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Ataque com carro-bomba deixa mortos na Somália

25 de março de 2018

Ao menos quatro pessoas morreram em explosão, que ocorreu próximo ao Ministério do Interior. Milícia extremista Al Shabaab reivindica autoria de atentado.

Forças de segurança isolam local de ataque em Mogadíscio
Forças de segurança isolam local de ataque em MogadíscioFoto: picture-alliance/AP Photo/M. Sheikh nor

Um atentado com um carro-bomba deixou neste domingo (25/03) ao menos quatro mortos e vários feridos na capital da Somália, Mogadíscio. A explosão ocorreu num posto de controle nas proximidades do Ministério do Interior.

O carro-bomba foi detonado depois de ter sido interceptado por soldados. O porta-voz desse departamento, Abdulasiss Ahmed Xildhibaan, disse que, segundo fontes dos serviços de segurança, três carros cheios de explosivos se dirigiram à capital somali para atentar contra edifícios governamentais.

Um deles explodiu diante do Ministério do Interior, situado muito perto do Parlamento, e outro foi interceptado nos arredores de Mogadíscio, enquanto o terceiro é procurado pelas autoridades.

A autoria do ataque foi reivindicada pela milícia extremista Al Shabaab, aliada da Al Qaeda. Segundo o grupo, 13 militares teriam morrido no atentado. Essa informação não foi confirmada pelas autoridades.

Nos últimos dias, o Al Shabab aumentou seus ataques, depois que o governo postergou suas ações contra os terroristas. Estes atrasos nas operações antiterroristas provocaram uma queda do apoio dos civis e dos soldados às medidas de segurança propostas pelo Executivo.

O ataque anterior do grupo jihadista em Mogadíscio aconteceu na quinta-feira, quando um carro-bomba explodiu perto do popular hotel Wehliye, frequentado por políticos e funcionários somalis, e deixou pelo menos 14 mortos e 13 feridos.

Em outubro do ano passado, o grupo foi responsável pelo maior atentado da história da Somália. A explosão de um caminhão-bomba em Mogadíscio deixou 512 mortos.

A milícia Al Shabaab controla parte do território no centro e no sul do país e tenta instaurar um Estado islâmico wahabista na Somália. O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi destituído, o que deixou o país sem governo efetivo e em mãos de grupos radicais islâmicos e clãs locais. 

CN/efe/rtr/lusa/ap

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