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ConflitosLíbano

Ataque aéreo em Beirute mata vice-líder do Hamas

2 de janeiro de 2024

Explosão teria sido provocada por drone israelense e matou Saleh al-Aruri e outros membros do grupo palestino no Líbano. Incidente agrava tensões no Oriente Médio.

Multidão em frete ao prédio da sede do Hamas em Beirute com fachada danificada pelo ataque
Explosão em Beirute atingiu reduto do grupo islamista radical HisboláFoto: MOHAMED AZAKIR/REUTERS

Um ataque aéreo atingiu nesta terça-feira (02/01) um escritório do Hamas em um subúrbio de Beirute, matando um dos principais líderes do grupo radical palestino. A origem do ataque foi atribuída pela imprensa libanesa a um drone israelense. As Forças de Defesa de Israel (IDF) não comentaram.

O Hamas e a emissora de televisão do grupo islamista radical libanês Hisbolá informaram que Saleh al-Aruri, vice-líder do Hamas no país, foi morto. Ele controlava a presença do Hamas na Cisjordânia.

Nas primeiras horas após o incidente, relatos na imprensa libanesa informavam que, no total, de quatro a seis pessoas haviam sido mortas no ataque.

Fontes dos serviços de segurança do Líbano citadas pela agência de notícias AFP relataram que Aruri estaria com seus guarda-costas no momento do ataque, e que dois andares da sede do Hamas foram atingidos, além de um automóvel. 

O Hamas e o Hisbolá são classificados como organizações terroristas por diversos países do Ocidente, como a Alemanha e os Estados Unidos.

A forte explosão no subúrbio de Beirute que surpreendeu o Hisbolá em seu próprio reduto veio após quase três meses de agressões entre o grupo libanês e Israel em um faixa de alguns quilômetros ao longo da fronteira entre Israel e Líbano, mas a Força Aérea israelense já havia atingido antes alvos no interior do país vizinho.

Horas antes do ataque em Beirute, o Hisbolá anunciara que seus combatentes realizaram uma série de ataques a alvos militares do lado israelense. A morte de Aruri ocorreu na véspera de um pronunciamento do líder do Hisbolá, Sayyed Hassan Nasrallah, marcado para esta quarta-feira.

Saleh al-Aruri, vice-líder do Hamas, já havia sido ameaçado de morte pelo premiê israelense, Benjamin Netanyahu, antes mesmo dos ataques de 7 de outubroFoto: Mohammad Austaz/Hamas Media Office/AP/picture alliance

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia ameaçado matar Aruri mesmo antes dos ataques do Hamas de 7 de outubro em Israel que mataram mais de 1,2 mil israelenses e que foram o estopim da guerra na Faixa de Gaza. Desde o início do conflito, mais de 22 mil palestinos foram mortos nos ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Tensões na fronteira

O Hamas afirmou em nota que a morte de seu vice-líder no Líbano "não prejudicará a valente resistência" no enclave palestino. "Isso prova mais uma vez o absoluto fracasso do inimigo em atingir quaisquer de seus objetivos agressivos na Faixa de Gaza", disse o grupo terrorista no comunicado.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou a agressão israelense em Beirute. Em nota, ele afirmou que o ataque visa "atrair o Líbano para uma nova fase de confrontações" com Israel, arrastando o país para cada vez mais perto do conflito em Gaza.

Nesta terça-feira, Israel disse que seus soldados mataram "dezenas de terroristas" incluindo alguns que portavam explosivos, além de atacar um depósito de armas na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, onde encontraram dezenas de lançadores de foguetes e túneis.

A ONG médica Sociedade Crescente Vermelho da Palestina relatou que seu hospital em Khan Yunis foi atingido duas vezes nesta terça-feira, deixando cinco mortos e três feridos entre pessoas que haviam sido forçadas a deixarem seus locais de residência e que buscavam abrigo no local.

rc/bl (AFP, AP, Reuters)

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