábricas, igrejas, prefeituras. Essas coisas começaram a proliferar e com muita aceitação. E isso se parecia, no caso brasileiro, com a disseminação dos contratos com indexação pela economia. No Brasil, não tinha tanta emissão privada de moeda, mas tinha prática generalizada de indexação. Aí vem o Rentenmark, o Estado alemão resolve criar um segundo Banco Central, que vai emitir uma segunda moeda, no entanto, construída com essa mesma lógica de moeda indexada, de valor estável. E o que aconteceu com a Alemanha a partir do momento em que a experiência começa é que se tem duas moedas: o Reichsmark, que é uma moeda comum, ruim, e o Rentenmark, que é outra moeda nacional, boa, tão boa quanto a moeda estrangeira. O que acontece é que a coexistência entre as duas moedas de pagamento provocava uma explosão dos preços na moeda velha, porque ninguém queria mais aceitar a moeda velha, e queria se livrar da moeda velha que tinha e só receber Rentenmark, a boa. A inflação alemã que estava na faixa de 50% ao mês, chegou a 30.000% ao mês no seu último momento, que foi em novembro de 1923.
A experiência lembra de fato a Unidade real de valor (URV). Como inspirou o caso brasileiro?
Aqui a gente viu uma coisa muito genial no Rentenmark que serviu para terminar com a inflação alemã, porém com esse problema de a inflação explodir, porque tinha duas moedas de pagamento. Então o que a gente fez no Brasil foi um Rentenmark pela metade. Era um Rentenmark que era só moeda de conta, e não moeda de pagamento. As pessoas não podiam recusar o cruzeiro real para a aceitar a URV, porque a URV não servia para pagar. Era o mesmo mecanismo do Rentenmark, tinha uma imensa utilidade para coordenar expectativas, contratos, preços, salários e tudo mais. Mas não provocou a explosão da inflação. O Rentenmark durou alguns meses na Alemanha. O URV durou alguns meses e quando virou moeda, trocou de nome para real, e o cruzeiro real deixou de existir. De modo que a gente nunca teve as duas moedas circulando simultaneamente. A nossa inspiração veio da Alemanha.
Passados 25 anos desde o início do Plano Real e em meio a certa estabilidade monetária, ainda faz sentido se preocupar com a inflação?
Sim, sempre existe o risco de voltar e tem uma discussão permanente no país sobre a memória. E uma queixa muito comum é que no Brasil a hiperinflação não deixou um trauma como deixou na Alemanha. Na Alemanha, as consequências da inflação vão bem além dos efeitos econômicos diretos, é um ponto controverso na historiografia. Aqui no Brasil, um dos mecanismos de reduzir o interesse de fazer medidas de ajustamento mais drásticas para resolver nossos problemas era um certo denial [negação]: "O Brasil não está vivendo uma hiperinflação." Era uma coisa comum não usar uma palavra tão feia, "porque só foi naqueles casos muito extremos na Europa" [diziam]. E tinha referência com a Alemanha, como se a Alemanha não tivesse tido uma inflação muito parecida com a brasileira, exceto nos últimos meses. No Brasil era como se a coisa "não fosse tão grave”, "não é tão sério assim, então não precisa de tantas reformas, tantas cautelas". Mas o fato é que foi mesmo. Mas, felizmente, ainda que a percepção política seja um pouco complacente, no Plano Real, as instituições foram muito protegidas dos vícios que fariam voltar a inflação. Então, é muito difícil produzir hoje de novo o mesmo fenômeno.
Num evento realizado neste ano no Rio Grande do Sul, o senhor disse que agendas discutidas na época do Plano Real ainda não mudaram, 25 anos depois. Quais são essas agendas?
Uma delas é a reforma da Previdência, que foi tentada várias vezes, passou em alguns pedaços. Tem outras no plano fiscal: privatizações que não aconteceram, pararam pela metade. É o caso do setor de energia. Acho que a gente conseguiu completar algumas coisas, mas outras não. Tem muita coisa para privatizar ainda, o Estado ainda é muito grande. Mais especificamente coisas pertinentes à Lei de Responsabilidade Fiscal, teríamos que ter avançado mais, e fracassamos. Um sintoma do fracasso foi o desempenho fiscal dos estados, que é muito ruim. Em alguns estados grandes é tão ruim quanto era há 20 anos. O que é lamentável. Ou seja, teríamos que ter avançado em cautela e instituições ligadas ao orçamento para fazê-lo mais realista, mais defendido de pressões políticas.
O Brasil concilia agora inflação baixa e taxa Selic também num dos patamares mais baixos. Estas condições combinadas deveriam ser favoráveis para uma economia em ascensão. Por que o Brasil patina na retomada do crescimento?
Acho que são várias razões. Houve uma recessão cíclica extremamente forte, e as recessões assim são sticky [pegajosas], como se diz em inglês, a recuperação é mais penosa e demorada, do que quando são recessões normais. Essa foi muito violenta. Tem umas tensões na economia pelo lado da oferta que não são triviais. Uma delas é a própria crise fiscal, mas tem um subproduto disso que é importante, que foi um colapso no setor de óleo e gás e construção pesada, decorrente da Operação Lava Jato. Alguns dos principais players em infraestrutura são empresas que estão em estresse financeiro, algumas em recuperação judicial. Não há dúvida que foi um certo estresse sobre o sistema bancário e fez cair uma nuvem no panorama do crédito, fator para retardar a recuperação. É preciso recuperar a confiança, e nós tivemos uma eleição extremamente atípica no Brasil, o impeachment da presidente Dilma [Rousseff], tivemos um ano de sossego e aí veio uma crise política em torno do presidente Michel Temer, e uma eleição muito difícil e paralisante, com o mundo empresarial amedrontado com a possível volta do PT. Passou a ser uma história de se o Brasil vai para o caminho venezuelano ou argentino. Isso foi paralisante para investimentos privados. E aí Jair Bolsonaro é presidente, e ele ainda precisa estabelecer sua política econômica pró-mercado. É como se enxerga o ministro da Economia [Paulo Guedes]. Mas ainda existem dúvidas sobre se esse presidente conseguirá implementar esse programa, cujo principal item na partida é a reforma da Previdência, que é muito difícil. A recuperação está ocorrendo, mas de forma muito lenta. Perdeu um pouco do impulso neste último trimestre. Suponho que com a passagem da emenda da Previdência a recuperação vai acelerar um pouco mais.
Uma das críticas feitas ao ministro Paulo Guedes é que ele deposita confiança demais apenas na reforma da Previdência e deixa de atuar em outras estratégias para retomada do emprego e atração de investidores. O que o senhor faria de diferente?
É um processo meio difícil de controlar, porque depende muito da dinâmica política com o Parlamento. E a reforma da Previdência em razão dos adiamentos ao longo dos anos, acabou se tornando uma coisa enorme. E é muito difícil para qualquer Parlamento lidar com um texto constitucional de sete páginas numa matéria muito complexa. Nos outros países, a Constituição é muito simples, menorzinha, mais principista. No nosso caso, não. Então, quando tem que mudar uma coisa desse tipo, é uma dor de cabeça gigante, porque cada pedaço da lei, do texto constitucional, afeta um grupo social específico e facilita muito a organização de pequenas coalizões de veto. Portanto, esse tipo de reforma é muito difícil. Então, estrategicamente foi escolhido para ir em primeiro lugar, porque as outras todas são muito mais fáceis, e é quando o governo está mais forte e mais organizado. Poderia estar mais forte e mais organizado, mas é o que temos [risos]. E está andando.
De 1994 até 2019, o real acumulou inflação de 508%. Bem maior do que a do dólar no período, mas ainda assim menor do que havia registrado apenas no primeiro semestre de 1994. Esse resultado era esperado ou merece preocupação?
É que tem aí os primeiros 12 meses do real que fazem muita diferença. Nos primeiros 12 meses, a inflação pelo IPCA foi de 33% de acumulado. Durante todos esses 25 anos, provavelmente a inflação média anual está em 7%. Porém, o primeiro ano estraga um pouco a média. A gente só teve inflação de dois dígitos depois disso em 2003, por causa da desvalorização cambial na transição para o governo Lula. E estava mais adiante em 2011 e 2012, com a Dilma, chegando a 10%. É um desempenho espetacular para nós, considerando que somos um ex-viciado em drogas pesadas [risos]. Pequenos episódios de volta aos velhos vícios. Não é exatamente como o dólar, mas é o mais próximo que poderíamos ter chegado em toda a nossa história. Talvez os melhores 25 anos em matéria de inflação que o país tem desde o século 19. É para a gente se orgulhar sim. Acho que a gente não vai mais ter 33% ao ano, como tivemos entre julho de 1994 para julho de 1995. E veja, estamos indo para uma meta de inflação de 3,5%. Já tivemos 1,5%, foi em 1998, aliás meu último ano como presidente do Banco Central, é o recorde: 1,6% no IPCA, que foi importante para desintoxicar o organismo.
Certa vez o senhor disse que em 1998 se chegou a um patamar americano de inflação...
Naquele momento teve uma quebra estrutural. A coisa mais difícil em economia é quando você consegue mudar o comportamento das pessoas, mudar estruturalmente a forma de ver a inflação. Nos anos de 1997 e 1998, nós conseguimos isso, ao manter a inflação durante esses dois anos abaixo de 5% ao ano, que era um experiência que nenhum brasileiro vivo tinha tido. Você só vai achar a inflação brasileira abaixo de 5% ao ano antes da Primeira Guerra Mundial, antes de 1914. Aí foi um deslumbre para essas pessoas e para nós todos e criou-se um apoio popular à estabilidade que acho que era no começo uma esperança. Mas era preciso entregar o produto inteiro. Se estivesse parado no meio, tava todo mundo feliz em 1996, mas a inflação ainda estava em 20% ao ano. Não dá para parar aí, você ainda estava intoxicado. A gente teve que ir até o nível americano. Sabe, quando a gente vai para o spa a gente tem que chegar no peso correto, não adianta chegar perto apenas, senão vai engordar tudo de novo [risos]. Então chegamos a um nível correto, que foi importante para desintoxicar o organismo.
Esta entrevista foi feita em 2019, por ocasião dos 25 anos do Plano Real.
O mês de julho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/T. Siu
Ex-chefe da Audi é denunciado por fraude
O ex-chefe-executivo da montadora Audi, Rupert Stadler foi denunciado por fraude em conexão com o escândalo de manipulação de emissões de motores a diesel. Depois do indiciamento do ex-presidente-executivo do grupo Volkswagen Martin Winterkorn, em abril, Stadler se torna a segunda figura de proa da indústria automobilística alemã a ser denunciada formalmente no escândalo. (31/07)
Foto: Reuters/L. Barth
Cresce o número de sem-teto na Alemanha
O número de pessoas sem-teto na Alemanha cresceu, chegando a cerca de 650 mil pessoas em 2017, de acordo com estimativas da entidade alemã de ajuda a desabrigados (BAGW). A maioria dos sem-teto vive em abrigos, e cerca de 48 mil são moradores de rua, sendo muitos deles não alemães, mas cidadãos de outros países da União Europeia (UE), especialmente do Leste Europeu. (30/07)
Foto: picture alliance/NurPhoto/E. Contini
Dia da Sobrecarga da Terra
A humanidade atingiu o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para 2019. O planeta atinge o limite do consumo sustentável 3 dias mais cedo do que em 2018. A cada ano, a população mundial consome mais terras aráveis, pastagens, áreas de pesca e florestas do que as disponíveis realmente, além de emitir muito mais CO2 do que as florestas e oceanos do mundo podem absorver. (29/07)
Foto: AFP/Getty Images/O. Sierra
Primeiro latino a vencer o Tour de France
O colombiano Egan Bernal fez história ao se tornar o primeiro latino-americano a vencer o Tour de France em 106 anos. Ele terminou a competição um minuto e 11 segundos na frente do britânico Geraint Thomas, seu companheiro de equipe e campeão no ano passado. "É uma felicidade que não pode ser descrita. A Colômbia merecia", comemorou o ciclista de 22 anos. (28/07)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Parada LGBT em Berlim
Milhares de pessoas saíram às ruas de Berlim para a parada do orgulho LGBT, no ano em que se comemora o 50º aniversário da Rebelião de Stonewall, em Nova York – o episódio é considerado um dos motores do movimento de libertação gay e da luta pelos direitos LGBT. Na capital alemã, a parada lembrou ainda os cerca de 7 mil homossexuais assassinados pelo regime nazista. (27/07)
Foto: Getty Images/C. Koall
Aviso à Coreia do Sul
O governo da Coreia do Norte afirmou que os mísseis lançados no dia anterior são novas armas táticas destinadas a enviar um "aviso solene" para que a Coreia do Sul pare de importar armamentos e fazer exercícios militares conjuntos com os EUA. O lançamento foi o primeiro desde que Kim Jong-un se reuniu com Donald Trump na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias em junho. (26/07)
Foto: Getty Images/AFP/J. Yeon-Je
Governador de Porto Rico renuncia
Após quase duas semanas de protestos em massa, o governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, anunciou sua renúncia a partir do dia 2 de agosto. O político está no centro de um escândalo desencadeado pelo vazamento de mensagens de deboche trocadas entre ele e assessores no Telegram. (25/07)
Foto: Reuters
Recorde de temperatura na Alemanha
O Serviço Alemão de Meteorologia registrou a mais alta temperatura já medida no país desde o início da análise em 1881. Em Geilenkirchen, na Renânia do Norte-Vestfália, os termômetros chegaram a 40,5°C, ultrapassando o recorde histórico de 40,3°C, que foi registrado em Kitzingen, na Baviera, em 2015. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Warnack
Novo primeiro-ministro britânico
O ex-ministro do Exterior britânico e ex-prefeito de Londres Boris Johnson foi eleito como sucessor da premiê Theresa May na liderança do Partido Conservador e, por consequência, será o novo chefe de governo do país. Johnson defende que Reino Unido saia da União Europeia com ou sem acordo. (23/07)
Foto: Reuters/T. Melville
Rumo ao polo sul da Lua
A Índia lançou, com sucesso, sua missão Chandrayaan-2 ao inexplorado polo sul da Lua. É o projeto mais ambicioso da agência espacial do país. Há uma semana, o lançamento fora abortado momentos antes da decolagem. A missão, de 142 milhões de dólares, pretende explorar e mapear a superfície lunar, além de descobrir mais sobre a composição mineral do satélite e procurar por água. (22/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Swarup
Ucranianos vão às urnas para escolher novo Parlamento
Eleitores ucranianos voltaram às urnas para escolher os 450 novos membros do Parlamento em uma eleição antecipada. A boca de urna apontou que o partido “Servidor do Povo”, do ex-comediante e presidente Volodymyr Zelensky deve obter mais de 40% dos votos, bem à frente de outras legendas. (21/07).
Foto: Getty Images/AFP/G. Savilov
Merkel saúda militares que tentaram matar Hitler há 75 anos
A chanceler Angela Merkel prestou homenagem ao coronel Claus von Stauffenberg e aos militares alemães que tentaram assassinar o ditador Adolf Hitler em 20 de julho de 1944. Merkel disse que os conspiradores provaram ser "patriotas” ao desafiar ditador. "Eles ainda nos incentivam a sermos vigilantes e a enfrentar duramente o extremismo de direita e o racismo em todas as suas facetas.” (20/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Terremoto em Atenas
Um terremoto de magnitude 5,1 na escala Richter foi sentido em Atenas, interrompendo serviços de telefonia e energia, danificando alguns prédio abandonados e levando moradores a correr para as ruas em pânico. Não há relatos de mortes ou ferimentos graves. O epicentro do tremor ocorreu 23 quilômetros a noroeste de Atenas, a uma profundidade de 13 quilômetros. (19/07)
Foto: Reuters/A. Konstantinidis
Incêndio criminoso no Japão
Ao menos 33 pessoas morreram em um incêndio criminoso em um estúdio de animação em Quioto, no Japão. Segundo a polícia local, um homem de 41 anos entrou no prédio por volta de 10h30 no horário local e espalhou gasolina. Ele foi detido e hospitalizado devido a queimaduras. Mais de 30 pessoas ficaram feridas. (18/07)
Foto: picture-alliance/dpa/Kyodo
Prisão perpétua para El Chapo
O narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos. A sentença foi determinada por um juiz federal de Nova York cinco meses após um júri popular considerá-lo culpado pelos dez crimes relacionados ao tráfico de drogas dos quais ele foi acusado. A sentença determinou também o pagamento de uma indenização de 12,6 bilhões de dólares. (17/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Guzman
Ministra alemã será nova presidente da Comissão Europeia
O Parlamento Europeu aprovou, por 383 votos a 327, a indicação da alemã Ursula von der Leyen para presidir a Comissão Europeia. Atual ministra da Defesa da Alemanha, Von der Leyen vai substituir o luxemburguês Jean-Claude Juncker a partir do fim de outubro. Aliada da chanceler federal Angela Merkel, Von der Leyen, de 60 anos, será a primeira mulher a chefiar o Executivo da UE. (16/07)
Foto: Reuters/V. Kessler
Polícia italiana apreende míssil durante operação contra neonazistas
A polícia italiana apreendeu uma grande quantidade de armas, incluindo um míssil, durante uma ação contra neonazistas. Três homens foram presos, incluindo um italiano que já se candidatou por um partido neofascista. O míssil apreendido era de fabricação francesa e aparentemente pertenceu às Forças Armadas do Catar. Os policiais ainda encontraram pistolas, baionetas e memorabilia nazista. (15/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Romano
Desfile do 14 de julho destaca poderio militar
O tradicional desfile militar de 14 julho, data que marca o aniversário da queda da Bastilha, apostou neste ano na inovação, com a apresentação das mais avançadas tecnologias disponíveis para as tropas francesas: drones, robôs e um "Flyboard Air", plataforma voadora que pode atingir 140 km/h. O desfile foi acompanhado por tropas de outros nove países, entre eles, Alemanha e Portugal. (14/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Euler
Tirando consequências do massacre de Christchurch
Quase 200 neozelandeses entregaram suas armas em troca de dinheiro na cidade de Christchurch, no primeiro dos 258 eventos desse tipo planejados, quatro meses após a pior matança em tempos de paz no país, com 51 vítimas. A polícia pagou mais de 430 mil dólares neozelandeses por 224 armas entregues. (13/07)
Foto: Getty Images/New Zealand Police
Turquia recebe sistemas de mísseis russos e gera alerta nos EUA
A Rússia iniciou a entrega dos sistemas avançado de mísseis S-400 para a Turquia, após a Ancara confirmar a aquisição em junho. A medida aumenta a perspectiva de possíveis sanções dos EUA contra um país aliado na Otan, e criam nova fissura na aliança militar dos países do Ocidente. Washington afirma que o equipamento militar russo não é compatível com os sistemas utilizados pela Otan. (12/07)
Reino Unido denuncia ação do Irã no Estreito de Ormuz
A Marinha do Reino Unido disse ter evitado que três embarcações paramilitares iranianas impedissem a passagem de um petroleiro britânico no Estreito de Ormuz. O episódio ocorreu no dia seguinte a um alerta feito pelo presidente iraniano, Hassan Rohani, sobre consequências após o Reino Unido aprender um petroleiro do país em Gibraltar na semana passada. (11/07)
Foto: picture-alliance/AP/UK Ministry of Defence
Câmara aprova com folga reforma da Previdência em primeiro turno
A Câmara aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda as regras do sistema previdenciário do Brasil. Dos 510 deputados presentes, 379 votaram a favor da proposta, e outros 131 votaram contra. O placar superou com folga os 308 votos necessários para aprovar a proposta, que deve passar por mais uma rodada na Casa antes de seguir para o Senado. (10/07)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
França anuncia taxa ecológica sobre passagens aéreas
O governo francês anunciou uma taxa ecológica em todas as passagens aéreas de voos que partirem de aeroportos do país. A taxa entrará em vigor em 2020, e a arrecadação, estimada em 180 milhões de euros anuais, será destinada ao financiamento de projetos de transporte menos poluentes. (09/07).
Foto: picture alliance/dpa/S.Stache
TPI condena "Exterminador Congolês" por crimes de guerra na RDC
O Tribunal Penal Internacional considerou Bosco Ntaganda, ex-líder das Forças Patrióticas para a Libertação do Congo, culpado de 13 crimes de guerra e cinco contra a humanidade. As condenações incluem assassinato, estupro e alistamento de crianças-soldados na Grande Guerra da África, conflito que começou no contexto das tensões pós-genocídio em Ruanda e causou 3,8 milhões de mortes. (08/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Kooren
EUA vencem Copa Feminina
O time dos Estados Unidos manteve o título na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, ao vencer por 2 x 0 a campeã europeia Holanda no estádio de Lyon lotado. O primeiro gol, aos 15 minutos do 2º tempo, coube à capitã Megan Rapinoe (c.), cuja oposição aberta ao atual presidente de seu país tem atraído quase tanto a atenção da mídia quanto seus méritos de atleta. (07/07)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Mais uma ONG desafia ordens de Matteo Salvini
O veleiro Alex aportou na ilha italiana de Lampedusa, apesar do veto do ministro do Interior do país. O pequeno barco de resgate leva a bordo 41 migrantes, salvos no Mediterrâneo. A ONG italiana Mediterranea - Saving Humans segue assim a linha da capitã alemã Carola Rackete, que atracou sem permissão depois de passar 17 dias no mar com 40 migrantes. Ameaçada de prisão, ela já foi liberada. (06/07)
Unesco reconhece Paraty e Ilha Grande como Patrimônio Mundial
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu Paraty e Ilha Grande como patrimônio cultural e natural da humanidade. O sítio "Paraty e Ilha Grande: cultura e biodiversidade" é o primeiro sítio misto (natural e cultural) do Brasil a ostentar o título. Agora, o Brasil passa a ter 22 lugares culturais e naturais inscritos na Lista do Patrimônio Mundial. (05/07)
Foto: Agência Brasil
Papa recebe Putin no Vaticano
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com o papa Francisco no Vaticano. "Foi uma discussão bastante substantiva e interessante", disse Putin após o encontro. a reunião ocorreu um dia antes de o papa receber líderes da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, que discutirão com o papa a crise em seu país, cujo leste é controlado por grupos separatistas pró-Rússia. (04/07)
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Socialista italiano presidirá o Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu elegeu o socialista italiano David-Maria Sassoli como seu novo presidente. Eleito eurodeputado em maio, pelo bloco dos Socialistas e Democratas (S&D), o italiano citou alguns dos desafios principais para o continente, como as mudanças climáticas e a imigração. O ex-jornalista, de 63 anos, conquistou o apoio de 345 parlamentares de um total de 667 aptos a votar. (03/07)
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Líderes da UE indicam ministra alemã para chefiar Comissão Europeia
Os membros do Conselho Europeu indicaram a ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, para presidir a Comissão Europeia. Caso seu nome seja aprovado pelo Parlamento Europeu, von der Leyen será a primeira mulher no cargo. Os membros indicaram ainda o premiê belga Charles Michel para a presidência do Conselho Europeu e a francesa Christine Lagarde para chefiar o Banco Central Europeu.
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Manifestantes invadiram a sede do Conselho Legislativo de Hong Kong durante protestos que coincidem com o 22º aniversário do retorno da então colônia britânica ao governo chinês. Cerca de três horas após a ocupação, os manifestantes deixaram o prédio e centenas de policiais empregaram gás lacrimogêneo para dissolver os grupos que permaneciam nas avenidas próximas à sede parlamentar. (01/07)