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Ataque aéreo de forças sírias deixa mortos em Palmira

25 de maio de 2015

Forças do ditador Bashar al-Assad bombardeiam a cidade histórica nas mãos do "Estado Islâmico". Extremistas teriam executado centenas de pessoas na região.

Theater Palmyra
Ataques foram próximos a ruínas greco-romanas, diz ObservatórioFoto: picture-alliance/CPA Media/Pictures From History/D. Henley

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres, afirmou que os bombardeios realizados por tropas fiéis ao presidente sírio, Bashar al-Assad, mataram ao menos quatro pessoas em Palmira nesta segunda-feira (25/05).

Esse foi o ataque aéreo mais intenso desde que os jihadistas do "Estado Islâmico" (EI) assumiram o controle da cidade na semana passada. "Desde esta manhã, aeronaves do governo realizaram ao menos 15 ataques aéreos em Palmira e seus arredores", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório.

Os bombardeios atingiram diversas áreas da cidade, inclusive algumas muito próximas às ruínas greco-romanas declaradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, informou Abdel Rahman.

Uma fonte militar síria confirmou que ações estavam sendo realizadas na região de Palmira. "Operações militares, inclusive ataques aéreos, estão em curso na área ao redor de al-Sujna, Palmira, Arak e nos campos de gás de al-Hail, como também nas estradas que levam a Palmira", afirmou a fonte não identificada.

Execuções em massa

O "Estado Islâmico" está sendo acusado de executar centenas de pessoas na região, desde que invadiu a cidade na semana passada, avançando do deserto a partir de seu bastião no Vale do Eufrates.

O Observatório afirmou no último domingo ter documentado as execuções de ao menos 217 pessoas – entre elas 66 civis, incluindo 14 crianças. Alguns desses mortos foram decapitados, informou Abdel Rahman, acrescentando que os jihadistas também prenderam por volta de 600 pessoas.

Queda de Ramadi

Americanos, iraquianos e iranianos trocam acusações sobre os culpados pela perda de um importante posto de fronteira no Iraque para os combatentes do "Estado Islâmico". O EI conquistou Ramadi há uma semana, três dias antes de hastear a sua bandeira negra na cidade síria de Palmira.

Nesta segunda-feira, Iraque e Irã rebateram as críticas do secretário de Defesa americano, Ash Carter, relativas à queda de Ramadi. Em um programa da emissora CNN, Carter disse que as forças iraquianas "não mostraram vontade de combater" em Ramadi e permitiram que o grupo extremista tomasse a cidade em poucos dias.

Segundo a agência de notícias AP, um general iraniano chegou a dizer que os EUA não teriam "vontade" de combater os extremistas.

A guerra de palavras deixa claras as fissuras entre os países que se tornaram aliados no combate aos radicais islâmicos. E enquanto as tropas iraquianas continuam a fugir do avanço dos extremistas, o mundo questiona se é plausível confiar somente no esforço de tropas e milícias iraquianas no solo para conter os jihadistas.

CA/ap/afp/rtr

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