Atentado interrompe comício de Trump; um homem morreu
Publicado 14 de julho de 2024Última atualização 15 de julho de 2024
Com sangue no rosto, candidato à Casa Branca foi retirado às pressas de palco por agentes do Serviço Secreto durante evento na Pensilvânia. Atirador foi morto, informaram autoridades, e Trump "passa bem".
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Um comício de campanha de Donald Trump no estado da Pensilvânia foi interrompido de maneira abrupta neste sábado (13/07) após disparos de arma de fogo.
Ferido de raspão na orelha, o ex-presidente foi retirado às pressas do evento por agentes do Serviço Secreto.
O episódio está sendo investigado pelo órgão como tentativa de homicídio e ato de terrorismo doméstico – assim definido pelo FBI como atos realizados dentro dos Estados Unidos com a intenção de intimidar ou coagir civis ou influenciar políticas de governo.
Em vídeos que registravam o comício é possível ouvir os estampidos, e depois Trump levando a mão à orelha. Na sequência, vários apoiadores que estavam atrás do ex-presidente se abaixaram e gritaram. Agentes se lançaram sobre Trump e, após verificar seu estado, o retiraram do palanque segundos depois e o escoltaram até um veículo.
Ao se reerguer no palanque antes de deixar o local, Trump parecia ter um pouco de sangue na orelha direita, na bochecha e nas mãos. Ele levantou o punho cerrado nesse momento, num aparente gesto para os apoiadores.
O homem que morreu era o bombeiro Corey Comperatore, de 50 anos, pai de duas filhas. Apoiador de Trump, ele teria protegido a família com o próprio corpo, segundo o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro.
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Ex-presidente está bem e em segurança
Segundo Anthony Guglielmi, chefe de comunicações do Serviço Secreto dos EUA, o ex-presidente está em segurança.
"O Serviço Secreto implementou medidas de proteção e o ex-presidente está em segurança. Essa é agora uma investigação ativa do Serviço Secreto", disse Guglielmi em comunicado.
Mais tarde, em uma publicação no Truth Social, Trump disse que foi atingido de por uma "bala que perfurou a parte superior" da "orelha direita".
"É incrível que um ato desses possa acontecer em nosso país. Nada se sabe até o momento sobre o atirador, que agora está morto. Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita. Percebi imediatamente que algo estava errado ao ouvir um zumbido, tiros, e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo. Deus abençoe a América!", disse na rede.
Trump e o atual presidente americano e candidato à reeleição pelo Partido Democrata, Joe Biden, estão tecnicamente empatados na disputa pela Casa Branca, segundo pesquisas Reuters/Ipsos.
Reagindo ao episódio, Biden exortou os americanos a "se unirem como uma nação" para condenar o ocorrido. "Fui informado sobre o tiroteio no comício de Donald Trump na Pensilvânia. Estou grato em saber que ele está seguro e passa bem", disse em comunicado. "Estou rezando por ele por sua família, e por todos que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações."
Como ex-presidente, Trump tem direito a proteção vitalícia pelo Serviço Secreto. Ele também recebeu proteção extra por ser o provável candidato republicano – a candidatura só será oficializada na segunda-feira.
jps/ra (Reuters, AP, ots)
Tiros contra Trump: imagens e reações
A tentativa de assassinato de Donald Trump em um comício na Pensilvânia chocou os EUA e o mundo. Veja como tudo aconteceu.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Tiros
Uma série de tiros foi disparada durante o comício da campanha presidencial de Donald Trump em Butler, Pensilvânia. Os agentes do Serviço Secreto correram rapidamente para o palco e cercaram Trump.
Foto: Gene J. Puskar/AP Photos/picture alliance
Agentes correm para proteger Trump
No momento dos disparos, Trump pôde ser visto tocando sua orelha direita e se abaixando por detrás do púlpito onde discursava. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correram para o palco e cobriram o ex-presidente com seus corpos. Eles se amontoaram sobre ele, enquanto outros agentes de segurança protegiam o local.
Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
Rosto ensanguentado, punho em riste
Depois de cercar Trump, agentes do Serviço Secreto ajudaram o ex-presidente a se levantar. Manchas de sangue eram vistas em seu rosto. Trump ergueu o punho em direção à multidão, dizendo "fight, fight, fight" (luta, luta, luta). Muitos na multidão gritavam: "USA, USA" (EUA, EUA).
Foto: REUTERS
Trump em pode desafiadora
Após os agentes ajudarem Trump a se levantar, ele ergueu o punho em gesto de desafio. Com o rosto manchado de sangue, ele dizia à multidão para "lutar, lutar". As imagens do momento, capturadas aqui pelo fotógrafo da AP Evan Vucci, circularam rapidamente nas mídias sociais, já que muitos republicanos o viram como um momento decisivo da eleição de Trump.
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A cena do crime: comício na Pensilvânia
Trump, tinha acabado de começar seu discurso quando os tiros foram disparados. Ele falava sobre migrantes. Uma testemunha disse à agência de notícias Reuters que, a princípio, pareciam fogos de artifício, mas depois as pessoas começaram a gritar. "Todo mundo começou a entrar em pânico. Foi um caos", afirmou.
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Choque e medo entre participantes do comício
Uma pessoa da plateia foi morta e duas ficaram gravemente feridas, segundo autoridades de segurança. Um médico que estava no meio da multidão correu para ajudar um dos feridos. Depois de falar com os repórteres, o médico disse que a pessoa havia sido baleada na cabeça. A morte foi confirmada mais tarde.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Choque nos EUA e no mundo
A notícia sobre o que o FBI está chamando de "tentativa de assassinato" ganhou as manchetes em todo o mundo. O presidente americano, Joe Biden, se disse aliviado por Trump "estar bem". Ele condenou o ataque, dizendo que "não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência". O vice-presidente Kamals Harris, que também estava fazendo campanha na Pensilvânia, condenou o "ato abominável".
Foto: Brian Snyder/REUTERS
Joe Biden: ataque "doentio"
O presidente dos EUA, Joe Biden, também falou com Donald Trump depois que ele recebeu alta do hospital. Biden disse estar grato ao Serviço Secreto por ter colocado Trump em segurança. Referindo-se ao ataque, ele afirmou: "É doentio. É doentio. É uma das razões pelas quais temos que unir este país".
Foto: Tom Brenner/REUTERS
Policiais fazem segurança de Biden
Policiais de Rehoboth Beach, em Delaware, vigiam o prédio onde o presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso condenando o ataque contra seu provável rival nas próximas eleições presidenciais.
Foto: Tom Brenner/REUTERS
FBI: Não há outra "ameaça existente por aí"
Várias horas após o incidente, o FBI assumiu a liderança da investigação e afirmou ter ocorrido uma "tentativa de assassinato" de Trump, dizendo que havia identificado o atirador. O agente especial Kevin Rojek disse que as autoridades estavam "trabalhando febrilmente" no caso. O FBI informou que não ter "nenhuma razão" para acreditar que houvesse qualquer outra ameaça.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Segurança reforçada
A polícia de Nova York montou guarda em frente à Trump Tower em Nova York. Depois de deixar o hospital, Donald Trump deveria passar a noite em sua residência em Nova York, segundo o jornal "The New York Times".
Foto: David Dee Delgado/REUTERS
A tentativa de assassinato mais grave desde 1981
Membros do Serviço Secreto patrulharam o local na Pensilvânia onde Donald Trump havia realizado um comício anteriormente. O ataque foi a tentativa mais séria de assassinar um presidente ou candidato à presidência desde 1981, quando Ronald Reagan foi baleado.