Asteroide do tamanho de prédio passa entre a Terra e a Lua
25 de março de 2023
Grande o bastante para destruir uma metrópole, objeto ficará a um terço da distância até satélite terrestre. Passagem de corpo celeste dessa dimensão ocorre uma vez por década e serve de treino de defesa planetária.
Anúncio
Um asteroide com as dimensões de um prédio passa entre a Terra e a Lua neste sábado (25/03), num evento que ocorre uma vez em uma década e será usado como exercício de treinamento para os esforços de defesa planetária, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
O asteroide, chamado 2023 DZ2, com largura estimada em 40 a 90 metros, aproximadamente do tamanho do Parthenon, e grande o suficiente para destruir uma grande cidade se atingisse a Terra.
O ponto mais próximo de sua trajetória em relação ao planeta equivale a um terço da distância da Terra à Lua, a ser alcançado às 19:49 GMT (16h49, no horário de Brasília) deste sábado, conforme Richard Moissl, chefe do escritório de defesa planetária da ESA. Embora seja "muito próximo", não há com o que se preocupar, disse o especialista à agência de notícias AFP.
Uma vez a cada 10 anos
"Pequenos asteroides passam voando todos os dias, mas um desse tamanho chegando tão perto da Terra só acontece uma vez a cada 10 anos", acrescentou.
O asteroide passará a 175 mil quilômetros da Terra, a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora . A Lua está a aproximadamente 385 mil quilômetros de distância.
Asteroides representam um perigo para a Terra?
10:23
O corpo celeste foi detectado pela primeira vez em 27 de fevereiro por um observatório em La Palma, uma das Ilhas Canárias da Espanha.
Na semana passada, a Rede Internacional de Alerta de Asteroides, endossada pela ONU, decidiu que aproveitaria a aproximação do esteroide para realizar uma "caracterização rápida" do 2023 DZ2, conforme Moissl.
Análise
Assim, astrônomos de todo o mundo analisarão o asteroide com uma variedade de instrumentos, como espectrômetros e radares. "O objetivo é descobrir o quanto podemos aprender sobre esse asteroide em apenas uma semana", disse Moissl.
"Isso também servirá como treinamento para saber como a rede reage a uma ameaça possivelmente vindo em nossa direção no futuro", acrescentou.
Moissl informou que dados preliminares sugerem que o 2023 DZ2 é "um objeto cientificamente interessante", indicando que pode ser um tipo incomum de asteroide. Mas ele acrescentou que mais dados são necessários para determinar a composição do asteroide.
O 2023 DZ2 passará novamente pela Terra em 2026, mas não representa ameaça de impacto pelo menos nos próximos 100 anos – que é até onde sua trajetória foi calculada.
Anúncio
Defesa planetária
No início deste mês foi anunciado que um asteroide de tamanho semelhante, o 2023 DW, tem uma chance em 432 de atingir a Terra em 14 de fevereiro de 2046. Mas cálculos posteriores descartaram qualquer chance de impacto, que é o que normalmente acontece com asteroides recém-descobertos.
Moissl disse que agora se espera que o 2023 DW passe a cerca de 4,3 milhões de quilômetros de distância da Terra.
Mas mesmo que tal corpo celeste viesse em direção da Terra, o planeta não está mais tão indefeso. No ano passado, a espaçonave Dart da Nasa deliberadamente colidiu com o asteroide Dimorphos, do tamanho de uma pirâmide, desviando-o significativamente de seu curso, no primeiro teste desse tipo.
md (AFP, DPA, AP)
Imagens do telescópio espacial James Webb
O telescópio espacial James Webb está em atividade desde julho de 2022. As imagens produzidas pelo equipamento continuam maravilhando o mundo, ao mesmo tempo que ajudam a compreender melhor nosso universo.
Foto: NASA, ESA, CSA, K. Lawson (GSFC), J. Schlieder (GSFC), A. Pagan (STScI)
Discos de poeira de uma estrela anã vermelha
Um disco de poeira cósmica envolve a estrela anã vermelha AU Mic (marcada em branco), a 32 anos-luz da Terra. Os discos são continuamente abastecidos por colisões de aglomerados de poeira. As duas imagens foram tiradas usando diferentes comprimentos de onda. Na imagem azul, o disco parece ser mais curto, sugerindo que o material particulado espalha luz azul de comprimento de onda mais curto.
Foto: NASA, ESA, CSA, K. Lawson (GSFC), J. Schlieder (GSFC), A. Pagan (STScI)
Webb revela estrelas recém-nascidas antes encobertas
Os astrônomos se aprofundaram nos dados desta imagem infravermelha próxima da região de formação de estrelas na constelação de Carina, conhecida como Penhascos Cósmicos. A câmera infravermelha do Webb atravessou nuvens de poeira, permitindo aos astrônomos descobrir sinais de dezenas de estrelas infantis.
Foto: NASA, ESA, CSA AND STSCI
Reciclagem de hidrogênio no Quinteto de Stephan
Os astrônomos descobriram um centro de reciclagem de hidrogênio no Quinteto de Stephan, a 270 milhões de anos-luz. À esquerda, uma nuvem gigante de hidrogênio frio (verde) é esticada em uma cauda quente de hidrogênio. No centro, uma colisão de alta velocidade alimenta gás quente em nuvens de gás frio. À direita, o gás hidrogênio entrou em colapso, gerando o que pode ser uma pequena galáxia anã.
Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/JWST/ P. Appleton (Caltech), B.Saxton (NRAO/AUI/NSF)
Exoplaneta sem atmosfera
O exoplaneta LHS 475 b tem quase o mesmo tamanho da Terra. O espectógrafo de infravermelho do telescópio Webb revelou que o planeta não tem atmosfera. Os pontos brancos apontam o padrão de um planeta sem atmosfera (linha amarela). Se o planeta tivesse uma atmosfera de dióxido de carbono puro, os pontos seguiriam a linha roxa, se tivesse uma atmosfera de metano puro, seguiriam a linha verde.
Foto: ILLUSTRATION: NASA, ESA, CSA, Leah Hustak (STScI)/SCIENCE: Kevin B. Stevenson (APL), Jacob A. Lustig-Yaeger (APL), Erin M. May (APL), Guangwei Fu (JHU), Sarah E. Moran (University of Arizona)
Webb captura galáxia com muito mais detalhes do que Hubble
Estas duas imagens mostram a mesma galáxia, EGS 23205, de cerca de 11 bilhões de anos. Na imagem à esquerda, o telescópio espacial Hubble capturou uma imagem difusa da galáxia. Mas a imagem do James Webb, à direita, revela uma galáxia espiral com uma clara barra estelar.
Foto: NASA/CEERS/University of Texas at Austin
Antigas galáxias "ervilhas verdes"
As três galáxias marcadas aqui são "ervilhas verdes", pequenas galáxias raras. Essas imagens mostram as galáxias como elas eram quando o universo estava em seu primeiro bilhão de anos de sua idade atual, de 13,8 bilhões de anos.
Foto: NASA, ESA, CSA, and STScI
Formação de estrelas
O aglomerado de estrelas NGC 346 encontra-se na Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã próxima à Via Láctea. É um lugar onde estrelas e planetas são formados em nuvens repletas de poeira e hidrogênio. As plumas mais cor-de-rosa são hidrogênio energizado com uma temperatura de 10.000 ºC, enquanto a área mais laranja representa hidrogênio mais denso e mais frio, de cerca de -200 ºC.
Foto: NASA, ESA, CSA, M. Meixner, G. DeMarchi, O. Jones, L. Lenkic, L. Chu, A. Pagan (STScI)