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Assessor de segurança de Merkel vai visitar equipe de Trump

17 de dezembro de 2016

Encarregado de política externa e segurança na Chancelaria Federal em Berlim é crítico ferrenho da política de Moscou. Indicações de figuras associadas a Putin por Trump vêm causando apreensão entre aliados dos EUA.

Kombobild Merkel Trump 2016 (picture alliance )

Christoph Heusgen, principal assessor de política externa e segurança da chanceler federal alemã, Angela Merkel, viajará para os Estados Unidos a fim de conversar com membros do gabinete do presidente eleito Donald Trump, noticiou neste sábado (17/12) a revista Der Spiegel. Fontes governamentais indicaram que a viagem está marcada para o início da próxima semana.

Crítico severo do presidente russo, Vladimir Putin, Heusgen se encontrará em Nova York com o futuro assessor de Segurança Nacional americano Michael Flynn, entre outros. A Spiegel  salienta haver grande apreensão em Berlim quanto às ações de Trump e sua equipe de política externa após a posse, em 20 de janeiro.

Christoph Heusgen deverá tentar esclarecer pontos preocupantes no programa eleitoral de TrumpFoto: Reuters/A. Schmidt

Na Chancelaria Federal também seria grande a preocupação de que o bilionário eleito presidente vá ignorar as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia, em resposta às intervenções militares do país no leste da Ucrânia e à anexação da península da Crimeia. Tal decisão romperia a frente unida ocidental contra as agressões russas. Durante a cúpula da União Europeia em Bruxelas, nesta quinta-feira, os líderes europeus concordaram em estender as sanções até o fim de julho de 2017.

Outra fonte de preocupação são as afirmativas feitas por Trump, durante sua campanha eleitoral, de que sob sua presidência os EUA não defenderiam os aliados da Otan que não pagarem mais pela própria segurança. Além disso, acrescenta a revista alemã, há temores de que o novo presidente se distancie do posicionamento crítico de Barack Obama em relação ao governo israelense, rejeitando a solução de dois Estados para Israel e Palestina.

Trump despertou críticas internacionais e receios dos aliados mais próximos de Washington com seus recentes elogios a Putin e com a indicação de figuras pró-Moscou para seu gabinete. Tanto Flynn quanto o secretário de Estado indicado Rex Tillerson mantêm laços estreitos com o governo russo. Este último é presidente da multinacional ExxonMobil e recebeu de Putin em 2013 a Ordem da Amizade russa.

Em seguida à vitória de Trump, em novembro, Merkel declarou que faria "tudo para trabalhar bem com o novo presidente", contanto que a cooperação se baseie em "democracia, liberdade e direitos humanos em todo o mundo".

AV/ap,afp,dpa

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