O jornalista científico da DW, Derrick Williams, explica:
"Mudanças físicas que as alterações genéticas causam no vírus é o que pode significar a evolução. Uma pequena parte dessas mutações, por pura sorte, fornecerá variantes com vantagens evolutivas de algum tipo. Uma grande vantagem, como vimos, por exemplo, nas variantes alfa e delta do Sars-Cov-2, é quando a variante se torna mais transmissível por algum motivo. Mas a transmissibilidade pode aumentar por uma série de razões."
"Pode ser que uma variante seja capaz de fazer com que suas células as produzam muito mais do que o Sars-Cov-2 comum. Outra [razão] poderia ser uma variante capaz de resistir por mais tempo no ambiente, aumentando assim suas chances de infectar alguém. Razões muito diferentes, mas com o mesmo efeito."
"Então, quando se diz 'cada vez mais agressivo' é preciso começar se perguntando se isso forneceria a uma variante algum tipo de vantagem evolutiva. E é difícil imaginar como isso seria [uma vantagem]. Muitos virologistas dizem que a melhor combinação de características de um vírus é ser mais transmissível, mas, ao mesmo tempo, menos mortal. Porque se um patógeno não matar pessoas, ele estará por aí, sendo transmitido. E as pessoas se cuidam menos e infectam umas às outras."