Vista com desconfiança pela população desde o início, Minustah se envolveu em série de escândalos e deveria forçar Nações Unidas a avaliar efeitos indesejados das missões de paz.
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Quando a cientista política Anne Lange viajou pela primeira vez ao Haiti, já conhecia alguns países da América Latina e Caribe. Porém, o estado da nação caribenha a deixou abalada. "O Haiti era um país absolutamente arruinado, mesmo em comparação com outros países da região", afirma. "Uma grande parte da população lutava pela sobrevivência. As instituições não funcionavam, e o próprio solo estava completamente esgotado devido a décadas de monocultura."
Lange é cientista política na Universidade de Potsdam, na Alemanha. No final de 2014 e início de 2015, ela viajou ao Haiti para fazer pesquisas de campo para sua dissertação de doutorado sobre os processos de tomada de decisão entre os órgãos das Nações Unidas e os atores internacionais.
Naquele momento, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) já estava ativa no país há mais de dez anos. Desde então, nenhum grande progresso foi reportado. Pelo contrário: em 2016, o país sofreu novamente um grande retrocesso com a passagem do furacão Matthew. Agora a missão terminou: neste domingo (15/10), os últimos capacetes azuis deverão deixar o país. E não são poucos os que acham que é melhor assim.
Libertadores ou ocupantes?
Para recapitular: após o golpe contra o presidente Jean-Bertrand Aristide, no início de 2004, o Haiti esteve ameaçado pelo caos. Por iniciativa dos EUA, que temiam um êxodo em direção ao norte, o Conselho de Segurança da ONU enviou 6.700 capacetes azuis, 1.600 policiais e 1.700 civis e diplomatas para apoiar o governo de transição, garantir a paz e organizar novas eleições.
Mas apesar disso, ou precisamente por causa do grande contingente, a Minustah enfrentou dificuldades desde o início. "Desde seu começo, em junho de 2004, a presença da Minustah no Haiti tem sido problemática, causando até mesmo divisão" na sociedade, escrevem Jorge Heine e Andrew S. Thompson na introdução de seu livro Fixing Haiti (Estabilizando o Haiti, em tradução livre). O cientista político canadense Nicolas Lemay-Hébert, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, acrescenta que muitos haitianos viram a Minustah como uma ocupação internacional.
Se inicialmente tratava-se de algo intuitivo, os opositores da missão encontraram logo razões para sua a desconfiança, principalmente após um acontecimento, alguns meses após o início da operação, na favela Cité Soleil, na periferia de Porto Príncipe. Capacetes azuis sob liderança brasileira teriam cometido atos brutais contra gangues criminosas, mas também contra partidários do presidente deposto e até mesmo contra pessoas que não estavam envolvidas. "Esse incidente continua muito presente quando os haitianos criticam a ONU", afirma Lange.
No decorrer da missão, uma série de escândalos alimentou a desconfiança. Há vários casos de soldados da ONU que comprovadamente participaram de estupros e abusos sexuais de cidadãos haitianos e na prostituição de menores de idade. "Cada escândalo reforçou a narrativa de um Haiti ocupado e a hostilidade latente contra as tropas internacionais", frisa o canadense Lemay-Hébert.
Epidemia de cólera
O ápice aconteceu em 2010. A ONU ampliou mais uma vez o mandato da missão após o terremoto devastador de janeiro e até aumentou seu contingente. Aí, em outubro, surgiu uma epidemia de cólera. Ao menos 600 mil pessoas ficaram doentes, e entre 8 mil e 10 mil morreram.
Logo após o início da epidemia surgiu a suspeita de que o vírus teria se originado do campo dos capacetes azuis nepaleses. Apesar de, um ano depois, uma comissão da ONU ter confirmado a suspeita, e outros especialistas terem concluído que o surto poderia ter sido evitado com medidas simples de prevenção, a ONU até hoje não reconheceu sua culpa. "A ONU prefere mencionar as precárias condições de higiene para se furtar da responsabilidade", sublinha Lemay-Hébert.
Somente no fim de 2016, o ex-secretário-geral Ban Ki-moon pediu vagas desculpas pelo "papel" das Nações Unidas na tragédia e prometeu reparação, cujo tamanho e forma, até hoje, não estão claros. Com certeza as indenizações não chegarão ao total de 2,2 bilhões de dólares pedidos à ONU, em 2013, por meio de processos impetrados por associações de vítimas. E Lemay-Hébert também considera improvável indenizações individuais, como as vítimas exigem.
Se a ONU algum dia decidir pagar reparações por causa da epidemia de cólera, o dinheiro provavelmente será gerenciado de forma coletiva e investido na construção de escolas e hospitais. Porém, no caso de um país completamente arruinado, isso seria apenas uma gota d'água no oceano.
Repensar as missões de paz
Afinal, no que diz respeito ao Haiti, Lemay-Hébert e Lange concordam que falta um judiciário que funcione, estabilidade política e – até hoje – segurança. "Sim, eu vi policiais", afirma Lange, "mas seguramente eles estão apenas nos locais onde diplomatas ou organizações estrangeiras estão estacionados."
A avaliação de Lemay-Hébert não é muito mais positiva. "Sem os capacetes azuis, o governo de transição teria sido vítima da onda de violência após o golpe de Estado", opina. A estabilização estrutural de longo prazo falhou amplamente. A polícia, pelo menos, está melhor equipada do que no passado.
Lemay-Hébert diz que, como consequência, as Nações Unidas deveriam reavaliar suas operações internacionais. Para ele, a Minustah mostrou que, em se tratando de missões de paz, "mais" não significa "melhor".
Ele diz que "as consequências indesejadas de missões de paz e da ajuda ao desenvolvimento" se manifestaram na Minustah de forma muito mais clara do que em qualquer outra missão da ONU, e é preciso analisar exatamente como a presença de milhares de funcionários da ONU e de organizações não governamentais pode causar impactos na vida da população local: o aumento dos preços de imóveis em Porto Príncipe já é uma realidade.
O país está diante ainda de uma fuga de cérebros. "Quando a caravana humanitária partir, os haitianos que forma qualificados, que trabalharam nos projetos, deixarão o país em massa", diz Lemay-Hébert, acrescentando que, se a missão no país deixou algum legado, este seria que "a Minustah força a ONU a debater, de uma perspectiva completamente nova, as consequências indesejadas das missões de paz".
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Morenatti
Lutero celebrado em Wittenberg
A Alemanha festeja os 500 anos da Reforma Protestante em feriado nacional. Centro das celebrações é Wittenberg, onde, em 31 de outubro de 1517 o reformador Martinho Lutero pregou suas 95 teses contra o comércio de indulgências na porta da Igreja do Castelo. As cerimônias na cidade contaram com a presença de numerosas personalidades da política alemã, entre as quais Angela Merkel. (31/10)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt
Presidente reeleito
A Comissão Eleitoral do Quênia confirmou a reeleição do presidente Uhuru Kenyatta, com 98,26% dos votos, após um conturbado processo que teve intervenção da Justiça, nova eleição e protestos violentos. Do total de 19,5 milhões de eleitores convocados às urnas, apenas 38,84% votaram, o que chama mais a atenção do que o resultado e mina a credibilidade de Kenyatta para o novo mandato. (30/10)
Foto: Reuters/S. Modola
Herwart devasta Europa Central
A tempestade Herwart provocou danos no transporte ferroviário, cortes de eletricidade, queda de árvores e deixou cinco mortos na Europa Central, além de diversos feridos. Com ventos de até 180 km por hora, causou blecautes em centenas de casas. No norte e leste da Alemanha houve pelo menos um morto e seis feridos. Na Polônia e na República Tcheca, ela deixou duas vítimas, respectivamente (29/10)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Runge
Dada partida para inquérito Trump-Rússia
A TV CNN noticiou que um tribunal de Washington aprovou as primeiras denúncias na investigação sobre a suposta interferência russa nas eleições americanas de 2016, liderada pelo procurador especial Robert Mueller (foto). A a emissora cita fontes anônimas pois, por ordem de um juiz federal, nem o teor nem os alvos das acusações poderiam ser divulgados. (28/10)
Em votação sem a presença de partidos contrários a proposta, o Parlamento regional da Catalunha aprovou a independência da região e a separação da Espanha. A declaração unilateral foi comemorada por separatistas nas ruas de Barcelona. Em reação, o governo espanhol aprovou a dissolução do Parlamento catalão e a convocação de eleição nesta região para 21 de dezembro. (27/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Palacios
Funeral do rei da Tailândia
Pelo menos 110 mil tailandeses participam do funeral do monarca Bhumibol Adulyadej, em torno da praça Sanam Luang, em Bangcoc. A cerimônia marcou o fim de um ano de luto pelo soberano, que reinou por 70 anos e morreu em 13 de outubro de 2016. O corpo de Bhumibol foi cremado em um ritual budista. (26/10)
Foto: Reuters/D.Sagolj
Salvo mais uma vez
A Câmara dos Deputados rejeitou, pelo placar de 251 contra 233, a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da República, Michel Temer. A decisão livra o presidente de uma investigação por parte do STF. Temer foi denunciado pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot pelos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa. (25/10)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Racha da oposição na Venezuela
Henrique Capriles, uma das principais vozes de oposição na Venezuela, anunciou que deixará a coalizão opositora MUD, gerando um sismo na base da oposição no país. O motivo alegado foi o ele que chamou de "traição" de um dos partidos da aliança ao aceitar que quatro governadores eleitos pela oposição nas últimas eleições regionais prestassem juramento à Assembleia Constituinte. (25/10)
Foto: Reuters/M. Bello
Primeiro dia
O maior Bundestag da história da República Federal da Alemanha, com 709 deputados, teve sua sessão constituinte em Berlim, em meio à polêmica causada pelo ingresso do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD). O ex-ministro das Finanças Wolfgang Schäuble (foto), veterano aliado de Merkel, é eleito presidente da casa para evitar que debates saiam dos trilhos. (24/10)
Foto: Reuters/F. Bensch
Prisão perpétua
Um tribunal de Nurembergue condenou um membro do movimento de extrema direita Reichsbürger, que não reconhece a República Federal da Alemanha, à prisão perpétua devido aos tiros fatais disparados por ele contra um policial. Em meados de outubro de 2016, Wolfgang P., de 50 anos, abriu fogo contra policiais, matando um e ferindo outros dois que visavam apreender armas na sua casa. (23/10)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Protesto contra "ódio e racismo" no Bundestag
Segundo os organizadores, cerca de 12 mil pessoas protestaram no centro da capital alemã sob o lema "Contra o ódio e o racismo no Bundestag", a dois dias da sessão constitutiva do novo Parlamento alemão. As manifestações se direcionaram contra a legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que pela primeira vez estará presente na câmara baixa do Parlamento em Berlim. (22/10)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Carstensen
Catalães protestam em Barcelona
Milhares de pessoas, entre elas o presidente regional, Carles Puigdemont, participaram de protesto em Barcelona contra medidas decididas pelo governo da Espanha para restabelecer a ordem constitucional na região. A manifestação foi inicialmente marcada para pedir a libertação de dois líderes regionais, mas a decisão tomada por Madri acabou ampliando o âmbito da concentração. (21/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Morenatti
Mesquitas afegãs são alvo de ataques
Mais de 70 fiéis morreram em dois atentados realizados por homens-bomba no Afeganistão, um deles numa mesquita xiita em Cabul e outro numa mesquita sunita na província de Ghor, no centro do país. O primeiro, cuja autoria foi reivindicada pelo "Estado Islâmico", mesmo sem apresentar provas, deixou 39 mortos e mais de 45 feridos. O segundo matou ao menos 33 pessoas, segundo autoridades. (20/10)
Foto: Imago/Xinhua
Guggenheim em Bilbao completa 20 anos
O Museu Guggenheim em Bilbao é um dos museus de arte contemporânea da Fundação Guggenheim em todo mundo. O edifício marcante e a abrangente coleção de arte moderna foram capazes de transformar a pequena cidade espanhola. Desde que abriu as portas, em 1997, a obra-prima do arquiteto canadense Frank Gehry já atraiu 19 milhões de visitantes, sendo 70% de fora da Espanha. (19/10)
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer por organização criminosa e obstrução de Justiça, que recomenda o arquivamento da matéria. Foram 39 votos a favor, 26 contra e uma abstenção. A ação segue agora para a análise no plenário da Câmara, que tem a palavra final. (18/10)
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
Senado devolve mandato a Aécio
O Senado decidiu derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou, no fim de setembro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do cargo. Com a decisão, ele poderá retornar imediatamente às atividades parlamentares. Em votação aberta e nominal, foram 44 votos contra o afastamento e 26 a favor. O tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça. (17/10)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Cruz
Iraque retoma cidade-chave para curdos
Forças do Iraque tomaram o controle de pontos estratégicos da cidade de Kirkuk, rica em petróleo e comandada por curdos peshmerga desde 2014. A sede do governo municipal, bem como aeroporto, base militar e poços de petróleo estão sob comando das tropas de Bagdá. A operação levou milhares de pessoas a fugirem da cidade, enquanto organizações alertam para graves consequências humanitárias. (16/10)
Foto: Getty Images/AFP/A. Al-Rubaye
Golpe contra acordo nuclear
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um duro golpe contra o acordo nuclear fechado com o Irã em 2015 ao afirmar que não vai certificar ao Congresso que Teerã esteja cumprindo sua parte e que o pacto continua sendo de interesse dos EUA. A decisão, porém, não retira os Estados Unidos do acordo, mas abre caminho para a imposição de sanções ao Irã. (13/10)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Jubileu de Nossa Senhora Aparecida
Milhares de pessoas participaram das celebrações do jubileu de 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Uma missa solene (foto) na basílica em Aparecida, que contou uma mensagem e vídeo do papa Francisco, deu início aos eventos na cidade da padroeira do país. (12/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/S. Moreira
Ultimato espanhol
O premiê da Espanha, Mariano Rajoy, deu um ultimato aos separatistas catalães: o governo da região autônoma tem até a próxima segunda para confirmar se realmente foi declarada a independência. A declaração é uma resposta ao confuso discurso da véspera do chefe do governo regional que declarou a independência catalã para suspender em seguida o processo e se dizer aberto ao diálogo. (11/10)
Foto: Reuters/S. Perez
Greve na França
Mais de 100 mil funcionários públicos franceses paralisaram as atividades em diversas cidades do país contra os planos do governo de Emmanuel Macron de congelar os salários e cortar vagas. Protestos ocorreram em Paris, Lyon, Nice e Estrasburgo. Pela primeira vez nos últimos dez anos, os sindicatos do setor público se reuniram num protesto conjunto. (10/10)
Foto: Getty Images/AFP/L. Venance
Nobel de Economia para Richard H. Thaler
A Academia Real de Ciências da Suécia laureou o americano Richard Thaler com o Prêmio Nobel de Economia de 2017, por seu trabalho no âmbito da economia comportamental. O comitê afirmou que o trabalho de Thaler mostra como aspectos humanos afetam decisões individuais, bem como o comportamento da economia em geral. (09/10)
Foto: Reuters/University of Chicago Booth School of Business
Milhares marcham contra independência da Catalunha
Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Barcelona para protestar contra as intenções de independência da Catalunha. A passeata reuniu entre 350 mil, segundo a polícia, e 950 mil participantes, de acordo com os organizadores. O Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa discursou no comício de fechamento. A faixa estendida diz "Já chega! Recuperem a lucidez." (08/10)
Foto: Getty Images/AFP/L. Gene
Espanhóis pedem unidade e diálogo
Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri, Barcelona e de outras cidades espanholas para pedir "diálogo" e "unidade", dias antes de uma possível declaração unilateral de independência da Catalunha. Nos protestos convocados em 50 cidades, milhares se reuniram vestidos de branco e carregando bandeiras pedindo paz e diálogo entre líderes. (07/10)
Foto: Getty Images/C. McGrath
Nobel da Paz para campanha contra armas nucleares
O Nobel da Paz de 2017 foi para a Campanha Internacional pela Abolição de Armas Nucleares (Ican), uma coalizão da sociedade civil que promove a adesão e a implementação do Tratado para Proibição de Armas Nucleares. O prêmio vem 70 anos após bombas atômicas terem devastado as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki e em meio às tensões que se intensificam devido à crise na península coreana. (06/10)
Foto: Reuters/D. Balibouse
Nobel de Literatura vai para Kazuo Ishiguro
O escritor britânico nascido no Japão Kazuo Ishiguro, de 62 anos, foi laureado com o Nobel de Literatura. No anúncio, a Academia Sueca destacou a "grande força emocional" de sua obra. Entre seus romances mais famosos está "Os vestígios do dia", de 1989. Em 1993, o livro foi adaptado para o cinema num filme homônimo, estrelado por Anthony Hopkins e indicado ao Oscar em nove categorias. (05/10)
Foto: picture-alliance/AP/dpa/A. Grant
May faz discurso marcado por panes
A premiê britânica, Theresa May, encerrou o congresso anual do Partido Conservador com um discurso focado na defesa de seu governo, mas que acabou ofuscado por uma série de panes, incluindo contínuos ataques de tosse. Algumas letras do painel atrás de May caíram enquanto ela falava. Em outro momento do discurso, ela recebeu um formulário P45 – de demissão – de um comediante na plateia. (04/10)
Foto: Imago/i Images/A. Davlin
Após furacão, Trump visita Porto Rico
Em meio a críticas sobre os esforços americanos de assistência a Porto Rico após a passagem devastadora do furacão Maria, o presidente dos EUA, Donald Trump, visitou a ilha, onde 16 pessoas morreram e milhões ficaram sem água e sem energia. Lá, o líder causou polêmica ao afirmar que o país devia estar "orgulhoso" por não terem morrido tantas pessoas como já se viu em "catástrofes reais". (03/10)
Foto: Getty Images/J. Raedle
Massacre em Las Vegas
Um homem abriu fogo durante um festival de música country em Las Vegas e deixou mais de 50 mortos e 500 feridos. Os disparos foram feitos do 32º andar do hotel Mandalay Bay. O atirador foi encontrado morto no local, em aparente suicídio. A polícia, que descartou ligação com grupo terrorista, investiga agora a motivação do massacre, que já é o maior com arma de fogo da história dos EUA. (02/10)
Foto: Getty Images/D.Becker
Referendo na Catalunha
Os eleitores da Catalunha votaram em um referendo de independência, em dia marcado por confrontos violentos entre policiais e civis e centenas de feridos. Enquanto o chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que a consulta popular "não existiu", o líder do governo catalão, Carles Puigdemont, defendeu que a Catalunha ganhou "o direito de ser um Estado independente" após a votação. (1º/10)