Destaques do noticiário internacional desta sexta-feira.
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EUA: Leste dos EUA entra em alerta por poderosa nevasca. Leia mais
Refugiados: Dezenas de migrantes morrem em naufrágios no Mar Egeu. Leia mais
Europa: Ancara promete "fazer de tudo" para conter fluxo migratório. Leia mais
Terrorismo: Polícia alemã prende sírio acusado de crimes de guerra. Leia mais
Economia: Morre presidente da Faber-Castell. Leia mais
Futebol: Uefa vai usar tecnologia da linha do gol na Euro 2016. Leia mais
Cinema: Berlinale exibe ao todo seis filmes brasileiros. Leia mais
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Europeus temem efeito econômico do controle de fronteiras
Além de eliminar a livre circulação de pessoas postulada pelo Acordo de Schengen, a paulatina retomada de controle nas fronteiras europeias ameaça o mercado comum europeu, afetando empresas e trabalhadores. Leia mais
Refugiados iraquianos retornam para casa
Muitos migrantes desistem de tentar a vida na Alemanha. Alguns não receberam asilo após meses de espera, outros afirmam ter sido maltratados pelas autoridades. Apesar dos riscos, eles voltam para seu país. Leia mais
Opinião: A política de interesses de Merkel e Davutoglu
Você me ajuda na crise dos refugiados, e eu lhe dou dinheiro e reconhecimento: o que a chanceler alemã e o premiê turco fizeram em Berlim foi realpolitik na versão "toma lá, dá cá", opina o jornalista Jens Thurau. Leia mais
Por que a pressão dos EUA não funciona em Pyongyang?
Após suspender as sanções ao Irã, a Casa Branca considera aplicar medidas mais rigorosas contra a Coreia do Norte. Mas neste caso o potencial de retaliação é bem menor, devido ao isolamento do país e ao apoio da China. Leia mais
Quadrinhos gays ganham mostra em Berlim
Exposição "SuperQueeroes" apresenta ao público personagens homossexuais de histórias conhecidas ou da cena underground. Também é tema a biografia dos autores, que muitas vezes enfrentaram censura. Leia mais
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A história dos cruzeiros
Até o século 19, só a necessidade extrema faria alguém querer atravessar o oceano. Em 1891, o advento da navegação a vapor e o proprietário de navios alemão Albert Ballin mudaram esse quadro com os cruzeiros de férias.
Foto: Hapag-Lloyd AG
Novo capítulo da navegação
O 22 de janeiro de 1891 foi um dia desagradável na cidade de Cuxhaven, na Baixa Saxônia. O vento era forte, o mar se encrespara. A bordo do Augusta Victoria, parte dos 174 passageiros lutava para manter os estômagos calmos, com ostras intactas na sala de jantar. Mas os dois meses seguintes mudaram tudo: a "Orient Expedition", a primeira viagem de um navio-cruzeiro, foi um sucesso espetacular.
Foto: Hapag-Lloyd AG
Ideia surgida da necessidade
A ideia de Albert Ballin, de enviar o Augusta Victoria num cruzeiro de lazer em climas mais quentes, era simplesmente genial. De outra forma, o maior navio de passageiros então existente, com 144 metros, teria passado todo o inverno ancorado. Durante a estação fria, a demanda pela passagem transatlântica usual se reduzia bastante, pois o Atlântico Norte era perigoso demais para se navegar.
Foto: Hapag-Lloyd AG
Nascem os cruzeiros de férias
Com esse cruzeiro mediterrâneo de férias em 1891, Ballin, então diretor da companhia de navegação Hapag, encontrou uma excelente oportunidade de negócios. Havia clientes interessados em destinos ensolarados, como Constantinopla ou Nápoles. E, em vez de migrantes desesperados, os passageiros eram industriais ricos. Essa sacada de mercado colocou a Hapag na dianteira da concorrência.
Foto: Hapag-Lloyd AG
Sem luxo nem diversão
Até meados do século 19, as viagens oceânicas eram tudo, menos diversão. No convés inferior, onde passageiros da terceira classe tomavam o lugar da carga vinda da América, as condições eram cruéis. Epidemias se alastravam e a comida era escassa. O pior de tudo: o tempo que uma embarcação levaria para atravessar o Atlântico era desconhecido e variável.
Foto: picture-alliance/dpa/UPI
Jornada com fim incerto
Milhões de pessoas deixaram a Alemanha depois de 1850, fugindo do desemprego e da fome. Mesmo contando com a benevolência dos mares, o trajeto até a América levava cerca de seis semanas. Se as condições meteorológicas fossem ruins, muitos sucumbiam à inanição a bordo ou afundavam nos navios de carga, de difícil manobra. Na época, a chance de completar a viagem não passava de 50%.
Foto: picture-alliance/dpa/KNA
Vapores promissores
A situação melhorou a partir de 1889, quando entrou em serviço o Teutonic, o primeiro transoceânico a vapor sem velas. Ele pertencia à britânica White Star Line, que competia com outras companhias marítimas pelo controle do mercado atlântico. Sua meta era sempre continuar se aprimorando em velocidade e conforto – pelo menos para a primeira classe. Na foto, o salão das senhoras do Augusta Victoria.
Foto: Hapag-Lloyd AG
Titanic, um golpe fatídico
Ao começar a navegar, em 1912, o Titanic era o maior navio em funcionamento do mundo. Seus operadores pretendiam estabelecer novos padrões de luxo em termos de recursos e serviços. No entanto, em sua viagem inaugural entre Southampton e Nova York, ele colidiu com um iceberg, indo a pique. Num dos desastres marítimos mais fatídicos da história moderna, 1.514 dos 2.200 passageiros morreram.
Foto: picture-alliance/dpa/DB Ulster F & T Museum
Cruzeiros de massa
Apesar do golpe representado pelo Titanic, de lá para cá o número dos navios-cruzeiros e de passageiros só tem aumentado. Em 2015, cerca de 22 milhões de pessoas viajaram em cruzeiros, cujos preços foram baixando à medida que se transformaram em negócio de massa. Hoje, uma viagem transatlântica a partir da Alemanha gira em torno de 1.500 euros – 30% menos do que cinco anos atrás.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Weißbrod
Palácios flutuantes
Em vez da biblioteca a bordo, hoje se aposta em simuladores de surfe, cinemas Imax e tobogãs de dez andares. Ervas são cultivadas em estufas nos próprios navios, e robôs preparam coquetéis no bar. Em 2016, 11 novos cruzeiros da classe superluxo serão lançados em diversas partes do mundo. Eles ostentam suítes de até 360 metros quadrados – por bem mais de 1.500 euros por pessoa, é claro.