As mais cotadas universidades da Alemanha
17 de fevereiro de 2003Publicado a cada três anos e agora em sua quinta edição, o ranking da revista Wirtschaftswoche vai passar a ser anual. Ele se baseia nas respostas dos chefes de Recursos Humanos das 250 maiores empresas da Alemanha a um questionário abrangente e é fator de prestígio para as universidades que melhor se colocam.
Qualidade comprovada
A classificação deste ano teve apenas uma grande surpresa: a Universidade de Munique, cujo curso de Direito pulou do quarto para o primeiro lugar, passando para trás a Universidade de Heidelberg, vencedora de 2002, e a de Bonn.
Nos demais cursos avaliados, as melhores classificadas do ano passado mantiveram suas posições, numa prova de que quem preza pela qualidade se esforça também por mantê-la. O melhor renome no curso de Administração de Empresas tem a Universidade de Mannheim, seguida pelas de Colônia e de Münster, respectivamente em segundo e terceiro lugar. A Universidade de Colônia, por sua vez, oferece o melhor curso de Economia, seguida por Mannheim e Munique, em segundo, e Bonn em terceiro lugar. A Escola Superior Técnica de Aachen tem o maior prestígio nas diferentes especialidades da Engenharia, seguida de Darmstadt e Karlsruhe. A Universidade Técnica de Karlsruhe se destaca no curso de Informática, seguida de Darmstadt, em segundo, e Aachen e Munique em terceiro lugar.
Possuir um diploma expedido por uma dessas escolas superiores vale a pena para o candidato a um emprego: os chefes de RH confiam primeiramente em suas próprias experiências. Quando estão satisfeitos com os funcionários formados por uma determinada escola, a chance de candidatos com diploma dessa escola de serem recrutados aumenta automaticamente.
Fatores positivos
Uma análise do perfil das universidades com boa reputação aponta para certos elementos recorrentes. Cursos que fornecem uma combinação eficiente entre teoria e prática são bem vistos, bem como universidades que mantêm contatos internacionais, proporcionando a seus estudantes a chance de cursos-sanduíche ou de estágios no exterior.
Num país em que a maioria absoluta das escolas superiores é pública, oferecendo cursos gratuitos, chama a atenção o fato de muitos dos responsáveis pelo recrutamento de pessoal se declararem satisfeitos com a experiência feita com funcionários formados em faculdades particulares. Estas chegam a cobrar cinco mil euros por semestre, um investimento que pode valer a pena, desde que aumente as chances do candidato a um emprego.
A depreender da avaliação dos departamentos de RH, o nível dos recém-formados não vem caindo, ao contrário do que freqüentemente se propaga. Os entrevistados elogiam em especial os bons conhecimentos de informática e de línguas estrangeiras, bem como a competência social dos que estão prestes a iniciar uma atividade profissional. O quesito mais problemático refere-se aos conhecimentos gerais: estes pioraram de dez anos para cá, na opinião de 44% dos participantes na pesquisa.