Confira os destaques do noticiário nacional e internacional desta quarta-feira.
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Recurso: STF decide manter Eduardo Cunha na prisão Leia mais
Lava Jato: Promotores de 15 países trocarão informações sobre a Odebrecht Leia mais
Pesquisa: Aumenta rejeição ao governo Temer, afirma CNT/MDA Leia mais
EUA: Trump rompe compromisso do país com Estado palestino Leia mais
Bruxelas: EUA cobram que membros da Otan gastem mais com defesa Leia mais
CETA: UE aprova acordo comercial com o Canadá Leia mais
Investigação: Campanha de Trump manteve contatos frequentes com russos Leia mais
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O Brasil na imprensa alemã
O "inferno" dos presídios brasileiros, a onda de violência no Espírito Santo e a nova manobra da Heineken no Brasil são notícia na Alemanha. Antigo avião da Lufthansa e canadense desaparecido também são tema. Leia mais
Pé na praia: A serpente e a castanheira
A história a seguir é transmitida oralmente há séculos por uma etnia chamada kagwahiva, do sul da Floresta Amazônia. E é simplesmente bonita demais para não ser compartilhada. Leia mais
Trump inspira movimento antigoverno no México
Num país assolado por escândalos, violência e problemas econômicos, presidente americano se transforma em catalisador de um movimento sociopolítico em ascensão contra o próprio governo mexicano. Leia mais
Museu alemão descobre um Rembrandt em seu acervo
Museu da cidade alemã de Braunschweig descobre que desenho "Estudo de um cachorro sentado", em seu poder desde os anos 1770, é na verdade obra do aclamado pintor holandês. Obra será mostrada em exposição. Leia mais
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Alemão e as palavras compostas: da filosofia à mesquinharia
Afirmar que "só se pode filosofar em alemão" é comprar polêmica certa. Contudo, é inegável: o idioma permite sintetizar conceitos complexos de forma extremamente específica e concisa. E também ser genialmente maldoso.
Foto: Reuters/F. Bensch
Weltschmerz
O sofrimento pode ser mesquinho ou altruísta, mas nenhuma de suas formas é tão filosoficamente abrangente quanto a "Weltschmerz" ("dor do mundo"). Cunhado pelo escritor Jean Paul, o conceito diagnostica o pessimismo típico do movimento romântico, uma insatisfação crônica e insolúvel com a condição humana. Um sentimento que parece estar novamente em alta, nos últimos anos.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Schönherr
Luftschloss
Há quem reaja ao pessimismo construindo castelos nas nuvens: "Luftschloss" ("castelo de ar") significa devaneio, fantasia. Na Alemanha do século 16, "construir um castelo no ar" equivalia a ficar sentado no telhado e sonhar. Para o autor americano Jerome Lawrence, aliás, "neurótico é quem constrói um castelo no ar; psicótico é quem mora dentro; psiquiatra é quem recebe o aluguel".
Foto: Fotolia/crimson
Verschlimmbessern
Na política, urbanismo, artes, medidas sociais ou cirurgia plástica, por vezes a emenda é pior do que o soneto. Ativismo cego, associado a ignorância e incompetência, pode acarretar resultados tragicamente agravantes. Em alemão, o paradoxal termo composto "Verschlimmbessern" ("melhorar piorando") resume esse tipo de boas intenções – das quais, dizem, o inferno está tão cheio.
Foto: MEHR
Futterneid
"Inveja da comida" é observada entre cães: mesmo satisfeito, o animal avança sobre a ração alheia assim que vê um companheiro se alimentar. Contudo, só descobrir que se quer algo quando outro mostra interesse pelo mesmo objeto do desejo também é um defeito demasiado humano. Basta pensar na "Futterneid" de consumidores se digladiando durante uma liquidação. Ou em certas disputas amorosas.
Foto: imago/MITO
Kummerspeck
Você fica deprimido. Para compensar, passa a comer sem controle. Engorda. Todo mundo nota. Os alemães são capazes de exprimir essa cadeia de ocorrências – a materialização da tristeza em tecido adiposo – numa única palavra: "Kummerspeck" ("banha de aflição"). Um diagnóstico que já vem acompanhado do possível antídoto: uma dose de bom humor e autoironia.
Foto: Colourbox/S. Jarry
Backpfeifengesicht
É injusto, até irracional, mas quem não conhece a sensação? Certas pessoas simplesmente despertam um inexplicável impulso de agressão. Uma petulância, um excesso de autossuficiência... Ou talvez elas tenham mesmo "cara de levar tapa". Entre a intenção e o ato, porém, é bom lembrar que a questão é subjetiva, e o simpático rosto de uns pode ser a "Backpfeifengesicht" perfeita para outros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Vucci
Schadenfreude
Certos termos da língua alemã são considerados intraduzíveis também por revelar realidades que o resto do mundo prefere negar. "Schadenfreude" (literalmente "alegria pelo dano") indica o prazer malicioso com a desgraça alheia. "Quem, eu? Jamais!" Um sentimento quase inconfessável, até por se originar, tantas vezes, em inveja, mesquinharia e egoísmo.
Foto: Reuters/F. Bensch
Fremdschämen
No extremo oposto das emoções complexas, o neologismo "Fremdschämen" ("vergonha alheia") denota uma forma especial de empatia. Incluído nos dicionários em 2009 e eleito palavra do ano na Áustria no ano seguinte, indica aquele constrangimento por tabela, ao se presenciar outra pessoa numa situação embaraçosa. Mas: já que vergonha é um artigo tão escasso, não seria melhor gastá-la consigo mesmo?
Apanhado/a com a mão na cumbuca: usando o sapato preferido da irmã; recebendo suborno da multinacional! "Mas não é nada do que vocês estão pensando..." Esse tipo de aperto tem um nome específico em alemão: "Erklärungsnot" – "necessidade de explicação" ou "apuros explicativos". Ou seja: agora a batata quente está na mão do infrator.
Foto: DW
Treppenwitz
Nada como uma boa anedota para animar uma festa e conquistar simpatias, e você acaba de ter a genial inspiração para uma... só que uns minutos tarde demais, sua oportunidade passou. É uma típica "Treppenwitz" ("piada de escadaria"), expressão originada diretamente do francês "esprit d'escalier", aquele comentário espirituoso que só ocorre ao convidado quando ele já vai descendo as escadas.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
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Modelo com Síndrome de Down mostra coleção na Fashion Week