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As diferentes regras antipandemia na Europa

Marina Strauss
1 de abril de 2021

Casos de covid-19 crescem em praticamente todos os países da União Europeia. De toques de recolher à relativa normalidade, cada uma das nações do bloco adota medidas restritivas com focos e graus de rigor diversos.

Letreiro dizendo "Por favor usar máscara!" em alemão e dialeto "plattdeutsch"
Em Jever, Baixa Saxônia, "Por favor usar máscara!", em alemão e dialeto "plattdeutsch"Foto: Hauke-Christian Dittrich/dpa/picture alliance

Alemanha: veto à "pausa de Páscoa"

A chanceler federal Angela Merkel queria restrições mais rigorosas para contenção do novo coronavírus, mas até agora os governadores dos 16 estados alemães não concordaram quanto a um novo confinamento radical em todo o território nacional.

Por motivos organizacionais e políticos, descartou-se a "pausa de Páscoa", antes considerada. Na última reunião de cúpula sobre o assunto, apenas prorrogaram-se até 18 de abril as medidas vigentes.

O uso de máscaras medicinais é obrigatório nos transportes públicos e estabelecimentos comerciais de toda a Alemanha. Ao todo, não podem se encontrar mais de cinco integrantes de duas unidades residenciais distintas.

Por outro lado, caso a incidência semanal em alguma das regiões ultrapasse os 100 novos casos por 100 mil habitantes, um mecanismo de "freio de emergência" prevê o endurecimento das regras.

Bélgica: salões de beleza fechados

Quem quer comprar artigos que não sejam de uso diário na Bélgica tem que marcar hora na loja. Escolas e universidades permanecem fechadas por três semanas, a partir da Páscoa. Cabeleireiros, salões de tatuagem e cosmética também devem manter as portas fechadas.

Seguem vigorando pelo menos até 18 de abril o toque de recolher noturno decretado há meses e as restrições abrangentes de viagens, aplicadas desde o fim de janeiro.

Máscara e muito distanciamento na ópera de Sófia, BulgáriaFoto: NIKOLAY DOYCHINOV/AFP/Getty Images

Bulgária: almoço ao ar livre

Embora o número dos novos casos de covid-19 siga elevado, o governo búlgaro flexibilizou as restrições a partir de 1º de abril. Já se pode comer na área externa dos restaurantes, e os teatros voltam a abrir, embora com número reduzido de espectadores. No decorrer de abril, jardins-de-infância e escolas voltam a funcionar.

Nem medo de contágio espanta turistas europeus das praias de MaiorcaFoto: Clara Margais/dpa/picture alliance

Espanha: de máscara na praia

Em toda a Espanha, nativos e turistas têm que usar máscara de proteção, mesmo ao ar livre. Por outro lado, as regras sobre viagens na Páscoa são mais frouxas do que em outros países: turistas da União Europeia têm passe livre, por exemplo, para a tão apreciada ilha de Maiorca.

França: a caminho do terceiro lockdown

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou no fim de março o terceiro confinamento em âmbito nacional. Regras rigorosas, já aplicadas em algumas regiões, passam a vigorar para todo o país, por quatro semanas.

Assim, a maioria das lojas permanece fechada e vale o toque de recolher a partir das 19h. Nas escolas e creches, as férias pascais serão prolongadas em uma semana.

Visita à Acrópolis de Atenas de acordo com regras sanitáriasFoto: Dimitris Lampropoulos/NurPhoto/picture alliance

Grécia: sair, só com bom motivo

Pelo menos até 5 de abril serão mantidas as rigorosas normas de restrição. Os cidadãos só podem deixar suas casas entre 5h e 21h, e por motivos prementes, como ir ao médico ou ao trabalho, ou levar o cão para dar uma volta. Para os que chegam à Grécia do exterior, é obrigatório o teste de covid-19 e a quarentena.

Ingresso na Hungria está praticamente restrito aos cidadãos do paísFoto: Attila Volgyi/Xinhua/picture alliance

Hungria: em compasso de espera

No país seriamente atingido pela pandemia, há algum tempo só podem praticamente entrar cidadãos húngaros. O ingresso é quase impossível para alemães, por exemplo. Vale o toque de recolher a partir de 20h e estabelecimentos não essenciais ficam fechados. De casamentos, só podem participar familiares mais próximos, em funerais são permitidos até 50 convidados.

Portugal: tendendo à flexibilização

Depois do aumento dramático dos contágios durante o inverno, Portugal decretou confinamento. Com a subsequente queda dos novos casos, desde meados de março o governo vem relaxando as medidas mais rigorosas.

O estado de exceção vigora até 15 de abril, mas os museus já podem abrir, e, se a taxa de infecções permitir, em breve também os cinemas, teatros e estabelecimentos comerciais.

Altos níveis de incidência alarmaram autoridades tchecasFoto: Ondrej Deml/CTK/dpa/picture alliance

República Tcheca: encontros, só a dois

Até poucas semanas atrás, a República Tcheca era o sétimo país em termos de incidência semanal. Em consequência, vigora em todas as regiões o mais alto dos cinco graus de alerta: excetuados membros da mesma família, só são permitidos encontros a dois.

Restaurantes, cinemas, museus e negócios não essenciais permanecem fechados. Além do toque de recolher noturno, é proibido sair da região de moradia. Nas casas de oração, um máximo de 15 pessoas pode se reunir para funerais ou casamentos.

Política de pandemia liberal da Suécia tem gerado polêmicaFoto: MASKOT/imago images

Suécia: relativamente relaxada

Desde o começo da pandemia, o país escandinavo adotou um curso antes liberal, com diversas regras, mas poucas proibições. A partir de janeiro, o governo passou a aplicar leis mais rigorosas, porém ainda moderadas na comparação com os demais países da UE. Até quatro convivas podem se sentar a uma mesa nos restaurantes; até oito conhecidos têm permissão para se encontrar; lojas e alojamentos para turistas seguem abertos.

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