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Principais notícias sobre a pandemia de coronavírus (15/06)

16 de junho de 2020

Brasil tem 20 mil casos e 627 mortes em 24 horas. Com cautela, Europa reabre as fronteiras. China tenta conter novo surto em Pequim. EUA revogam autorização para uso de hidroxicloroquina. Oscar 2021 é adiado para abril.

Praias francesas aguardam chegada de turistas de outros países da União Europeia
Praias francesas aguardam chegada de turistas de outros países da União Europeia Foto: Reuters/P. Rossignol

Resumo desta segunda-feira (15/06):

  • Mundo tem 7,9 milhões de casos, 434 mil mortes e 3,8 milhões de recuperados
  • Brasil tem 888.271 casos confirmados e 43.959 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Com cautela, Europa reabre fronteiras
  • EUA revogam autorização para uso de hidroxicloroquina contra covid-19
  • Brasil amplia orientações de uso da cloroquina
  • China tenta conter novo surto em Pequim
  • Oscar 2021 é adiado para abril

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

21:00 – Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (15/06) que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença.

O anúncio ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos revogaram sua autorização para o uso emergencial dos fármacos no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.

Em coletiva de imprensa, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, informou que o governo vai reeditar sua primeira nota técnica sobre o uso da cloroquina contra a covid-19, para incluir orientações e doses de prescrição para profissionais de saúde que quiserem receitar a cloroquina para crianças e grávidas desde o primeiro dia de sintomas.

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19:00 – Brasil tem mais de 20 mil casos e 627 mortes em 24 horas

O Brasil registrou 20.647 novos casos confirmados de coronavírus e 627 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira.

O total de casos no país chega agora a 888.271, e as mortes somam 43.959. O Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos. O total de pacientes recuperados é de 412.252, segundo o Ministério da Saúde.

Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar os números brasileiros, afirmando que eles "não condizem com a realidade" do país. Em entrevista à BandNews TV, ele disse que o governo "não tem informações que qualquer pessoa tenha falecido por falta de UTI ou de respiradores", além de pôr em dúvida as notificações das mortes.

"Temos informações do Brasil todo de muita gente que falece de várias comorbidades e, entre elas, a covid, e entra na estatística como covid apenas. Isso não ajuda para que tenhamos uma numeração perfeita do que acontece, para que possamos tomar outras iniciativas", declarou.

18:00 – Oscar 2021 é adiado para abril

A cerimônia do Oscar em 2021 foi adiada devido aos impactos da pandemia de coronavírus na indústria do cinema. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta segunda-feira que a entrega dos prêmios será em 25 de abril, e não mais em 28 de fevereiro.

Os indicados serão anunciados em 15 de março, e a data de elegibilidade para que os filmes concorram também foi prolongada: poderão entrar no páreo produções lançadas entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. 

É a quarta vez na história em que a cerimônia do Oscar é adiada. Em 1938, o evento foi atrasado em uma semana devido a inundações em Los Angeles. Três décadas mais tarde, a cerimônia foi adiada por dois dias após o assassinato de Martin Luther King Jr. E em 1981, foi atrasada em 24 horas após a tentativa de assassinato do presidente Ronald Reagan.

16:30 – EUA revogam autorização para uso de hidroxicloroquina contra covid-19

A Food and Drug Administration (FDA), agência do governo dos EUA que regulamenta o uso de medicamentos no país, revogou nesta segunda-feira (15/06) sua autorização para o uso emergencial da cloroquina e de seu derivado hidroxicloroquina no tratamento da covid-19.

Com base em novas evidências, a FDA afirmou não ser mais "razoável" acreditar que os medicamentos podem ser eficazes contra a doença causada pelo novo coronavírus. 

"Também não é razoável acreditar que os benefícios conhecidos e potenciais desses produtos superem seu risco conhecido e potencial", afirmou Denise Hinton, cientista-chefe da FDA.

A autorização do uso emergencial foi vista como um passo intermediário antes da aprovação definitiva e abriu caminho para que os medicamentos fossem doados de um estoque nacional a hospitais para combater a covid-19.

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13:15 – Alemanha oferece auxílio financeiro para estudantes afetados pela pandemia

A partir desta terça-feira (15/06), estudantes universitários na Alemanha que enfrentam dificuldades financeiras devido à crise do coronavírus poderão requisitar um auxílio do governo federal de até 500 euros mensais.

Segundo um levantamento da Rede Alemã de Estudantes (DSW, na sigla em alemão), cerca de dois terços dos alunos do ensino superior na Alemanha trabalham para financiar os estudos.

Com a crise, muitos ficaram desempregados – por exemplo, os que trabalham em restaurantes e bares, que tiveram que fechar suas portas durante semanas. Nos últimos três meses, estudantes em várias cidades do país chamaram atenção para sua situação por meio de protestos. 

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12:00 – Holanda presenteia hospital alemão com 4 mil arenques crus em agradecimento

O governo da Holanda presenteou o Hospital Universitário de Münster, no oeste da Alemanha, com 4 mil arenques crus, prato típico do país, em agradecimento por terem recebido e tratado pacientes holandeses diagnosticados com covid-19.

Desde o início de abril, o hospital coordenou a internação de pacientes holandeses em estado grave. Ao todo, 58 holandeses foram internados em hospitais alemães, 49 deles só no estado da Renânia do Norte-Vestfália. Nove pacientes morreram, todos os outros se recuperaram.

"Não somos apenas vizinhos, mas amigos. E amigos se ajudam em tempos de emergência", disse o secretário de Saúde da Renânia do Norte-Vestfália, Karl-Josef Laumann, durante a cerimônia de entrega dos presentes.

Cerimônia em Münster seguiu regra de distanciamento socialFoto: picture-alliance/dpa/G. Kirchner

10:25 – Pandemia acelera derretimento da imagem do Brasil na Europa

Se desde que tomou posse o presidente Jair Bolsonaro já vinha contribuindo para um derretimento da imagem do Brasil na Europa, sendo criticado por ameaçar a democracia e o meio ambiente, a maneira como vem lidando com a pandemia de covid-19 vem acelerando vertiginosamente esse processo de deterioração da reputação brasileira.

"A imagem positiva acabou", afirma Friedrich Prot von Kunow, presidente da Sociedade Brasil-Alemanha (DBG, na sigla em alemão) e que foi embaixador no Brasil entre 2004 e 2009. Atualmente, o diplomata não vê progressos sociais no Brasil, mas sim um cenário catastrófico. "Do ponto de vista alemão, uma personalidade como Bolsonaro é inconcebível. Pessoalmente, tenho dificuldade em lidar com isso."

Desde o início do governo Bolsonaro, editoriais dos principais jornais europeus vêm denunciando ameaças à democracia no Brasil. No último dia 7 de junho, o britânico Financial Times afirmou que, em meio à crise provocada pelo coronavírus e à queda na popularidade de Bolsonaro, "os brasileiros estão preocupados com a possibilidade de o presidente estar tentando provocar uma crise entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário para justificar uma intervenção militar".

Apesar de afirmar ser improvável que as Forças Armadas apoiem um golpe militar, o jornal aponta: "Outros países devem tomar nota: os riscos para a maior democracia da América Latina são reais, e estão aumentando."

Em meados de maio, foi a vez do jornal francês Le Monde, que escreveu que o governo brasileiro adotara uma via "extremamente perigosa" e que a postura do presidente causa "caos na saúde e semeia a morte". Para o diário, "há algo de podre" no país. "O Brasil de Bolsonaro habita um mundo paralelo", dizia o texto.

   Leia a reportagem completa

7:17 Pequim tenta conter novo surto

Um novo surto de covid-19 em Pequim nos últimos dias levou ao fechamento de vários bairros da cidade, com a realização de milhares de testes na população e a imposição de controles de segurança e o fechamento de escolas nesta segunda-feira (15/06). Foram detectados 79 novos casos da doença, todos associados a mercados de alimentos na capital chinesa.

Depois de dois meses sem o registro de novas infecções no país onde surgiu a pandemia de covid-19 em dezembro do ano passado, a doença era considerada como amplamente controlada até a detecção dos novos casos em Pequim na semana passada.

Nesta segunda-feira, as autoridades registraram 40 novos casos em todo o país, 36 deles na capital. O ressurgimento do coronavírus gerou uma nova onda de incertezas sobre a cidade que abriga as sedes de várias corporações de grande porte, enquanto o país ainda tenta superar os efeitos da crise gerada pela doença. 

O núcleo de contaminação surgido no mercado de Xinfadi, no sul da cidade, alimentou temores de uma segunda onda da doença. "O risco de uma disseminação epidêmica é bastante alto", afirmou um porta-voz do governo local ao justificar as medidas para conter o vírus.

No mercado de Xinfadi circulam diariamente toneladas de vegetais, frutas e carnes. O local é composto por um complexo de armazéns e centros de vendas que se espalham por uma área equivalente a 160 campos de futebol, e é 20 vezes maior do que o mercado de Wuhan, identificado como ponto de origem do primeiro surto da doença.

O coronavírus também foi detectado no mercado Yuquandong, no distrito de Haidian, no noroeste da capital, onde ao menos uma pessoa infectada teria conexão com o mercado de Xinfadi. O local também foi interditado, assim com as escolas próximas. Os moradores de dez conjuntos habitacionais na região foram proibidos de deixarem suas casas.

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05:56 – Em meio a incertezas, Europa reabre fronteiras

As fronteiras da União Europeia foram reabertas nesta segunda-feira (15/06), após três meses de fechamentos forçados pela pandemia de covid-19, iniciados no mês de março. Algumas restrições, porém, ainda permanecem no bloco, que seguirá fechado para visitantes de países onde o vírus está fora de controle, como Brasil e Estados Unidos. 

Os controles de fronteira foram removidos pela maior parte dos países, puxados por Alemanha, Bélgica e França. A Itália, um dos países mais atingidos pelo coronavírus no continente, já havia tomado essa decisão há duas semanas.

A abertura foi adotada pelos Estados-membros da União Europeia (UE) e os países que integram o espaço Schengen, a zona de livre-movimentação, mas não estão no bloco, como Islândia e Suíça.

"É o momento de virarmos a página do primeiro capítulo da crise e redescobrir nosso gosto pela liberdade", disse o presidente francês, Emmanuel Macron. "Isso não significa que o vírus desapareceu e que podemos baixar totalmente a guarda. O verão de 2020 será um verão como nenhum outro."

Na Europa, ainda prevalece a cautela, após as 182 mil mortes ocorridas em razão da pandemia. O continente registrou mais de 2 milhões das quase 8 milhões de infecções em todo o globo, seguindo dados da Universidade Johns Hopkins. 

Entretanto, a necessidade de reavivar o setor do turismo é algo urgente para muitos países, como Espanha e Grécia, enquanto se multiplicam os graves efeitos econômicos da pandemia.

"Temos a pandemia sob controle, mas a abertura de nossas fronteiras é um momento crítico", alertou neste domingo o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que adiou a abertura de seu país para o dia 21 de junho. "A ameaça ainda é real. O vírus ainda está à solta", afirmou.

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Resumo deste domingo (14/06):

  • Brasil tem 867.624 casos confirmados e 43.332 mortes, segundo dados do Conass
  • Taxa de contágio do coronavírus volta a subir na Alemanha
  • China registra 57 novos casos de covid-19

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