Principais notícias sobre a pandemia de coronavírus (02/05)
2 de maio de 2020Resumo deste sábado (02/05):
- Mundo tem mais de 3,4 milhões de casos confirmados e 242 mil mortes
- Brasil tem 91.589 casos e 6.329 mortes (dados de 18h30 do Ministério da Saúde)
- Tribunal suspende ordem para entrega de exames de Bolsonaro
- Pandemia só será superada se países se unirem, diz Merkel
- Quase 3 mil em quarentena a bordo de cruzeiro alemão
- Espanhóis voltam a se exercitar ao ar livre após sete semanas de confinamento
Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:
16:15 – Suspensa ordem para Bolsonaro entregar exames
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspendeu a ordem que obrigava a Advocacia Geral da União (AGU) a entregar neste sábado os laudos dos exames de coronavírus do presidente Jair Bolsonaro. A desembargadora Monica Nobre atendeu a um recurso da AGU, dando prazo de cinco dias para que o caso seja analisado e ocorra uma definição sobre a entrega ou não dos exames. A AGU argumenta não haver obrigação legal de fornecer os laudos.
15:45 – Von der Leyen: "Vacina deve ser para todos"
Em entrevista à DW, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que uma futura vacina da covid-19 seja distribuída "em todos os cantos do mundo, por um preço justo e acessível". Ela enfatizou a importância de uma resposta concertada à crise, em nível mundial, já que o coronavírus "não conhece fronteiras, nem nacionalidades", e serão necessários "zilhões" de doses do medicamento preventivo a ser desenvolvido.
Na segunda-feira (04/05), Von der Leyen encabeça uma conferência entre a União Europeia, parceiros e doadores, num esforço para angariar 7,5 bilhões de euros para o desenvolvimento e testes da vacina.
15:30 – Áustria reabre comércio
O governo austríaco liberou o funcionamento de todos os estabelecimentos de varejo, independente do tamanho. Há cerda de duas semanas está permitida a abertura de lojas pequenas e de ferragens, assim como centros de jardinagem. Restaurantes deverão voltar a servir em 15 de maio, seguidos pelos hotéis, no fim do mês.
As medidas de distanciamento social serão mantidas, assim como a obrigação de usar máscaras sanitárias no comércio e nos transportes públicos. Até o momento, houve quase 16 mil casos confirmados de covid-19 na Áustria, com cerca de 600 mortes.
15:00 – Prateleiras vazias nos supermercados: culpa dos jovens
Pesquisa realizada com mil cidadãos da Alemanha mostra que quem mais estoca produtos alimentícios, papel higiênico, sabão e remédios na crise do coronavírus tem entre 18 e 29 anos. Nível educacional e salarial são também relevantes para o comportamento.Leia a reportagem completa
13:00 – Boris Johnson batiza filho com nome dos médicos "que salvaram sua vida"
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e sua noiva, Carrie Symonds, homenagearam dois médicos que cuidaram do chefe de governo durante sua internação em decorrência da covid-19, dando a seu filho recém-nascido o mesmo nome dos profissionais. O bebê, que também recebeu os nomes dos avós do casal, se chamará Wilfred Lawrie Nicholas Johnson.
Em publicação no Instagram neste sábado, Symonds, de 32 anos, afirmou que os doutores Nicholas Price e Nicholas Hart foram "os dois médicos que salvaram a vida de Boris no mês passado" enquanto ele estava hospitalizado na UTI do Hospital St. Thomas, em Londres.
Johnson, de 55 anos, voltou ao trabalho há alguns dias, após ter ficado doente por semanas com a doença infecciosa. O bebê nasceu em 29 de abril no University College Hospital.
12:45 – França planeja estender estado de emergência até fim de julho
O governo francês planeja prolongar o estado de emergência em vigor no país por mais dois meses, até 24 de julho. O ministro da Saúde, Olivier Veran, anunciou a decisão após uma reunião de gabinete. A proposta será colocada em debate no Parlamento na segunda-feira.
Encerrar o estado de emergência, em vigor desde 24 de março, nesta fase da pandemia de coronavírus "seria prematuro" e traria o risco de uma intensificação nos contágios, afirmou Veran.
Apesar da extensão, a França está começando a relaxar algumas de suas medidas de contenção. A partir de 11 de maio, o uso de máscaras será obrigatório em todos os transportes públicos, e os negócios poderão reabrir suas portas.
O país é um dos mais atingidos do mundo, somando 167 mil casos confirmados e mais de 24 mil mortes, segundo a contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.
12:30 – Bolsonaro gera aglomeração em posto de gasolina em Goiás
O presidente Jair Bolsonaro voltou a cumprimentar apoiadores e comerciantes e a gerar aglomerações neste sábado (02/05) ao visitar um posto de gasolina perto da cidade goiana de Cristalina. Ele estava de máscara, assim como a maioria das pessoas em sua volta, mas imagens mostram que tanto o mandatário como a população tiravam os itens para fazer fotos ou conversar.
Tais passeios e aglomerações, que contrariam as orientações de especialistas e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter o avanço do coronavírus, têm se tornado frequentes por parte do presidente, que defende o fim do isolamento social e o retorno da população ao trabalho.
Em relação às máscaras, autoridades sanitárias advertem que pessoas que estiverem usando esses itens não devem tocá-los nem puxá-los para cima ou para baixo durante o uso. Em caso de toques acidentais, deve-se lavar as mãos imediatamente.
Além disso, segundo especialistas, tocar boca, olhos e nariz é uma das principais formas de ser infectado e de propagar o vírus. Em certo momento neste sábado, Bolsonaro chegou a passar a mão no nariz e depois cumprimentou apoiadores com a mesma mão.
12:00 – Em tempos de pandemia, papa pede que governantes deixem de lado suas diferenças
O papa Francisco pediu neste sábado aos governantes de países, estados e municípios que demonstrem unidade e deixem de lado suas diferenças a fim de ajudar seus povos a superar a atual crise causada pela pandemia de covid-19.
"Oramos hoje pelos governantes que têm a responsabilidade de cuidar dos seus povos nestes tempos de crise", disse Francisco na missa que realiza diariamente na capela de sua residência, a Casa Santa Marta do Vaticano.
O papa afirmou que orava pelos "chefes de Estado, chefes de governo, legisladores, prefeitos e governadores para que o Senhor os ajude e lhes dê força, porque o seu trabalho não é fácil". Também "para que, quando houver diferenças, entendam que, em momentos de crise, devem estar muito unidos pelo bem do povo, porque a unidade é superior ao conflito."
Na oração, ele lembrou ainda um ditado de seu país natal, a Argentina, que diz que, "quando você andar a cavalo e precisar atravessar um rio, por favor, não troque de cavalo no meio do rio", para explicar que, em momentos de crise, a pessoa deve ser muito firme na sua convicção da fé.
11:15 – Mortes nos EUA passam de 65 mil
O número de mortos por coronavírus nos Estados Unidos passou de 65 mil neste sábado, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins. O país soma ainda 1,1 milhão de casos confirmados, o que corresponde a um terço das infecções de todo o mundo.
O estado de Nova York é o epicentro da pandemia no país, com mais de 300 mil casos e 23 mil mortes. Somente a cidade de Nova York já registra mais de 18 mil vítimas.
Medidas de isolamento social foram implementadas em níveis de rigor variados em diferentes regiões, e muitos estados americanos começaram a relaxar suas restrições à vida pública na última semana. As diretrizes federais sobre distanciamento social expiraram em 30 de abril.
O presidente Donald Trump enfatizou a importância de se retomarem as atividades econômicas, preocupado com as consequências de uma quarentena prolongada. Grupos conservadores e empresários pressionam o presidente a se concentrar na reabertura econômica, em vez de no aumento de testes, para o bem da economia americana.
Ao menos 6,2 milhões de pessoas foram testadas até agora, enquanto Trump prometeu que os EUA testarão 5 milhões de pessoas por dia "muito em breve".
10:10 – Estado alemão é o primeiro a afrouxar restrições de contato social
A Saxônia-Anhalt se tornou o primeiro estado alemão a relaxar as restrições de contato social, passando a permitir que seus habitantes se encontrem em grupos de até cinco pessoas a partir de segunda-feira. Há seis semanas, a Alemanha proíbe reuniões de mais de duas pessoas em espaços públicos (a não ser que sejam moradores da mesma residência).
O governo estadual anunciou a mudança neste sábado, apesar de Berlim ter afirmado ao longo da semana que as medidas de restrição de contato pessoal permanecerão por enquanto.
A partir de segunda-feira, os habitantes da Saxônia-Anhalt também não precisarão mais ter um motivo específico para sair de casa, e todas as lojas de varejo poderão reabrir, independentemente da área de vendas. Porém, segue obrigatório o uso de máscaras no transporte público e nas lojas.
"Além de proteger a saúde da população, também é necessário que gradualmente retornemos à vida social e econômica normal", afirmou o governador da Saxônia-Anhalt, Reiner Haseloff.
O estado tem taxas razoavelmente baixas de infecção em comparação com outras regiões da Alemanha. Até agora, quase 1.600 casos foram confirmados ali, com poucas infecções registradas a cada dia. Em todo o país, o coronavírus infectou mais de 164 mil pessoas e matou 6,7 mil.
09:10 – Pandemia só será superada se países se unirem, afirma Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, fez um apelo neste sábado para que haja mais cooperação internacional no desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus e na garantia de que ela seja disponibilizada a todas as pessoas.
"É uma das tarefas mais importantes para salvar milhões de vidas", afirmou a chefe de governo alemã durante seu pronunciamento semanal em vídeo. "Hoje ainda faltam 8 bilhões de euros para o desenvolvimento de uma vacina."
Sem especificar um valor, Merkel disse que Berlim fará "uma contribuição financeira significativa" para ajudar nesses esforços, durante uma conferência internacional de doadores que será realizada na Alemanha na próxima segunda-feira.
"A Alemanha está assumindo essa responsabilidade, e é por isso que também garantiremos que, uma vez desenvolvida a vacina, ela beneficiará todas as pessoas", disse a chanceler federal. "Somente através de ações conjuntas, internacionais e multilaterais, podemos superar essa pandemia."
08:35 – EUA autorizam uso de remédio experimental contra coronavírus
O governo dos Estados Unidos autorizou o uso do medicamento antiviral Remdesivir para tratar pacientes com covid-19 em estado grave, embora a própria fabricante do remédio, a Gilead Sciences, reconheça que ainda não foram comprovadas segurança e eficácia do tratamento.
O presidente Donald Trump anunciou na sexta-feira que a droga recebeu uma "liberação de emergência" da Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês), agência governamental que aprova o uso de produtos de saúde pública.
Após a aprovação pelos americanos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai se reunir nos próximos dias com a Gilead para "verificar o interesse e a viabilidade do fornecimento" do Remdesivir no Brasil.
"A Anvisa está em contato com a Gilead, empresa que fabrica o Remdesivir no exterior, a fim de acompanhar a evolução dos estudos do medicamento para o tratamento da covid-19", disse a agência em comunicado.
07:30 – Espanhóis voltam a se exercitar ao ar livre após sete semanas de confinamento
Os moradores da Espanha estão saindo de casa para se exercitar pela primeira vez em sete semanas, como parte do alívio das medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus. Corredores e ciclistas encheram os bulevares em Barcelona e Madri na manhã deste sábado, após a decisão do governo de suspender a proibição de atividades recreativas ao ar livre.
A partir de agora, exercícios fora de casa são permitidos em horários específicos dependendo da faixa etária. A maioria dos adultos pode caminhar ou praticar esportes entre 6h e 10h da manhã, e entre 20h e 23h.
A Espanha impôs uma quarentena rigorosa em todo seu território em meados de março, permitindo apenas que as pessoas deixassem suas casas para comprar alimentos ou remédios. O país está entre os mais afetados pela pandemia de covid-19, com mais de 213 mil casos e 24 mil mortes.
Após uma queda na taxa de infecção, o governo decidiu relaxar gradualmente as medidas de contenção. No fim de semana passado, após seis semanas de isolamento estrito, crianças com menos de 14 anos de idade foram autorizadas a sair para caminhadas de uma hora por dia, acompanhadas de um parente, a uma distância máxima de um quilômetro de suas casas.
06:30 – Trump diz que mortes nos EUA não devem passar de 100 mil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que espera que o número total de mortes por coronavírus no país seja inferior a 100 mil, mesmo reconhecendo a cifra como "um número horrível". Até o momento, mais de 1,1 milhão de infecções foram registradas nos EUA, com 65 mil mortes.
05:30 – Quase 3 mil em quarentena a bordo de cruzeiro alemão
Quase 3 mil tripulantes de um navio de cruzeiro pertencente à empresa de turismo alemã TUI foram colocados em quarentena a bordo da embarcação depois de uma pessoa ter sido diagnosticada com covid-19, informou a companhia de viagens.
Quinze tripulantes do Mein Schiff 3 foram testados após apresentarem sintomas leves de gripe. Um deles acabou recebendo resultado positivo.
Segundo a TUI, todos os 2.899 tripulantes permanecerão em quarentena dentro no navio, atracado no porto de Cuxhaven, na costa alemã do Mar do Norte, até novo aviso. A embarcação não tinha passageiros a bordo, acrescentou a empresa.
Resumo dos principais acontecimentos de sexta-feira (01/05):
- Brasil chega a 91.589 casos e 6.329 mortes, segundo Ministério da Saúde
- OMS confirma origem natural do coronavírus
- Bolsonaro afirma que pode ter contraído covid-19 sem apresentar sintomas
- Pequim reabre parques e atrações turísticas
- Japão estende estado de emergência por mais um mês
- Índia prolonga quarentena obrigatória
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