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Principais notícias sobre a pandemia de coronavírus (03/05)

3 de maio de 2020

Brasil ultrapassa 100 mil casos. Rússia tem mais de 10 mil novos contágios. Espanha e Itália têm menor número de mortes desde março. Johnson: governo britânico chegou a elaborar estratégia para o caso de ele morrer.

Cena de hospital em Moscou
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/T. Makeyeva

Resumo deste domingo (03/05):

  • Mundo tem quase 3,5 milhões de casos confirmados e 246 mil mortes
  • Brasil tem 101.147 casos e 7.025 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Espanha e Itália têm menor número diário de mortes desde março
  • Johnson diz que governo britânico chegou a elaborar estratégia caso ele morresse
  • DW premia jornalistas perseguidos por informar sobre a pandemia

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

18:05 – Brasil ultrapassa 100 mil casos de covid-19

O Ministério da Saúde brasileiro divulgou neste domingo 101.147 casos confirmados da doença causada pelo coronavírus, um acréscimo de 4.588 em relação à véspera; 275 óbitos adicionais elevaram o total para 7.025, representando uma taxa de letalidade de 6,9% no país.

18:00 – Mais de 10 mil novos contágios na Rússia

A Rússia registrou neste domingo 10.633 novos casos de covid-19, a maior marca desde o início da pandemia no país, elevando o total para 134.687. As autoridades registraram também 58 óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 1.280.

De acordo com os dados oficiais, o número de casos duplicou nos últimos dez dias, enquanto no mesmo período quadruplicou a quantidade de pacientes recuperados, alcançando 16.639.

Moscou, com pouco mais de 12,6 milhões de habitantes, segue sendo o principal foco de infecção do país, com mais da metade dos casos confirmados (68.606) e das mortes (729).

Médicos testam cidadãos para coronavírus em MoscouFoto: Getty Images/AFP/V. Maximov

16:00 – Vacina pode levar anos para ficar pronta, diz ministro alemão

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, advertiu que a corrida mundial por uma vacina contra a covid-19 poderá durar anos. Apesar de alguns passos iniciais promissores, o desenvolvimento de uma vacina é "um dos maiores desafios" da medicina, comentou à emissora de TV de direito público ARD.

"Eu ficaria feliz se houvesse sucesso em alguns meses", porém convém manter-se realista, advertiu: "Pode também levar anos, porque, claro, pode haver retrocessos, como vimos com outras vacinas."

Nesta segunda-feira (04/05) realiza-se uma conferência de doadores internacionais, visando gerar 7,5 bilhões de euros para o desenvolvimento de tratamentos e uma vacina contra o coronavírus.

Leia entrevista com presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a conferência

15:00 – Instituto alemão: desinfecção de máscaras a 70 ºC não basta

Contrariando suas próprias indicações anteriores, um instituto alemão de saúde informa que a aplicação de calor seco a 65-70 ºC por 30 minutos não basta para desinfetar e tornar reutilizáveis as máscaras de proteção contaminadas com o coronavírus.

Para uma "desativação dos vírus, com simultânea preservação da integridade da máscara", possivelmente é necessária uma descontaminação com calor seco a 90 ºC por 90 minutos, informou o Instituto Federal de Medicamentos e Produtos Medicinais (BfArM).

Segundo seu porta-voz, essa correção se baseia nas "mais recentes constatações e dados sobre diversos procedimentos de reciclagem, e em sua própria investigação científica". No entanto ainda não estão concluídas todas as pesquisas. O BfArM frisou que o Ministério da Saúde da Alemanha está informado sobre os dados atualizados desde 24 de abril.

13:30 – Itália tem menor número diário de mortes desde 10 de março

A Itália registrou 174 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, uma queda drástica em relação ao número de mortos no dia anterior, 474. Os dados sobre vítimas deste domingo, divulgados pelas autoridades italianas, são os mais baixos desde 10 de março.

O número de novos casos da doença foi de 1.389, também abaixo dos 1.900 registrados no sábado. Ao todo, o país soma mais de 210 mil infecções e 28.884 mortes – ficando atrás apenas dos Estados Unidos em número de óbitos.

Em meio à queda na taxa de contágios, a Itália se prepara para relaxar gradualmente sua quarentena de oito semanas – a mais longa da Europa – a partir de segunda-feira.

13:00 – Ministro da Saúde vai a Manaus

O ministro da Saúde, Nelson Teich, e o secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, embarcam na tarde deste domingo para Manaus. Na capital amazonense, eles se reúnem ainda hoje com o governador do estado, Wilson Lima, e com o prefeito Arthur Virgílio.

Nesta segunda-feira, eles devem visitar alguns serviços de saúde, como o Hospital Delphina Rinaldi Abdel Azir, o Hospital de Campanha Municipal e o Hospital de Retaguarda Nilton Lins. Na agenda também está prevista visita às instalações do Comando Militar da Amazônia.

Em seu Twitter, o ministro disse que vai acompanhar de perto a situação do estado, que está entre os com maior incidência do novo coronavírus no país.

Segundo boletim divulgado neste sábado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o Amazonas registrou mais 339 casos confirmados da doença, totalizando 6.062 infecções no estado. O número de mortes subiu para 501.

12:00 – Tailândia tem apenas três casos em 24 horas e inicia reabertura do país

Moradores da capital tailandesa, Bangkok, desfrutaram de parques e restaurantes, reservaram cortes de cabelo e estocaram cerveja e outras bebidas alcoólicas neste domingo, primeiro dia do alívio das medidas de restrição impostas semanas atrás para conter a pandemia de coronavírus.

Os restaurantes, por exemplo, limitados a serviços de entrega desde meados de março, puderam reabrir suas portas, mas com medidas estritas de distanciamento social, higiene e circulação de ar.

Também houve um relaxamento parcial na venda de álcool, proibida desde 10 de abril. Os tailandeses já podem comprar bebidas novamente, mas apenas para levar para casa. Os bares seguem fechados.

A Tailândia registrou apenas três novos casos confirmados de coronavírus neste domingo, elevando o total para 2.969 infecções, além de 54 mortes.

Foto: Getty Images/AFP/M. Antonov

10:55 – Johnson diz que governo chegou a elaborar estratégia para caso ele morresse

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou em entrevista publicada neste domingo – a primeira depois de sua internação por covid-19 – que a piora no seu estado de saúde levou o governo britânico a montar um plano de ação para caso ele morresse.

"Foi um momento muito duro, não vou negar. Tinham uma estratégia para lidar com um cenário do tipo morte de [Josef] Stalin", disse o chefe de governo, em referência ao antigo líder da União Soviética, ao The Sun on Sunday.

Johnson, de 55 anos, esteve internado por três dias na unidade de terapia intensiva do hospital St. Thomas, em Londres, onde recebeu "litros e litros de oxigênio", como ele próprio relatou na entrevista. "Eu não estava em uma forma particularmente brilhante e era consciente de que tinham feito planos de contingência", disse o líder conservador.

Na conversa, Johnson admitiu que demorou para reconhecer a gravidade dos sintomas que apresentava e que não queria ir para um hospital.

"Não me parecia um bom movimento, mas foram muito inflexíveis. Olhando para trás, fizeram o correto me obrigando a ir. Os malditos indicadores continuavam indo em má direção e pensei: 'Não há medicina para isso, não tem cura.' Nesse momento, pensei: 'Como vou sair dessa?'", relatou.

Ele disse ainda que só entendeu a gravidade da situação quando foi transferido para a unidade de terapia intensiva e sentia dores por todo o corpo. "Estava todo quebrado. Nunca tinha enfrentado algo tão sério quanto isso", relembrou.

Johnson voltou há poucos dias ao gabinete de Downing Street, onde estabelece os planos de contenção do novo coronavírus e elabora um plano de relaxamento de medidas. O Reino Unido já registrou mais de 183 mil casos e 28 mil mortes por covid-19.

Foto: picture-alliance/dpa/PA Wire/L. Neal

09:50 – Ministro alemão apoia retorno dos jogos da Bundesliga em maio

O ministro do Interior e dos Esportes da Alemanha, Horst Seehofer, disse ser favorável aos desejos da Liga Alemã de Futebol (DFL) de retomar os jogos da Bundesliga neste mês, apesar das preocupações com a pandemia. "Acho plausível o cronograma proposto pela liga alemã e apoio o reinício em maio", afirmou Seehofer em entrevista ao jornal Bild am Sonntag neste domingo.

A DFL quer retomar a temporada nas próximas semanas, realizando partidas a portões fechados e sob condições estritas de higiene. Se o plano for adiante, será o primeiro campeonato de futebol europeu a dar esse passo.

Seehofer disse que os times de futebol estariam sujeitos às mesmas regras que o resto da população e não receberiam nenhum privilégio especial na realização de exames para coronavírus.

"Se houver um caso de coronavírus em uma equipe ou em sua administração, o clube como um todo – e, eventualmente, também o clube contra o qual jogou pela última vez – deverá entrar em quarentena por duas semanas", afirmou o ministro. As autoridades alemãs devem se reunir na próxima semana para discutir o assunto.

09:20 – Senado aprova pacote de R$ 125 bilhões de socorro a estados e municípios

O Senado aprovou na noite de sábado, em sessão virtual, um pacote de R$ 125 bilhões em auxílio financeiro a estados e municípios no combate à pandemia de coronavírus. O texto segue agora para a Câmara dos Deputados e, se houver mudanças, volta para o Senado. Após passar pelas duas Casas do Congresso, o pacote é encaminhado para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a Agência Senado, o chamado Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020) vai direcionar R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais, sendo R$ 10 bilhões exclusivamente para ações de saúde e assistência social (R$ 7 bi para os estados e R$ 3 bi para os municípios) e R$ 50 bilhões para uso livre (R$ 30 bi para os estados e R$ 20 bi para os municípios).

Além disso, o Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, em função de não participar do rateio entre os municípios. Esse valor também será remetido em quatro parcelas.

Além dos repasses, os estados e municípios serão beneficiados com a liberação de R$ 49 bilhões através da suspensão e renegociação de dívidas com a União e com bancos públicos, e de outros R$ 10,6 bilhões pela renegociação de empréstimos com organismos internacionais.

Os municípios serão beneficiados, ainda, com a suspensão do pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o final do ano. Essa medida foi acrescentada ao texto durante a votação, por meio de emenda, e deverá representar um alívio de R$ 5,6 bilhões nas contas das prefeituras.

Outra alteração realizada no Senado, com aval do governo federal, foi a garantia de que os servidores públicos que atuam diretamente no combate ao vírus não sejam atingidos pelo congelamento de benefícios.

08:25 – Rússia registra mais de 10 mil novos casos em 24 horas

A Rússia registrou neste domingo seu maior salto diário de infecções por coronavírus, com 10.633 novos casos confirmados em 24 horas. É o maior número diário de novos contágios registrado em qualquer país europeu atualmente. 

Segundo as autoridades de saúde russas, 134.686 pessoas já foram diagnosticadas com covid-19, e 1.280 pacientes morreram desde o início do surto, sendo 58 mortes registradas neste domingo.

Embora os casos no país de 145 milhões de habitantes estejam aumentando constantemente, a taxa de mortalidade divulgada oficialmente é baixa em comparação com outros países, como Itália, Espanha e Estados Unidos. O Brasil, por exemplo, tem 96.559 casos e 6.750 mortes.

Diante disso, o governo russo sugeriu que as medidas de contenção podem começar a ser suspensas a partir de 12 de maio, dependendo da situação em cada região. O presidente Vladimir Putin disse que a situação continua "muito difícil".

Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/T. Makeyeva

07:30 – DW premia jornalistas perseguidos por informar sobre a pandemia

A DW distingue neste ano, com o Prêmio Liberdade de Expressão (Freedom of Speech Award), mais de uma dezena de jornalistas pelo seu trabalho durante a crise do novo coronavírus.

As premiadas e os premiados de quatro continentes representam todos os profissionais de mídia do mundo que, em condições adversas, divulgam informações imparciais sobre o novo coronavírus e sua propagação.

"Em tempos de uma crise global de saúde, o jornalismo tem uma função essencial, e cada jornalista carrega uma grande responsabilidade", disse o diretor-geral da DW, Peter Limbourg, durante o anúncio dos vencedores, em Berlim.

"Cidadãos de todos os países têm o direito de receber informações baseadas em fatos e resultados independentes. Todas as formas de censura podem custar vidas! Tentativas de criminalizar a cobertura jornalística sobre a atual situação ferem claramente a liberdade de expressão", disse Limbourg.

Leia a reportagem completa

06:30 – Espanha tem menor número diário de mortes desde 18 de março

A Espanha registrou 164 mortes por coronavírus em 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados neste domingo. O número é o mais baixo desde 18 de março. O total de vítimas chega agora a 25.264. O país registrou ainda menos de mil novos casos de infecção, passando de 216.582 infectados no sábado para 217.466 neste domingo.

Foto: picture-alliance/AA/B. Akbulut

05:30 – EUA têm 1.435 mortes em 24 horas

Os Estados Unidos registraram 1.435 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins divulgados na noite de sábado. O aumento é de 2% em relação ao dia anterior. O total de vítimas no país já passa de 66 mil, enquanto o número de casos confirmados supera 1,1 milhão de pessoas. Com epicentro no estado de Nova York, os EUA são a nação mais afetada pela pandemia em números absolutos.

Resumo dos principais acontecimentos de sábado (02/05):

  • Brasil chega a 96.559 casos e 6.750 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Tribunal suspende ordem para entrega de exames de Bolsonaro
  • Bolsonaro gera aglomeração em posto de gasolina em Goiás
  • Pandemia só será superada se países se unirem, diz Merkel
  • Quase 3 mil em quarentena a bordo de cruzeiro alemão
  • Áustria reabre comércio
  • Espanhóis voltam a se exercitar ao ar livre após sete semanas de confinamento

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