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Ataque a aeroporto termina com 50 mortos no Afeganistão

10 de dezembro de 2015

Entre vítimas, há crianças e mulheres. Durante 27 horas, militantes do Talibã tentam assumir controle de local que também abriga base militar da Otan, em Kandahar, mas acabam neutralizados por forças de segurança.

Forças de segurança combatem Talibã por 27 horas em aeroporto de KandaharFoto: picture alliance/ZUMA Press/S. Saiem

O ataque ao aeroporto Kandahar, ao sul do Afeganistão, deixou pelo menos 50 mortos, anunciou nesta quinta-feira (10/12) o Ministério afegão de Defesa. A ofensiva de militantes do Talibã contra o local, onde também funciona uma base aérea militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), durou 27 horas, até que as forças de segurança matassem o último insurgente.

Entre os mortos, há crianças e mulheres. O ataque começou na terça-feira, quando 11 militantes do movimento invadiram a região do complexo de alta-segurança e fizeram famílias como reféns. Os terroristas se esconderam em uma escola, de onde trocaram tiros com forças de segurança.

Alguns dos militantes acionaram os coletes explosivos que vestiam próximo a civis. Em 14 anos de guerra, o ataque no aeroporto da cidade de Kandahar, considerada o berço do movimento extremista, é o mais grave contra instalações militares no sul do país.

"Cinquenta cidadãos inocentes, incluindo dez soldados, dois policiais e 38 civis foram martirizados no ataque", disse o ministério em comunicado, acrescentando que 37 pessoas ficaram feridas na ação.

Testemunhas disseram que os militantes usaram civis como escudo humano para dificultar a contra-ofensiva. Depois de 27 horas de combates intensos, os militares mataram o último insurgente.

O Talibã postou uma foto no seu site dos militantes que teriam realizado o ataque. A imagem mostra 10 jovens vestindo uniforme militar e ostentando fuzis kalashnikov.

A escala de violência no país começou com a retirada das tropas estrangeiras, no final do ano passado. Com a diminuição da presença militar, o Talibã intensificou os ataques contra forças do governo afegão.

Diretor pede demissão

A intensificação do conflito culminou com o pedido de demissão do diretor-geral do serviço de inteligência afegão, Rahmatullah Nabil, após divergência com o presidente do país Ashraf Ghani sobre esforços no combate ao Talibã.

Nabil é contrário a reaproximação do país com o Paquistão, que está sendo realizada por Ghani. O Afeganistão já estava sem ministro de Defesa, devido a conflitos políticos, e, agora, fica sem o diretor-geral da serviço de inteligência, justamente, quando o Talibã mostrou que podem causar grandes danos, como fez no aeroporto de Kandahar.

CN/rtr/afp/lusa

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