O anúncio da morte da atriz Carrie Fisher, nesta terça-feira (28/12), entristeceu fãs, amigos e colegas da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. A atriz de 60 anos, mais conhecida por seu papel de princesa Leia Organa na saga Guerra nas estrelas (Star Wars), sofreu uma parada cardíaca durante um voo de Londres para Los Angeles, na sexta-feira passada, e estava na UTI de um hospital na Califórnia.

O ator Mark Hamill, que atuou como o irmão gêmeo da princesa Leia, Luke Skywalker, afirmou através do Twitter que estava "sem palavras", utilizando o hashtag "arrasado". Mais tarde, ele voltaria à rede social para postar um texto dedicado à Carrie, afirmado que ela era "a nossa princesa" e que sua "irmã gêmea espacial" teve um papel crucial em sua vida pessoal e profissional.

Outro astro de Guerra nas estrelas, o ator Harrison Ford, lamentou a morte da atriz, afirmando que ela era uma pessoa "única: brilhante e original. Divertida e destemida emocionalmente. Viveu sua vida com bravura". Ele interpretou o par romântico de Leia, Han Solo, nos primeiros episódios da saga. Recentemente, Carrie admitiu em sua autobiografia que os dois tiveram um breve caso amoroso durante as filmagens.

O criador de Guerra nas estrelas, George Lucas, disse que ela era uma "grande e poderosa princesa – exuberante, sábia e cheia de esperanças num papel mais difícil do que muitos imaginam".

Peter Mayhew, que atuou como Chewbacca na saga, lamentou a morte da atriz, afirmado que ela era "a luz mais brilhante em cada lugar que entrava". "Sentirei muito a sua falta."

A atriz Whoopi Goldberg afirmou no Twitter que Carrie era "mais divertida e inteligente do que qualquer um teria o direito de ser".

O diretor Steven Spielberg lembrou que as observações que a atriz costumava fazer sempre o deixavam "rindo e sem fôlego". "Ela não precisava da Força. Ela era uma força natural, da lealdade e da amizade", disse, utilizando um dos termos popularizados pela saga Guerra nas estrelas. 

A apresentadora Ellen DeGeneres postou na rede social um vídeo da aparição da atriz em seu talk show, afirmando que era "uma escritora, atriz e amiga brilhante".

O ator William Shatner, o eterno capitão Kirk de outra célebre saga de ficção científica Jornada nas Estrelas, disse estar "profundamente entristecido ao saber da morte de Carrie Fisher. Sentirei falta de nossas brincadeiras. Um talento e uma luz maravilhosa foram extintos".

Sua mãe, a atriz Debbie Reynolds, agradeceu as mensagens recebidas e os "pensamentos e orações que a guiam para sua próxima etapa".

O futuro da princesa Leia

Os produtores de Guerra nas estrelas já enfrentam um dilema sobre como lidar com a personagem de Fisher nos próximos episódios da saga.

Após reassumir o papel de Leia no filme Star Wars: O despertar da Força, de 2015, ela já havia concluído sua participação no episódio seguinte, com lançamento marcado para 2017, cujo enredo é mantido em segredo absoluto pelos produtores. Ela iria também atuar como protagonista do episódio 9, com lançamento previsto para 2019.

Não tardou para que os fãs começassem a especular sobre como a batalha entre o bem e o mal no Império Galáctico poderá continuar sem Fisher no papel de Leia.

Em O despertar da Força, a princesa, uma destemida combatente das forças rebeldes, foi promovida a general da rebelião, o que lhe rendeu ainda mais relevância no enredo.    

O personagem aparece brevemente no final do filme Rogue One: Uma história Star Wars – atualmente em cartaz – por meio de uma recriação digital da princesa ainda jovem.

Especula-se que a mesma técnica poderia ser utilizada no episódio 9, ou que uma atriz de aparência semelhante à de Carrie possa assumir seu papel. É possível também que o roteiro do filme seja reescrito, incluindo a refilmagem de cenas do episódio 8.

RC/rtr/ap/dpa/afp