Ao menos outras cem pessoas ficam feridas na explosão de um caminhão-bomba, reivindicada pelo "Estado Islâmico". Maioria das vítimas são peregrinos xiitas iranianos que voltavam para casa após festa religiosa.
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Ao menos 75 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta quinta-feira (24/11) na explosão de um caminhão-bomba na cidade iraquiana de Hilla, que fica 100 quilômetros ao sul de Bagdá. O atentado suicida foi reivindicado pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI).
A maior parte das vítimas eram peregrinos iranianos xiitas que voltavam da cidade de Karbala, no Iraque, após a tradicional comemoração dos 40 dias do aniversário da morte do imã Hussein, morto no ano 680.
Neste ano, cerca de 20 milhões de fiéis xiitas – iraquianos e estrangeiros – participaram da celebração religiosa, apesar da frágil situação de segurança vivida no Iraque.
Segundo forças de segurança iraquianas, o veículo explodiu junto a um posto de gasolina e restaurante na região de Al-Shumli, no leste de Hilla. No local estavam estacionados vários ônibus que transportavam fiéis.
Numa breve nota divulgada pela internet, a Amaq, agência de notícias vinculada ao EI, afirma que o ataque contra os xiitas foi de autoria do grupo jihadista e que "200 pessoas foram mortas e feridas" no atentado.
O EI, que está perdendo terreno na cidade iraquiana de Mossul, tem intensificado seus ataques no país desde que as forças do Iraque lançaram, no mês passado, uma grande ofensiva contra o grupo jihadista, com apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
MD/efe/afp/lusa/dpa
A guerra particular das mulheres contra o "Estado Islâmico"
Em meados de 2014, a organização jihadista EI invadiu os territórios dos yazidis no norte do Iraque. Centenas de mulheres foram sequestradas, violentadas, escravizadas. Agora elas lutam contra os terroristas.
Foto: Reuters/A. Jadallah
Localizando o inimigo
Perto da cidade de Mossul, no Iraque, a combatente curda Haseba Nauzad examina de binóculo a linha de front que separa o território curdo daquele controlado pela organização terrorista "Estado Islâmico" (EI). Em cooperação com o Exército iraquiano, os curdos ganham cada vez mais terreno contra os jihadistas.
Foto: Reuters/A. Jadallah
Vanguarda da resistência
Inimigo localizado, é hora de atirar. Juntamente com a camarada yazidi Asema Dahir (3ª da dir.) e outras combatentes, Haseba mira os terroristas do EI. Como as ofensivas aéreas não bastam para derrotar os jihadistas, as yazidis e curdas formam a linha de frente no combate de solo.
Foto: Reuters/A. Jadallah
Visão desimpedida
Haseba Nauzad prende os cabelos num rabo de cavalo: para mirar com exatidão, nada pode atrapalhar a visão. Para os ocidentais pouco mais do que um capricho da moda, o "military look" reflete uma sofrida realidade tanto aqui no Iraque como na Síria.
Foto: Reuters/A. Jadallah
Companheiro fiel e símbolo de outros tempos
Asema Dahir faz uma pausa no combate. O ursinho de pelúcia vermelho que leva no braço é um símbolo de uma passado pacífico, encerrado abruptamente em meados 2014 com o ataque do EI. Para muitas mulheres yazidis começou aí uma época de sofrimento e de ruptura com tudo o que lhes era mais caro.
Foto: Reuters/A. Jadallah
Imagem eloquente
O "Estado Islâmico" não teve piedade nem com os mais fracos. Implacavelmente perseguidos pelos fundamentalistas, em meados de 2014 centenas de milhares tiveram que procurar abrigo. Na época, esta foto de um ancião e suas acompanhantes deu a volta ao mundo como símbolo do sofrimento dos yazidis.
Foto: Reuters
Trauma de uma adolescente
Esta jovem yazidi não quis mostrar o rosto. Logo após a chegada do EI, ela foi forçada a se casar, aos 15 anos, com um militante do grupo. Dois meses mais tarde conseguiu escapar e agora vive novamente com a família. E relata horrores quase indizíveis.
Foto: picture-alliance/AP Photo/D. Bennett
Depois da batalha
Meses a fio, os jihadistas do EI também sitiaram a cidade de Kobane, no norte da Síria, bem na fronteira com a Turquia. Lá os curdos ofereceram resistência desesperada, até conseguir vencer os terroristas com a ajuda da Força Aérea americana. Para trás ficou um mar de ruínas.
Foto: Getty Images/AFP/Y. Akgul
União que faz a força
O EI ataca a todos que não compartilhem sua ideologia. Ele aposta numa tática divisiva, tentando instigar as diferentes confissões religiosas e etnias umas contra as outras. Nem sempre funciona: há muito, curdas e yazidis tornaram-se aliadas – o que já representa uma vitória simbólica contra os jihadistas.
Foto: Reuters/A. Jadallah
Não à escravidão
Do ponto de vista militar, o "Estado Islâmico" ainda não está vencido, continuando a deter o controle sobre vastas regiões na Síria e no Iraque. As curdas e yazidis seguirão combatendo-o, e de quebra dão uma lição aos fundamentalistas: as mulheres não nasceram para ser escravas.