Atirador de Orlando teria postado no Facebook durante ataque
16 de junho de 2016
"Parem de bombardear o EI", teria escrito Omar Mateen na rede social ao jurar lealdade a jihadistas. Comissão do Senado americano pede apoio de Mark Zuckerberg para rastrear postagens associadas ao ex-vigilante.
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"Os muçulmanos de verdade nunca vão aceitar os caminhos sujos do Ocidente", teria escrito no Facebook Omar Mateen, o atirador que matou 49 pessoas numa casa noturna gay em Orlando no último domingo.
Uma comissão do Senado americano pediu nesta quinta-feira (16/06) o suporte do presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, para rastrear postagens e detalhes da conta do atirador.
De acordo com o senador Ron Johnson, presidente da Comissão de Segurança Nacional do Senado americano, Mateen, ex-vigilante e aspirante a policial fez postagens com mensagens de ódio antes e durante o massacre.
"América e Rússia, parem de bombardear o 'Estado Islâmico'", diz uma postagem que se acredita ter sido feita pelo atirador. "Nos próximos dias vocês verão novos ataques do 'Estado Islâmico' nos EUA", teria escrito em outra mensagem.
Uma fonte familiarizada com o ocorrido afirmou em anonimato que as postagens no Facebook foram feitas momentos antes do ataque na boate Pulse. Segundo Johnson, Mateeen também fez buscas por "Pulse Orlando" e "Shooting" (tiroteio, em inglês).
Enquanto mantinha vítimas reféns, o americano de origem afegã ligou para o número de emergência da polícia para jurar lealdade ao líder do grupo "Estado Islâmico" (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, o que também já havia feito na rede social.
Obama visita Orlando
O presidente americano, Barack Obama, visita Orlando nesta quinta-feira para acompanhar as investigações e o atendimento aos sobreviventes. Ele deve fazer um pronunciamento sobre o ataque.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira estar preocupada com manifestações de ódio contra a comunidade LGBT não apenas nos EUA, mas também na Alemanha. "Sabemos de uma coisa: o atirador estava plenamente consciente de que iria encontrar lésbicas e gays na casa noturna, e o massacre foi exatamente dirigido contra essas pessoas", afirmou.
KG/ap/rtr
O massacre de Orlando
Os Estados Unidos viveram o maior massacre a tiros de sua história: um homem armado abriu fogo em uma casa noturna na Flórida deixando dezenas de mortos e feridos, antes de ser morto pela polícia.
Foto: picture-alliance/AP Images/B. Self
No fim da noite
O tiroteio na casa noturna Pulse, em Orlando, começou por volta das 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta um sobrevivente. O atirador abriu fogo e matou ao menos 50 pessoas. Mais de 50 outras ficaram feridas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Reféns por três horas
O homem armado com um rifle e uma pistola abriu fogo contra os frequentadores do clube noturno Pulse, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. A polícia decidiu entrar no local e chegou a trocar tiros com o atirador, que foi morto. Não se sabe quantos dos reféns foram mortos na troca de tiros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Ação da Swat
Agentes da Swat, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Estado de emergência
O maior massacre da história dos Estados Unidos fez a Flórida e a cidade de Orlando declararem estado de emergência. A Casa Branca informou que o presidente americano, Barack Obama, está acompanhando as investigações junto ao FBI.
Foto: Reuters/K. Kolczynski
"Você reza para não levar um tiro"
"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", contou Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre. Na foto, parente de vítima é consolado em frente à casa noturna.
Foto: Reuters/S. Nesius
Tiros ininterruptos
"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o portorriquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Obama lamenta
O presidente americano afirmou que o maior massacre a tiros da história dos EUA foi um ataque contra todos os americanos e voltou tocar na questão do porte de armas, um discurso repetido em mesmo tom por Hillary Clinton.
Foto: Getty Images/A. Wong
Ruas isoladas
Mais de 12 horas após o ataque, as ruas em torno da discoteca continuavam isoladas. O incidente é investigado pelo FBI (a polícia federal americana) como um ato de terrorismo. Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico".
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. O'Meara
Doação de sangue
Americanos fizeram fila em Orlando para doar sangue, após um apelo feito pelas autoridades locais. Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas no ataque, muitas delas em estado grave.