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Criminalidade

Ataque a tiros deixa mortos em jornal nos EUA

29 de junho de 2018

Atirador abre fogo na redação do diário Capital Gazette, na cidade de Annapolis, Maryland, e mata ao menos cinco pessoas. Há também feridos em estado grave. Suspeito é detido, mas motivação do crime segue incerta.

Ataque a tiros em Annapolis
Policiais isolam a área. Cerca de 170 pessoas foram retiradas do prédio em segurançaFoto: Getty Images/AFP/S. Loeb

Ao menos cinco pessoas morreram após um homem abrir fogo nesta quinta-feira (28/06) na redação do jornal Capital Gazette, na cidade de Annapolis, capital do estado de Maryland, nos Estados Unidos. Segundo autoridades locais, o ataque deixou ainda alguns feridos.

Steve Schuh, líder do condado onde fica Annapolis, informou que o suspeito foi detido e já está sendo interrogado, mas não tem sido "muito cooperativo". Ele foi descrito pela polícia como um homem adulto branco, armado com um rifle ou uma espingarda e que provavelmente agiu sozinho.

A imprensa local, citando uma autoridade que não quis se identificar, afirmou que o suspeito foi identificado por meio da tecnologia de reconhecimento facial. Ele teria, de alguma forma, ferido seus dedos para danificar sua impressão digital e não ser facilmente reconhecido, disse a fonte.

"Temos conhecimento de cinco mortes. Há várias outras pessoas gravemente feridas", informou o chefe da polícia local, William Krampf, em entrevista coletiva. Já Ryan Frashure, um porta-voz da polícia, falou em ao menos três feridos.

Autoridades afirmaram que, além do jornal, o prédio abriga várias outras empresas, incluindo consultórios médicos, portanto ainda não está claro se todas as vítimas são de fato funcionários do Capital Gazette.

Um repórter do jornal relatou cenas de horror no momento dos tiros, afirmando que a redação parecia uma "zona de guerra", com jornalistas se escondendo debaixo de suas mesas.

"O atirador disparou através de uma porta de vidro em direção à redação e abriu fogo contra vários funcionários", escreveu Phil Davis em uma série de mensagens no Twitter, antes de prestar depoimento às autoridades policiais.

Segundo o jornalista, "não há nada mais aterrorizante do que ouvir várias pessoas levando tiros enquanto você está embaixo de sua mesa e, depois, ouvir o atirador recarregando a arma". Ainda escondido, Davis ouviu os tiros cessarem. "Eu não sei por que ele parou."

"Por mais que eu tente explicar quão traumatizante é estar escondido debaixo de sua mesa, não dá para saber até que você esteja lá e se sinta desamparado", contou o repórter, dessa vez em entrevista ao jornal Baltimore Sun, proprietário do Capital Gazette.

Ainda não há informações sobre a motivação do crime. Por enquanto, o ataque está sendo tratado como um incidente local, sem envolver terrorismo, segundo agências de notícias internacionais. Agentes do FBI foram enviados à cena para auxiliar as autoridades locais.

Por precaução, o Departamento de Polícia de Nova York informou que está reforçando a segurança em redações de notícias sediadas na cidade. "Não há qualquer ameaça ativa neste momento", adiantou um porta-voz da organização.

O presidente americano, Donald Trump, usou o Twitter para lamentar o ocorrido. "Meus pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias. Obrigado à equipe de primeiros socorros que está no local neste momento", escreveu.

O governador de Maryland, Larry Hogan, também se pronunciou. "Estou absolutamente arrasado em saber dessa tragédia em Annapolis. Por favor, atenda a todos os avisos e fique longe da área. Estou rezando pelos que estão no local e por nossa comunidade", afirmou.

Fundado em 1884, o Capital Gazette é um dos diários mais antigos dos Estados Unidos. Sua sede fica em Annapolis, uma cidade de 40 mil habitantes situada a cerca de 50 quilômetros da capital americana, Washington.

O incidente ocorre após uma série de ataques cometidos com armas de fogo na história recente dos Estados Unidos, onde se estima haver mais de 30 mil mortes relacionadas a armas anualmente.

Em fevereiro, um massacre numa escola secundária na Flórida deixou ao menos 17 mortos, levando estudantes a liderarem uma campanha nacional pelo controle de armas. Em outubro do ano passado, um atirador abriu fogo durante um festival de música country em Las Vegas, matando 59 pessoas e ferindo mais de 500.

EK/afp/dpa/efe/rtr/ots

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