Confira os destaques do noticiário nacional e internacional desta terça-feira.
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MUNDO
Tumulto em funeral de general deixa ao menos 50 mortos no Irã
Outras dezenas de pessoas ficam feridas durante cortejo fúnebre em Kerman, cidade natal de Qassim Soleimani, morto em ataque dos EUA. Homenagens ao general reuniram multidões nos últimos dias. Leia mais
Parlamento do Irã classifica Pentágono como terrorista
Medida é resposta a ataque dos Estados Unidos que matou principal comandante militar iraniano. Parlamentares aprovam também reforço de 200 milhões de euros para a Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã. Leia mais
"Luto encenado por Soleimani encobre realidades do Irã", diz analista
Milhares de iranianos choram a morte do general Soleimani, assassinado pelos EUA. Em entrevista à DW, cientista político afirma que parte das manifestações são encenadas pelo regime para mostrar suposta unidade nacional. Leia mais
Meu paraíso perdido australiano
É raro ser envolvido em eventos históricos e ver suas catastróficas experiências relatadas na mídia global. Uma repórter da DW conta sua vivência dos incêndios na Austrália.Leia mais
O futuro da charge, 5 anos após ataque ao "Charlie Hebdo"
Desde que atiradores promoveram um banho da sangue na redação da publicação de humor parisiense, a sátira política desenhada está em crise na imprensa. Leia mais
O minimalismo pode ajudar a salvar o planeta?
Menos é mais, pregam os defensores da mentalidade minimalista. Um espaço livre de excessos materiais pode iluminar a mente, e ter menos bens também pode promover o bem-estar da Terra, argumentam. Leia mais
Japão emite mandado de prisão contra esposa de Ghosn
Carole Ghosn é acusada de prestar falso testemunho no processo contra o executivo. Há suspeita de que ela o tenha ajudado em sua surpreendente fuga para o Líbano. Leia mais
Alemanha reduz contingente militar no Iraque
Medida é anunciada após Parlamento iraquiano aprovar fim de atividades de tropas estrangeiras no país em resposta a ataque que matou general do Irã. Cerca de 30 soldados alemães serão transferidos para Jordânia e Kuwait.Leia mais
BRASIL
Irã convoca representante do Brasil em Teerã
Encarregada de negócios do Brasil foi convocada após Itamaraty manifestar apoio à "luta contra o flagelo do terrorismo" na sequência de morte de general iraniano pelos EUA. Conteúdo da conversa não foi divulgado. Leia mais
Brasil abandona autonomia ao apoiar EUA na crise com Irã, dizem analistas
Ao manifestar apoio aos EUA após ataque que matou poderoso general iraniano, Itamaraty deixou de lado tradição pacífica, e Brasil pode sofrer consequências econômicas e diplomáticas, avaliam especialistas. Leia mais
Esporte
Coluna Halbzeit: Futebol alemão de luto pelo goleiro do "Wembley-Tor"
A carreira de Hans Tilkowski foi marcada pelo mais polêmico gol fantasma da história, que abriu caminho para o triunfo da Inglaterra na Copa de 1966. Mas seria injusto reduzir sua trajetória ao famoso Gol de Wembley. Leia mais
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A tragédia do fogo na Austrália
Austrália enfrenta a pior temporada de incêndios florestais de sua história, causando mortes e evacuações em massa. Também biodiversidade vegetal e animal estão ameaçadas.
Foto: AFP/P. Parks
Paredes de chamas
Com mais de 180 focos de incêndios em toda a Austrália, mais de 8 milhões de hectares já foram queimados. O estado de Nova Gales do Sul, na costa leste, é o mais atingido. Os incêndios em bosques e florestas não são incomuns no continente, mas desta vez sua intensidade foi extrema. A temporada de incêndios já começou em setembro e foi agravada por altas temperaturas, acima de 40ºC.
Foto: Reuters/AAP Image/D.
Desespero no campo
Com uma toalha, este garoto tenta abafar as chamas que se alastram pelo campo. Os agricultores lutam para continuar alimentando o gado, pois pastagens e gramados estão queimados. Muitos tiveram que sacrificar os animais devido a queimaduras ou estresse térmico.
Foto: AFP/W. West
Destruição
Mais de 1.800 casas foram queimadas, milhares de habitantes foram evacuados, e pelo menos 25 morreram. Segundo as autoridades, só no estado de Victoria, que inclui a cidade de Melbourne, nos últimos dias foram evacuadas 67 mil pessoas.
Foto: Getty Images/AFP/S. Khan
Trabalho nas chamas
Longe dos grandes centros ou no litoral, a densidade populacional da Austrália é baixa. Lá os bombeiros voluntários são ainda mais importantes. Devido à extraordinariamente violenta temporada de incêndios, este ano eles serão pagos a partir de um fundo especial: quem estiver envolvido no trabalho de extinção do fogo por pelo menos dez dias receberá uma diária equivalente a 190 euros.
Foto: AFP/S. Khan
Ajuda do Exército
As Forças Armadas da Austrália ajudam a evacuar os residentes por via aérea ou de navio. Três mil reservistas foram chamados para ajudar os bombeiros a combaterem incêndios. Helicópteros militares da Nova Zelândia devem chegar nos próximos dias para dar apoio.
Foto: AFP/AUSTRALIAN DEPARTMENT OF DEFENCE/N. Dorrett
Ar poluído
Este homem em frente ao Parlamento australiano em Camberra tem uma mangueira, mas não faz nada contra as chamas. Do ponto de vista de muitos australianos, poderia ser um símbolo das poucas medidas tomadas pelos políticos em relação à dimensão dos incêndios. O ar na capital australiana está tão poluído, que os moradores foram instados a ficar em casa.
Foto: Imago-Images/AAP/L. Coch
Acusações contra Scott Morrison
O primeiro-ministro é alvo de críticas porque, mesmo quando os incêndios já haviam começado, viajou de férias com a família para o Havaí. Hoje, ele não nega mais a influência humana nas mudanças climáticas, mas continua do lado da indústria do carvão. Em fotos nas redes sociais, há muitos se negam a apertar a mão de Scott Morrison, manifestando sua insatisfação com a gestão da crise.
Foto: AFP/J. Ross
Homenagem póstuma
O trabalho dos bombeiros é perigoso. Geoffrey Keaton morreu numa missão. Quando foi enterrado, em 2 de janeiro, seu filho recebeu uma Ordem de Mérito em nome do pai. Três bombeiros já morreram na temporada de incêndios deste ano.
Foto: Reuters/NSW RURAL FIRE SERVICE
Animais são vítimas
Esse coala foi salvo, mas muitos outros animais, não. Para os coalas, os incêndios são particularmente arrasadores porque instintivamente eles se escondem dentro das árvores e fogos rasteiros não os atingem. Mas os atuais incêndios violentos chegam até as copas das árvores e os matam. Numa área em que sua população é monitorada há bastante tempo, dois terços dos coalas morreram.
Foto: Reuters/P. Sudmals
Procura por comida
Os animais selvagens que sobreviveram ao fogo no Parque Nacional Wollemi, em Sydney, saem em busca de comida. Mas muitas vezes as chamas deixam apenas troncos carbonizados, como em Old Bar, Nova Gales do Sul. Os aborígines costumavam queimar a vegetação rasteira para conter incêndios provocados pelas intempéries de verão. Muitos australianos querem agora que essa prática seja revivida.
Foto: Imago Images/AAP/J. Piper
Ajuda a quem perdeu tudo
O governo australiano anunciou a criação de uma agência nacional para ajudar os afetados pela catástrofe. O equivalente a 1,2 bilhão de euros será distribuído ao longo de dois anos para agricultores, pequenas empresas e moradores. Milhares perderam suas casas no incêndio, como este homem de Nabiac, situada 350 quilômetros ao norte de Sydney.
Foto: AFP/W. West
Consequências na América do Sul
Uma cortina de fumaça cobre as regiões em fogo, como estas montanhas em East Gippsland, no estado de Victoria. Uma nuvem de fumaça percorreu mais de 12 mil quilômetros e chegou à América do Sul, sendo vista em 6 de janeiro sobre o Chile e a Argentina, e devendo chegar ao Rio Grande do Sul. Segundo o Departamento Meteorológico de Santiago, a fumaça não oferece risco à saúde da população.